sábado, 31 de dezembro de 2016

Hoje é dia de reflexão e de pedidos...

É dia de pensarmos no que vivemos no último ano e decidirmos o que queremos ver mudado para os próximos 365 dias que já estão à porta... Isto é uma tarefa difícil! O ideal é irmos pensando nisso nos últimos dias de Dezembro para hoje já termos a listinha pronta e refletirmos sobre ela...

Os momentos mais marcantes (por ordem cronológica) do meu ano 2016 foram:
- sentir tristeza por alguém que partiu tão pequenina e frágil, que eu não conhecia pessoalmente, mas que me dediquei de corpo e alma e já a sentia como se fosse do meu sangue;
- o 2º aniversário da minha filha;
- os bons momentos e as risadas do Carnaval;
- a abertura deste blog;
- os momentos de grande fé e amor que vivemos durante a festa do Sr. Santo Cristo dos Milagres;
- estar sem o namorido durante 2 semanas inteiras;
- o verão (este é sempre um marco importante para mim!);
- o dia do meu aniversário e a reviravolta na minha vida nos dias seguintes;
- a estadia do meu primo R. e os momentos que estivemos juntos;
- a, infelizmente, morte da minha avó paterna;
- a, infelizmente, queda e posterior falta de saúde da minha avó materna;
- o aproximar-me da minha freguesia de infância;
- o Natal e tudo o que ele envolve.

Os meus desejos para 2017?!
- desejo que no meu lar e no lar dos que amo exista muita paz, amor, dedicação, entrega e entreajuda;
- na minha família: desejo mais paz, união e sempre, sempre muita saúde;
- no meu trabalho: desejo que ele nunca me falte;
- desejo que não me falte saúde para poder estar cá nos próximos 366 dias;
- desejo que os nossos (meus e dos meus) sonhos a curto e médio prazo se realizem, e que os de longo prazo fiquem mais próximos de se concretizarem;
- desejo que a minha casa fique pronta em 2017, já agora...;
- desejo ter destreza e sabedoria suficiente para conseguir ignorar quem me inveja, quem me deseja mal, mesmo que seja de forma inconsciente, quem me despreza e despreza a minha família, que essas pessoas se ocupem da sua felicidade para nem terem tempo para maldades;...
- e, finalmente, que tenha força, coragem, determinação e amor a transbordar para ser a melhor mãe que consigo ser para a minha filha, a melhor esposa para o meu marido, a melhor irmã para o meu irmão, a melhor filha para os meus pais, a melhor neta para a minha avó, a melhor cunhada para as minhas cunhadas e cunhado, a melhor sobrinha para os meus tios, a melhor afilhada para os meus padrinhos, a melhor prima para os meus primos, a melhor madrinha para os meus afilhados, a melhor amiga para os meus amigos...


O que quero ver mudado no mundo?!
- a cura para o cancro (um desejo urgente!);
- menos sofrimento para quem sofre de alguma patologia ou condição de vida;
- menos pobreza, mais paz, mais amor e menos hipocrisia.

E é isto! Que venha 2017!...

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

O último dia de trabalho de 2016...

Há dias especiais e este foi, sem dúvida um dia muito especial no meu local de trabalho... Levamos um ano inteiro a lidar com as mesmas pessoas diariamente, estamos com elas praticamente mais horas do que as horas que passamos nas nossas casas, sem contar as horas de sono, que merecemos algo diferente lá de vez em quando... O dia foi exatamente hoje, no último dia de trabalho do ano de 2016...
Não foi uma manhã fácil... 
Começamos logo pela fresquinha com um acidente de trabalho, este aqui (que me fez rir bastante!):

Para acalmar os animos, e acordar o Tico e Teco que há em nós, fomos tomar um cafezito como merecemos. Nunca o tínhamos feito antes e por ser um dia especial, com uma manhã para esquecer, fomos! Como diria a minha filha "uma delícia"...


O almoço foi qualquer coisa de espetacular! Assim dos "pés para as mãos" combinamos "em cima do joelho" terminar o ano a comer comida "crua". Nada mais nada menos que uma boa dose de Sushi! Ahhhh o que eu gosto disto... O Restaurante chama-se Musaxi e, embora não conheça o sushi que é feito na maioria dos restaurantes de cá, digo-vos que este é muito delicioso, mesmooooo... Ao almoço eles fazem uma espécie de Buffet, em que cada cliente paga 8,50€ + bebida, portanto, um almoço a rondar os 10€ e comemos todo o sushi que queremos e toda a comida chinesa que desejarmos... Saímos de lá a rebolar praticamente...

O sushi é uma comida especial... Para quem ainda não se aventurou no mundo do sushi, posso dizer-vos que são precisas 2 ou 3 tentativas para finalmente gostarmos realmente de o comer... Comigo foi assim e com a maioria das pessoas que eu conheço também... Daí ter adotado esta teoria para aqueles que têm medo ou dizem ainda que não gostam de sushi... Chega a ser viciante...
Eu cá aprendi a gostar........ MUITO!... Converti-me... Estou sempre pronta para mais uma rodada! :) E hoje foi o dia de converter as minhas colegas que diziam que não gostavam de sushi!... 

Renovações na noite de Reveillon

Sempre gostei das noites da Passagem de Ano... Sinto no meu coração que algo se renova na noite de 31 de Dezembro para 1 de Janeiro de um novo ano... Pelo menos vontade disso tenho: que algo se renove na minha vida, que o que existe de bom se torne ainda melhor e o existe de mau se vá embora... mas é claro que isso não acontece... As coisas que acontecem, quer sejam boas ou más, fazem parte da nossa vida e temos de aprender a lidar com elas... Óbvio que, como humanos que somos, preferimos sempre as boas. Mas de que vale termos as boas se não as soubermos valorizar?! As más existem para sabermos valorizar as boas... A vida é isto mesmo!...

As noites de Passagem de Ano para mim têm uma magia diferente... Nem eu própria sei explicar o quê... Gosto de me vestir melhor. Gosto que a minha família esteja bem vestida para darmos as boas vindas ao novo ano. A esperança é sempre que seja melhor que o anterior para todos nós... 
Este ano não será diferente... Estaremos juntos, vamos comer, sorrir, abraçar-nos, comer as 12 passas (o grande sacrifício da noite!) e pedir os 12 desejos para 2017 (normalmente só peço saúde e amor para nós... o resto vamos construindo à medida que os dias vão passando, pois se houver amor e saúde tudo se consegue!), brindar com champanhe e depois caminha, pois agora há uma pequena princesa que precisa dormir, até mesmo na noite de passagem de ano...

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

O meu Reveillon é assim...

Até aos meus 15 anos as minhas oites de Passagem de Ano foram passadas no Nordeste, no Clube Desportivo de Santo António Nordestinho. O meu pai, que na altura era o presidente, organizava um jantar convívio e baile pela noite dentro. Sempre me lembro disso! Eram sempre muito divertidas as passagens de Ano lá em Santo António. Tenho maravilhosas recordações dessa altura da minha vida... Havia lá uma tradição pós baile que não sei se ainda existe hoje... Íamos pelas casas das pessoas mais próximas desejar os Bons Anos. À porta cantávamos uma música cuja letra é a seguinte:

O Ano Novo
Bom ou mau ninguém o adivinha
É como o ovo
Pode ser galo, pode ser galinha...

E continuávamos a cantá-la até nos abrirem a porta para uma espécie de "menino mija"... Isto acontecia pela noite dentro, até de manhãzinha...

Depois de ter saído do Nordeste, ainda hoje um ano que fomos todos a um local que organizou um baile de Reveillon, mas nunca mais se repetiu até hoje: o dinheiro que se gasta não compensa e em casa estamos sempre mais à vontade. 
A verdade é que todas as meias-noites do dia 31 de dezembro para 1 de janeiro foram passadas junto com os meus pais. Há sempre um jantar em casa dos meus pais para toda a família (aquela que pode participar) e alguns amigos mais chegados. Depois da meia-noite, ainda ficamos ali na conversa mais um pouco... Depois disso, cada um vai assumir os seus primeiros compromissos do ano novo: uns vão para outras casas, outros para o Coliseu ou outro local que organize alguma festa...
Nunca fui de ir ao Coliseu, pois no único ano que fui achei um desperdício de dinheiro: gastamos dinheiro no vestido, cabeleireiro, manicura, depilação, bilhete de entrada, para termos apenas umas horinhas de folia (6h)... 
Gosto muito mais dos convívios com a família e amigos e do forrobodó habitual em casa na nossa ou na de amigos... Um dia quem sabe não o vamos passar noutro cantinho do planeta?!


quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

A minha primeira vez em casa...

Uma semana antes do Natal a minha M. ficou doente. De segunda a quarta-feira ainda a deixei com os meus pais e fui trabalhar com o coração muito pequenino por deixá-la assim, mas ela estava bem entregue e sabia que a minha mãe me ia mantendo a par do que ia acontecendo com ela... Além de que ia seguindo as diretrizes que a pediatra dela, que já estava a par do acontecimento, me ia dando...

Na quarta-feira, depois de eu chegar a casa, olhei para ela e reparei que ainda estava combalida... olhos inchados e meio fechados, muito sossegada, com febre ligeira, com muita tosse, já tinha vomitado e estava ainda com muita falta de apetite... Ela não estava mesmo nada bem... Cheguei a casa com ela e adormeceu no sofá (coisa que nunca fez antes àquela hora do dia!)... Falei com a pediatra e ela achou melhor a M. ficar em casa. Como nesse dia os meus pais foram para a Lomba da Maia cuidar da minha avó, que ainda precisa de cuidados, e lá iam ficar até sexta-feira, decidi ser eu a ficar com ela em casa (em vez de mandá-la na manhã seguinte para a Lomba da Maia), pois assim teria toda a minha atenção e cuidado para que melhorasse rápido. Assim foi... dei início à minha primeira baixa por assistência à família que, graças a Deus, antes não tinha precisado.

Ficar em casa com os filhos é uma coisa. Ficar em casa com os filhos doentes é outra bastante diferente... É preciso mais mimo, mais carinho, mais atenção a todos os pormenores (se tem febre - medi-lhe a febre 5 mil vezes ao dia e noite - se tosse, se dorme, se come, se está sossegada, se quer fazer xixi, cocó, se chora, se tem dores, se tem o nariz para "assonar" - como ela diz,....), mais estar presente, mais amor (como se isso ainda fosse humanamente possível!) e, também mais criatividade para entreter uma criança que está sossegada demais, que não quer alinhar em quase nada... Nesse dia ela acordou perto das 10h da manhã... Tentei fazer com que ela me ajudasse a fazer bolachinhas de Natal (e mesmo assim ajudou um bocadinho!), fizesse pinturas e recortes (andei lá a pintar uns desenhos a ver se ela alinhava na atividade, mas não queria pintar...) para depois colarmos na parede,... A única coisa que ela queria era ver a Patrulha Pata e beber leite (sendo este o único alimento que ela sempre aceitou bem ao longo da semana!)... Bendita Patrulha Pata! Acho que vimos 20 vezes cada episódio da semana! Mas foi o maior remédio dela, pois só nesses momentos em que via a Patrulha Pata, conseguia dar-lhe algum alimento que não fosse leite!! 
Na sexta-feira a pediatra quis vê-la... Tratava-se de uma adenoidite (nunca tal tinha ouvido falar!) e ela teve sorte da expetoração estar na zona facial, pois se tivesse permanecido nos pulmões teria sido bem pior (temos de olhar para o lado positivo da coisa!)... E pronto, receitou-lhe um antibiótico, continuar com o xarope e muita água do mar...

Depois de 4 dias em casa fechadas as duas + faltar ao trabalho 2 dias (e ao almoço de natal que tinha marcado com os meus colegas para a sexta-feira em que fiquei em casa) + faltar às festinhas de natal da natação e à da SATA já marcadas para sábado + os 5 dias de antibiótico, a coisa voltou mais ou menos ao sítio. Ela ainda ficou fanhosa mais uns dias, mas a tosse foi cada vez menos e deixou, logo ao 2º dia de antibiótico, de ter febre e de vomitar... 

Olho para trás e penso "Perdi alguma coisa?!" a resposta é um redondo e grande "NÃO"! Faria tudo de novo pela minha M. e qualquer evento que exista nunca será mais importante do que ela, do que a saúde e bem estar dela, do que a possibilidade de estar com ela!...

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Inventei um novo Síndrome...

Existem tantos síndromes por aí, porque não haver o Síndrome do Comando?!

Não sei se nas vossas casas é assim, mas na minha existe o "Síndrome do Comando". Passo a explicar... 

Normalmente quem está em horas úteis em casa sou eu e a pimpolha. Como tenho de fazer o jantar e as lides diárias de uma casa de família normal, existem momentos em que a minha M. fica a brincar e a ver TV. Nesses momentos "em frente ao ecran", a coisa passa pelo canal Panda ou o Disney Junior, porque é onde estão os programas favoritos dela. Até eu já passei a gostar de alguns dos programas que ela vê e divirto-me com ela a vê-los, além de que ela já começa a fazer muitas perguntas sobre as séries e eu vou respondendo (ao que sei, claro!)... Mas instala-se o terror quando o homem da casa está. Se é em hora útil e se chega depois de já estarmos a ver algum programa, a coisa ainda se mantém relativamente calma. Mas se ele é o primeiro a chegar (que acontece normalmente ao fim-de-semana de manhã), em vez de ouvirmos rádio no rádio, ouvimos rádio na TV e, normalmente, ou é jazz ou som psicadélico que nem eu sei como se chama. Ora bem, não vale a pena dizer que esse tipo de som mexe com o meu sistema nervoso e depois de umas horas, sinto os meus batimentos cardíacos já alterados...

Quando a filhota já dorme e se decidimos ver algo juntos na TV a coisa não muda muito... Ele fica com o comando (acho que lhe dá um sentimento de maior virilidade e eu deixo para ele ficar feliz!). O zapping é feito em velocidade "luz". Sinceramente não sei como ele vê se o programa é bom ou não, mudando àquela velocidade, mas ok, em nome do bom ambiente familiar, eu relativizo e, com a maior das paciências, espero... Então quando eu acompanhava as telenovelas da SIC, quase que nem dava para ver o logotipo da emissora quando ele passava por lá, só para não correr o risco de ter de parar lá a meu pedido... Como já não acompanho nada na TV, ele mantém o mesmo ritmo de zapping. Demora  a passar naqueles canais que eu menos gosto tipo Discovery Channel, Odisseia, National Geographic, Historia, e todos aqueles de debates e notícias (acho-os muito seca!)... até que finalmente chega aos canais de séries/filmes que é onde normalmente queremos chegar... Normalmente o filme já começou e andamos ali os primeiros minutos a "apanhar aranhas"... Quer dizer, ando eu, porque ele ao fim de 5 minutos adormece (quando não adormece a meio do zapping!).... e quando se vira no sofá, o comando cai no chão (sempreeeeeee!)...

No carro a coisa funciona mais ou menos igual... 
Quando somos só as meninas ou ouvimos a Xana Toc Toc ou a RFM que, às vezes, dá até umas músicas que a princesa gosta. Quando está o homem da família, ele pode não fazer zapping como quando está em frente da TV, mas Xana Toc Toc é só mesmo em última (mesmo última das últimas!) hipótese....




segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Se existem anjos?!

Existem e eu conheci-os!
De Abril de 2008 a Janeiro de 2009 estive eu e a minha família nas mãos de anjos na terra (já falei disto aqui)... Uma equipa médica (desde médicos, enfermeiros, pessoal auxiliar, do secretariado,...) digna de louvar e levantar as mãos a Deus para agradecer a existência das mesmas.
Quando estamos numa situação de risco o melhor que temos a fazer é entregarmos a nossa vida nas pessoas que cuidam cientificamente de nós, lutar com as nossas forças para ajudá-los a ajudarem-nos e ter fé de que tudo ficará melhor. Foi isto que fizemos e foi isto que, principalmente o meu irmão fez.

Desde o primeiro momento em que estivemos com o Prof. José Casanova que sentimos elevada empatia e segurança de que ele poderia ajudar o meu irmão. Ele é afável, a simpatia em pessoa, é humano e do melhor que temos em Portugal para os tumores ósseos. A verdade é que queríamos que ele tivesse dito que tudo aquilo tinha sido um engano e que o meu irmão estava bem, mas não foi o que aconteceu e, mesmo assim, ele encorajou-nos a lutarmos juntos como família contra um bicho grandioso e disse-nos que sim, que era possível vencermos. Foi a isto que nos agarramos! A ele e a cada palavra que nos dizia sempre que nos cruzávamos nos corredores.

Até à cirurgia de remoção do bicho, e depois da mesma, ficámos entregues à sabedoria médica do Dr. Paulo Tavares. Ele é o melhor que já vi na área dele. Se por um lado ele parecia ser um Dr. House, em que a simpatia e sensibilidade eram abaixo de zero, por outro víamos um homem que gostava de vencer sempre, um verdadeiro lutador! Sentia que ele ficava ali lado a lado com cada doente a lutar para que o mesmo vencesse e, quando isso não acontecia, falar com ele não era definitivamente uma boa opção. O melhor era manter a distância razoável... Ao mesmo tempo que tinha sempre a resposta na ponta da língua (mesmo que às vezes o seu humor não fosse o nosso!), também era capaz de passar por nós sem mesmo dar conta de que estávamos mesmo ali... Dizem que os mais inteligentes têm as suas pancadas e ele tinha muitas. No entanto, mesmo de férias, ele nunca deixava de passar no hospital, nem que fosse apenas 1 vez por semana para controlar o andamento da coisa. E eu sempre admirei isso nele. Mesmooooo!

Os enfermeiros, qualquer um deles, sempre mostraram elevada entrega aos seus doentes. Dedicação e entrega, carinho e amizade eram sempre uma constante. Eles nunca levavam os seus problemas para o trabalho, mas acredito que levavam cada caso para casa, acredito que muitos sofriam com a perda de algum e ficavam felizes com a vitória dos outros. A qualquer pedido de urgência, era só chegar ao corredor e apanhar um qualquer que estivesse a passar, puxar pelo braço e lá iam eles ajudar. Tanta vez que isso acontecia...

Na altura aquela unidade estava localizada no Edifício B do Hospital Universitário de Coimbra (hoje é mesmo no hospital). Era um edifício velho de 2 pisos, sendo apenas o 2º piso para os tumores ósseos e de tecidos moles. Parecia um antigo liceu. Havia um grande hall de entrada, onde o meu irmão, antes da cirurgia, almoçava, lanchava e jantava todos os dias (ele preferia ali, pois sempre respirava um pouco de ar puro, pois ele não suportava os cheiros intensos da comida! Era tipo as grávidas com os cheiros!). Subíamos umas escadas em U, entrávamos por um pequeno corredor e depois do fim do mesmo havia uma porta. Depois dessa porta, havia um corredor de madeira grandinho (mas não muito grande) à esquerda e outro igual à direita. Em frente era a sala de convívio, que tinha uma televisão e várias mesas e cadeiras (todo o mobiliário foi oferecido pelos doentes que por lá passavam)... Ao lado era a sala de enfermeiros, onde normalmente eles estavam. Nos 2 corredores haviam os quartos onde estavam os doentes. Cada quarto grande tinha 6 camas. Dividir um quarto com mais 6 pessoas de várias idades, em que um queria ouvir música, outro queria ver televisão, outro não queria fazer nada, outro falava alto, outro queria o silêncio, não é fácil! Os horários das visitas eram mais flexíveis do que no próprio hospital e ainda bem! A comida vinha de carrinha e subia pelo elevador. Ao fundo do corredor do lado direito estavam os gabinetes dos médicos e dos enfermeiros. Durante a semana, os doentes eram acompanhados por psicólogos e recebiam visitas de irmãs que falavam com eles e quem quisesse podia comungar.

Era um piso pequenino para a procura que, infelizmente, existe, mas naqueles 2 corredores existia amor, fé e muita procura desesperada pela saúde... Naqueles 2 corredores andavam de um lado para o outro todos os ANJOS que ajudaram o meu irmão (e todas as outras pessoas que por lá passaram) a vencer e a minimizar os momentos menos bons que ele passou...

Obrigada equipa!
Vocês deviam ser imortais!


domingo, 25 de dezembro de 2016

Hoje é dia da Família!

Hoje é dia de Natal e isto significa, para mim, F.A.M.Í.L.I.A.! Por isso mesmo, esqueçam as divergências que são naturais em famílias que se amam, encurtem as distâncias e sejam felizes juntos hoje e sempre!

Esta é a nossa!

FELIZ NATAL!



sábado, 24 de dezembro de 2016

Viver o Natal...

Neste dia que, finalmente. se vive o Natal em pleno, queria poder dizer que todos são felizes e estão a festejar o Natal como deve ser, mas sei bem que isso é uma utopia... No entanto, chamem-me o que quiserem, mas hoje e amanhã vou olhar para o meu umbigo: a minha família! Quero viver o Natal de forma intensa e com a certeza de que irei deitar a minha cabeça na almofada nas próximas duas noites com a consciência tranquila de que tudo fiz e dei de mim para o bem da minha família. A única certeza que tenho, além de que um dia vou partir para o outro mundo, é este amor que sinto pelos meus (e "os meus" são ainda alguns!). 
"Família é tudo igual, só muda o endereço!" é verdade! Mas a minha, para mim, é a melhor! É com ela que eu sei que posso contar sempre... Temos divergências, podemos inclusive falar mais ou menos com um ou outro, podemos até não falar durante um tempo, mas o sentimento que sinto por cada um deles é que são parte de mim, da minha vida... E, até aquele primo de 6º grau que só vejo lá de longe em longe, nestes dias de Natal, especialmente, lembro-me dele... E aquele amigo que não é família de sangue mas é de coração, nestes dias de Natal também estão no meu pensamento... E aqueles que já partiram deste mundo, neste dias de Natal, vivem em mim...
Nestes dias eu não sou apenas eu. Eu sou a imagem viva da minha família. Eu sou a minha família e é por ela que respiro hoje e sempre...

Aproximem-se da vossa família também e aqueçam os vossos corações de paz, amor e união. Amanhã é outro dia como o de hoje. O depois de amanhã também devia ser. E todos os restantes dias também... Mas sabem que mais?! O "Amanhã" pode não chegar e viver com o arrependimento e o remorso torna o nosso coração negro cada dia que passa... Façam um favor a vocês mesmos e vivam a vossa família em pleno hoje e sempre...

FELIZ NATAL!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

O Natal também me deixa assim...

Aproxima-se a noite de Natal e com ela também chega a nostalgia por tempos passados... lembranças de momentos vividos com aqueles que já partiram do meu mundo e que me deixam tanta saudade... os meus avós: a bisavó Beatriz, o avô Manuel Jacinto, o avô Sousa, a Alzira e a mais recente que partiu, a minha avó Maria dos Anjos... Que saudades dos beijinhos, de ouvir as vozes deles, dos abraços, dos sorrisos... Tenho a certeza que vão permanecer na minha memória o resto da minha vida, mas custa tanto tê-los em memória apenas... Em vida criamos laços. Esses laços são criados pelo sangue, por pessoas, por momentos. Ficamos presos uns nos outros, entrelaçados até sempre (uns mais que outros, claro!)... E é esse sentimento chamado de AMOR (o verdadeiro!) que nunca termina que nos mantém presos uns aos outros, mesmo que a morte nos separe...
Lembro-me da viagem quase silenciosa que fiz ao lado do meu irmão e junto com a minha M., em direção a Santo António, no dia que a minha avó morreu. Lembro-me do que senti ao chegar a Santo António. Lembro-me de sentir que um dos laços que me ligava àquela freguesia se tinha quebrado nesse dia em que ela respirou pela última vez. Lembro-me de sentir um vazio no meu coração... como se parte da minha história no Nordeste também tivesse ido com ela, como se a minha freguesia deixasse de ser um pouco minha, do pouco que ela já é...
Nesta quadra natalícia, abracem muito, beijem muito, amem muito, perdoem, sorriam... nada mais importa a não ser: sermos felizes uns com os outros... Um dia, tudo acaba... 


quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Atenção: sou uma MÃE!

Há uns dias estava eu em casa com a minha M., mas enquanto ela brincava sozinha no seu tapete, eu estava sozinha na cozinha a preparar o nosso jantar e, ao mesmo tempo que arrumava a casa, lavava loiça e ainda ponha roupa a lavar! (Há dias que não dá para fingir que não existem tarefas domésticas para fazer e muito menos dá para deixar para amanhã!)
Ela pedia-me pouco a pouco para ir brincar com ela e eu, de coração partido, dizia-lhe que não podia, que tinha isto e aquilo para fazer, mas que quando terminasse ia brincar um bocadinho com ela. Acreditem mesmo que detesto dizer "não posso" à minha filha por causa de afazeres domésticos. Detesto mesmo! Sempre que posso deixo tudo por fazer para poder estar com ela, mas nesse dia era impossível. Tinha de fazer pelo menos o jantar para comermos... A dada altura ela vem até à porta da cozinha, com uma carinha muito zangada comigo e diz:
"Mãe, tu não és uma cozinheira!"
E eu, admirada com tanta determinação, digo "Ai não?! Então sou o quê?!"
Ela responde assertivamente: "És uma mãe!"

Dahhh Vera, és uma MÃE! 

Pois sou, filha! E é por isso que:
- sou cozinheira para te poder alimentar;
- sou educadora/professora para te poder ensinar coisas novas;
- sou médica/enfermeira porque cuido de ti quando estás doente;
- sou catequista quando te falo de Jesus e te ensino a rezar;
- sou despertador, quando tenho de te acordar cedinho;
- sou fashion adviser quando te visto toda linda e boneca;
- sou cabeleireira quando te penteio e, quando é preciso, corto também;
- sou ilusionista quando dou beijinho no teu dói-dói e ele vai embora;
- sou psicóloga quando não consegues lidar com a tua revolta;
- sou artista quando crio trabalhos manuais para te cativar;
- sou contadora de histórias quando me pedes para te contar uma história antes de dormir;
- sou empregada doméstica quando arrumo e limpo tudo em casa para que vivas num ambiente limpinho;
- sou atriz quando finjo que sou palhaça, que estou triste, que estou feliz, que sou o fantasma da meia-noite,...;
- sou lavadeira quando tiro nódoas da tua roupa ou quando a lavo, estendo, recolho, passo a ferro e arrumo;
- sou cake designer quando me aventuro no mundo dos bolos para fazer um lindo só para ti;
- sou babysitter quando estou a tomar conta de ti, mesmo sem estares doente;
- sou dançarina profissional quando tenho de dançar vários estilos de música "folclore, marchas, zumba, aché,...;
- sou cantora sempre que me pedes para cantar alguma música;
- sou uma espécie de "GPS" porque encontro tudo aquilo que não sabes onde está;
- sou modelo porque me imitas a toda a hora (e ser modelo dá mesmo muito trabalho, pois é a grande responsabilidade de ser mãe!);
- e sou ainda o teu anjo da guarda porque a minha grande missão é proteger-te.

Uma mãe é isso e muitooooo mais que só o dia-a-dia nos permite e faz ser!... Tudo isso por este amor incondicional que sinto por ti, minha filha...

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Histórias minhas de Natal VII: "Natal com o Menino Jesus da minha vida"

A partir de 2013 os Natais começaram a ter outro sabor...

Em 2013 estava grávida (bem grávida já, contando que a minha M. deveria ter nascido em Fevereiro, embora tenha tido pressa e brindou-nos com a sua presença no mês de Janeiro!)... Depois de enfeitar a árvore cá em casa, não podia deixar de marcar a presença de mais um ser entre nós que, só por acaso, ainda estava na minha barriga... Então, por cima da pequena árvore, escrevi o nome dela e coloquei a fotografia da última ecografia. Senti-a mais presente do que nunca nesse Natal (antes dela nascer, claro!).

Os rituais habituais (noite de Natal na casa dos meus sogros e dia de Natal na casa dos meus pais) mantiveram-se. Em 2014, ela tinha 11 meses. Pouco antes do Natal começou a gatinhar e pertinho do Natal, levantou-se sozinha pela primeira vez querendo chegar ao guizo do Pai Natal que estava lá numa cana de bambu a enfeitar a casa. Ficou toda orgulhosa de si própria e fez transparecer isso mesmo. As bolas da árvore eram um grande incentivo para fazê-la chegar mais perto da árvore e muitas vezes chegou a tirá-las para brincar. As luzes a piscar também eram motivo de grande divertimento e ela era capaz de ficar a olhar para elas durante bastante tempo. Na noite de Natal e dia de Natal ficou espantada por ver os presentes e os brinquedos novos, mas aquele efeito "tchanan" ainda não existia nela. Gostou de tudo, claro, mas o entusiasmo de verdade aconteceu no ano seguinte...

Em 2015, ela tinha quase 2 anos e aqui sim era percetível aquela euforia do Natal, do Pai Natal e dos presentes. Perante uma árvore cheia de presentes o nervosismo era tanto que ela não cabia em si e mal abria um presente queria brincar com ele. Os seus olhinhos brilhavam de tão feliz que ficava. Já sabia cantar músicas de natal, como o "Pinheirinho", "Vou por meu sapatinho", "Toca o sino",... Fazer a árvore e o presépio foram dias de grande animação. As bolachinhas de Natal que costumo fazer teve outro sabor, o de amor de mãe e filha. O conceito de "nasceu Jesus" e cantar-lhe os parabéns também esteve incutido durante toda a quadra. Foi um Natal cheio de amor em seu redor e assim é que deve ser...

Este ano, as coisas ainda vão ser melhores, com certeza... Pelo menos eu espero que sejam... Depois conto como correu! :)

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Comidas que me fazem viajar...

Desde que o tempo começou a esfriar que me tem apetecido beber chá quentinho. E, se sinto fome, adiciono biscoitos.
Bom... sempre que como chá com biscoitos viajo no tempo. Lembro-me da minha infância. Lembro-me da Alzira, da Regina, da minha "tia" Raquel. Lembro-me que elas faziam biscoitos caseiros e sempre que ia à casa delas (por norma era a minha segunda casa lá em Santo António), que era quase diariamente, pedia para comer chá com biscoitos. Era chá com biscoitos e ovos estrelados, dos caseiros... Que saudades de ser mimada por elas.
A tia Raquel viva noutra casa com o seu marido, a quem eu chamava de avô. Nem ele era meu avô e nem ela era minha tia, mas tratava-os assim. A tia Raquel era irmã da Regina e da Alzira, que moravam juntas. A Regina era viúva e a Alzira solteira. Não tinham filhos, por isso "adotavam" as crianças que, como eu, gostavam de estar com elas. Sei que a minha tia Dídia também passava muito tempo com elas quando era pequenina. E o que tinham elas de especial?! Tratavam-me bem! Davam-me miminhos! Ensinaram-me a fazer crochê (hoje já não sei!), davam-me para comer aquilo que eu quisesse, tinham fotografias minhas espalhadas pela casa, como se fosse neta, faziam-me vestidos de lã (lembro-me que tive um que eu adorava azul e cor-de-rosa!) e roupinhas para as bonecas. Deixavam-me ir com elas ao galinheiro, ao quintal, tinham um cão que também era "meu", mas que quando estava na rua não me ligava nenhuma...

Quando saia da escola primária, parava sempre em casa delas para saber o que era o almoço, antes de ir para casa. Muitas vezes, se calhar elas já não tinham para mim (não tenho muita noção!), e diziam que era ovos estrelados com batata frita, porque sabiam que eu gostava e queriam que eu lá ficasse. Ia para o balcão da casa delas e esperava pela minha mãe passar para lhe dizer que ia almoçar lá. Às vezes calhava e que feliz que eu ficava! :)

A tia Raquel era a esposa, dona de casa dedicada e costureira. A Regina era a trabalhadora. Aquela que tanto ia para a terra como ia para a cozinha ou fazia crochê, sem problema nenhum. A Alzira era a "menina" da casa. Era quem sabia fazer crochê e tratar dos animais, principalmente do cão e, mais tarde, do gato que adotou. Era a mais magrinha e pequenina de todas. Chegou a uma altura que já lhe pegava ao colo, na boa. Devia ter, sei lá, uns 40kg, no máximo... Era a mais foliona, divertida e enchia-me de beijos. Das 3, foi a última a ir embora, se não me falha a memória, partiu há uns 4 anos...

Hoje, nenhuma delas está fisicamente entre nós, mas residem no meu coração. E sempre que como ovos estrelados caseiros ou chá com biscoitos sinto-as tão pertinho de mim... 

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Um mês de luzes de Natal...

Fez ontem um mês que as luzes de Natal acenderam nas ruas de Ponta Delgada. A decoração não estava completa, pouca música de Natal se ouvia pela rua, mas o pouco que havia já nos remetia para esta quadra que é para mim deliciosa e aquece o meu coração.
Nesse dia, depois do jantar, perguntei à minha M. se queria ir ver as luzes. É um programa que faço muitas vezes com ela, nesta quadra, desde que nasceu... As luzes transmitem magia e dão-nos brilhos bons nos olhos e, consequentemente, no coração.
Não demoramos muito. Mas o pouco tempo que estivemos a passear nas ruas de Ponta Delgada foi distribuído entre a loja dos brinquedos da Minnie e a loja de brinquedos Brinka, onde haviam uns bonecos a simular a respiração. O resto do tempo foi passado na Árvore de Natal e no "tunet" (um presente gigante de luzes que se pode entrar, tipo túnel) que se encontram mesmo, mesmo no centro da cidade, junto às Portas da Cidade... 
Aqui deixo os recortes desse nosso bocadinho de noite...

domingo, 18 de dezembro de 2016

Queijadinhas de abóbora

Fiz umas queijadinhas que vi no facebook e que prometi a mim mesmo que ia fazê-las (de tão fáceis que eram) por terem um dos ingredientes que mais gosto na vida: abóbora!

Aqui vai a receita:

2 ovos
250gr açúcar (reduzi para 200gr e da próxima vez vou reduzir ainda mais!)
50gr manteiga
130gr farinha
500ml leite
300gr de abóbora cozida e escorrida (para a próxima ponho mais!)
Canela para polvilhar (esqueci-me desse pormenor!)

Enquanto fazia a sopa da minha M. no copo da bimby, cozi a abóbora em cima, na varoma. Depois é só misturar no copo da bimby os ingredientes todos, colocar em forminhas e forno com elas... 18/20minutos (enquanto jantámos) e estavam prontinhas!

Ficaram tão, mas tão boas, que "repetir" é a palavra de ordem...

sábado, 17 de dezembro de 2016

Gasto muito dinheiro nisto...

Uma das coisas que mais gasto dinheiro é em sapatos para a minha M. (já o disse aqui), não vá ela ficar com algum problema no pé... Para mim o calçado para ela, que está em pleno crescimento, mais do que ficar bonito deve proteger o seu pé e garantir uma mobilidade adequada. Depois de ler este artigo então, fico ainda com mais certezas de que estou a fazer a escolha certa para ela... 
Apesar disso, tenho uma certa dificuldade em comprar-lhe sapatos sem ela estar comigo, pois fico sempre na dúvida se devo levar o número dela ou o acima. Ela sempre teve o pézinho de princesa, mesmo pequenino para o tamanho dela. Para terem ideia, ela começou a andar aos 15 meses. Só lhe comprei um sapato pouco antes disso, pois vi que ela já ameaçava andar mais dia menos dia. O tamanho do pé dela era o 18. E os pézinhos ficavam mesmo à vontade dentro do sapato. 
O que me vale é a simpatia da proprietária da loja onde costumo comprar (Sapataria Happy Kids) que me dá a facilidade de poder levar, experimentar e depois trocar se for caso disso.
A qualidade dos sapatos também é extremamente importante para mim, mesmooooo... e lá nessa loja existem variadas marcas à minha disposição. Não é demais lembrar que adoro mesmo aquela loja!

Bom, na verdade, queria dizer-vos que existem alguns fatores a ter em conta na compra dos sapatos, confirmei no artigo serem mesmo importantes para quem, como eu, é esquisita com os sapatos:

- o tamanho adequado;
Tenho uma certa dificuldade em comprar-lhe sapatos sem ela estar comigo, pois fico sempre na dúvida se devo levar o número dela ou o acima. Ela sempre teve o pézinho de princesa, mesmo pequenino para o tamanho dela. Para terem ideia, ela começou a andar aos 15 meses. Só lhe comprei um sapato pouco antes disso, pois vi que ela já ameaçava andar mais dia menos dia. O tamanho do pé dela era o 18. E os pézinhos ficavam mesmo à vontade dentro do sapato. Foi um sapato que durava o verão inteiro, se fosse adequado para tal, mas era muito quentinho para o verão... O que me vale é a simpatia da proprietária da loja onde costumo comprar (Sapataria Happy Kids) que me dá a facilidade de poder levar, experimentar e depois trocar, se for caso disso.

- se são suaves e flexíveis;
Normalmente ela calça e vejo se ela consegue movimentar-se bem, se lhe dói, se os dedos à frente estão afastados do fim do sapato, se os calcanhares não ficam magoados,... Também serve para ver se os sapatos que ela tem ainda lhe servem. Quando não passam o teste da suavidade e flexibilidade, encosta sapato!

- herdar sapatos não é boa ideia;
Apesar de ter tido alguns sapatos emprestados (o que muito agradeço a amabilidade), nunca usei nenhuns, excepto aqueles que via que não tinha o pézinho da outra criança formado, como foi o caso de, por exemplo, umas sandálias, tipo havaianas, que ainda vinham com o preço (ou seja, nunca usadas!).

- sapatos de desporto;
Para ela estar à vontade a brincar uns bons ténis, que deixem o seu pezinho respirar convenientemente é o ideal, assim como umas Crocs para as aulas de natação. Imprescindíveis.

- sandálias de verão;
Este item não estava incluído no artigo que vos mencionei, mas também é importante para mim, pois muitas mães pensam que aquelas sandálias abertas atrás são fresquinhas e tal... Foi-me dito pela Pediatra da minha filha que deviam ser fechadas atrás e é assim que tenho comprado.

- sapatos que deixem o pé respirar;
Também um apeto muito importante para mim. Deixar que os pés fiquem ali fechados sem "corrente de ar" é meio caminho andado para haver humidade e fungos e bactérias indesejáveis.

- sapatos que fomentem a autonomia.
Ela ainda está numa idade em que não sabe atar os atacadores, por isso escolho sempre algo que ela depois aprenda mais facilmente a calçar-se e descalçar-se sozinha.

(Ela aqui a calçar as minhas botas...! A fazer exatamente o contrário do que falo neste post!...)







sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

A nossa árvore de parede...

Um dos meus propósitos para este natal era fazer uma árvore de parede para a minha M. e eis que no início deste mês já ela estava penduradinha lá na porta da rua do apartamento onde vivemos. Com a ajuda do namorido, que a recortou em plástico e a prendeu à porta, fizemos nós o molde da árvore em papelão, as bolinhas em papel EVA brilhante (ela adora brilhantes, por isso tinha de ter brilhantes!), a colagem da forra da árvore em papel de feltro verde e, finalmente, só a princesa foi colando as bolinhas na árvore, como ela bem quis.
Giro é vê-la a colar e descolar cada uma quase todos os dias... É o motivo de que vejo que valeu a pena o nosso "trabalho"! :)

Ficou gira, não ficou?!

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Habemus Árvore!

Este ano estava a ver a coisa complicada!...
Como a árvore que tenho é de metro e meio (foi a que comprei na altura em que estava a estagiar em Mafra - como vivi sozinha achei que seria mais feliz - e fui! - se tivesse uma árvore para me lembrar ainda mais da minha casa e da minha gente em Dezembro!), todos os Natais é a mesma conversa: vai ser natural, vai ser artificial?! 
Pelo namorido seria sempre natural! E, para ser franca, por mim também, pois faz-me lembrar dos Natais da minha infância em que a árvore era sempre natural... Mas, na falta de melhor avança sempre a minha velhinha que, modéstia à parte, faz muito bem o seu papel, apesar de pequenina é bem preenchidinha...
Este ano temos uma natural que fomos buscar no passado domingo de chuva! 
Resultado: foi das viagens mais apertadinhas e mais molhadas que fiz até hoje - eu, ele, a princesa (a única que se manteve seca!) e a árvore dentro de um jipe de 4 pessoas! 
Memórias que ficam...

... a nossa árvore é linda e espero que traga muito amor, saúde e paz para o nosso lar!!!!

Ainda só com um cheirinho de decorações, porque entretanto a princesa ficou doente (muita tosse e alguma febre) e queremos que seja uma decoração familiar... Sem ela a ajudar não faz sentido!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Histórias minhas de Natal VI: "Primeiro Natal de casamento"

Decorria o ano de 2010... Poderia ter sido um Natal que, apesar de diferente, poderia ter sido muito feliz, mas não foi!... Vai ficar marcado no meu coração e memória para sempre... Exatamente um mês antes do dia de Natal tinha perdido a minha tia (mulher do meu tio paterno), por morte súbita. Foi um verdadeiro choque para nós... O meu tio e primos estavam arrasados, como era natural. O ritual de passar a noite de Natal em casa dos meus tios morreu no dia que a minha tia nos deixou, embora para mim fosse já um dado adquirido a partir do momento em que me casei...

Na véspera de Natal desse ano, iniciei um novo ritual na nossa casa (minha e do meu marido). Um almoço de Natal mais elaborado só para nós os 2, visto que nem o jantar/ceia desse dia, nem o almoço ajantarado do dia de Natal passamos em casa...

Na noite de Natal rumamos, eu e o namorido, para Ponta Garça, passar a ceia de natal junto com a nova família. Foi uma noite diferente para mim onde senti que também eu fazia parte do clã Medeiros. Apesar disso, senti muito a falta dos meus pais e irmão. Acho que é natural! Passei a vida toda a passar a noite e o dia de Natal com eles e, de um momento para o outro, deixo de estar com eles nesta noite e deixo de ter os tais rituais habituais... De qualquer forma, tentei abstrair-me e entrar no espírito de Natal. A tradição lá é diferente. O jantar acontece pelas 20h/21h, mas prolonga-se pela noite dentro. Até à meia-noite estamos lá sentadinhos à volta da mesa comendo, conversando,... 
A minha sogra (já o disse aqui) cozinha divinalmente bem. Enche aquela mesa cheia de comidas deliciosas. Eu acho até que ela passa o dia 24 inteiro (se não também o dia 23) na cozinha para ter tudo prontinho para receber a família numa noite especial. No jantar, normalmente, é servido um bacalhau que é feito com batata frita (que por acaso dá imenso trabalho, mas ela faz porque sabe que a maioria gosta!), mas também é servido um prato de carne, que normalmente é bifinhos com cogumelos, mas pode ser também outra coisa qualquer, desde que ela ache que as crianças gostem. Depois, na sobremesa ela tem uma particularidade (e não apenas na noite de Natal!): ela faz sobremesas para todos... Normalmente faz gelatina porque a minha M. gosta; faz alguma sobremesa com natas e chocolate, porque o genro, o filho,a  filha, eu e o neto gostam; faz algo mais light para que o marido também possa comer sobremesa (ele tem de ter cuidado com os doces por causa dos diabetes!); faz um gelado que já é típico lá em casa, porque sabe que o neto gosta; às vezes faz a tarte de maçã porque além do marido poder comer, sabe que eu gosto,... então fica a mesa novamente cheia de coisas boas para todos comerem... Basicamente saímos da mesa a rebolar... 
Depois de comermos, fazemos toda aquela encenação da chegada do Pai Natal, na altura por causa do T., hoje também por causa da M. e do V., para que a magia do Natal também esteja por lá... Nesse ano foi a minha cunhada e minha sogra colocar os presentes debaixo da árvore. E vamos para a sala "museu" (também existe uma sala "museu", daquelas que só se usam nessa altura, na casa dos meus sogros!), onde a minha sogra monta a árvore e onde estão as prendas. Por lá ficamos durante, pelo menos, às 2h da manhã... 
Existe uma tradição muito própria naquela freguesia, da qual não sou lá muito fã, pois para mim Natal é estar em casa com a família, união, amor, paz (disse-o já aqui!)... Após a reunião familiar, os mais jovens saem das suas casas quentinhas, onde estão com a sua família, para andarem de casa em casa a desejar um Feliz Natal uns aos outros (algumas pessoas inclusive vêm abrir a porta de pijamas, pois já estavam na cama a dormir!). Em cada casa bebe-se, come-se, dão-se gargalhadas, trocam-se palavras... Não é preciso dizer que no fim da noite, ou melhor, na manhã dessa mesma noite, alguns já não estejam em perfeitas condições... Como já referi, não é uma tradição que ache muita piada...

No dia seguinte, em virtude da morte da minha tia, o ritual mudou e deixamos de ir para a casa dos meus padrinhos na Lomba da Maia, para não deixarmos o meu tio e primos sozinhos no dia de Natal. O almoço ajantarado de Natal passou, a partir desse ano, a ser em casa dos meus pais. Não estávamos felizes, cheios de sorrisos e tal, pois faltava-nos aquela que tinha uma gargalhada que se ouvia no Nordeste. Mas estávamos juntos. Eu, o namorido, o meu irmão, os meus pais, o meu tio, os meus primos, a minha avó paterna e a materna. Nesse dia, a tradição é o perú na mesa, com o recheio que eu amo. A minha mãe está a ficar uma perita a fazer o perú. Igualzinho ao da minha avó da Lomba da Maia... A casa está aconchegante, cheirosa, cheia de velinhas acesas, mesmo em ambiente natalício... Nesse ano, na hora de abrirmos os presentes (por já não haver crianças, os presentes já estavam debaixo da árvore!), não consegui resistir e chorei. Abracei-me à minha mãe e chorei... Não conseguia parar... A falta de alguém querido ali ao nosso lado, as mudanças que em tão pouco tempo aconteceram na nossa família fez-me sentir saudades e desejar que tudo ficasse melhor...um dia...

(Foto do nosso primeiro Natal juntos, na nossa casa, em 2010.)

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Frases que me aquecem a alma...

Depois de me dedicar à minha filha a 200% como sempre, de termos tempo útil uma com a outra, chega sempre aquela coisa de "bahhh 2ª feira trabalhar..." e esta semana é tãooooo comprida..... Domingo, na Lomba da Maia, estava eu a fazer dormir a minha M. quando lhe disse que no dia seguinte que tinha de ir trabalhar e que ela teria que ficar com os avós (gosto sempre de lhe dizer o que vai acontecer para ela saber sempre com o que vai contar). Ela, sempre muito compreensiva para a idade dela, disse "Está bem mãe!". Dei-lhe um abraço e disse que ia sentir muitas saudades dela. Respondeu-me assim, como normalmente eu também lhe digo:
"Eu estou sempre contigo mãe!"

É verdade, filhota linda, estás sempre comigo, mesmo quando não estás fisicamente comigo. Estás sempre no meu coração e pensamento... SEMPRE!

Hoje é o dia da UAL, a minha universidade!

Como expliquei aqui, a minha ida para a Universidade, foi um tanto atribulada. A escolha pela Universidade Autónoma de Lisboa foi quase que instantânea. Perante 3 opções que tinha, mal pus os meus pés na UAL, senti que era ali que queria ficar nos próximos anos. Não sei o que foi, mas que senti uma empatia forte por aquele edifício lá isso senti. Na verdade, os primeiros tempos (adaptação) não foram fáceis para mim. Também não foram fáceis muitos outros momentos ao longo dos 4 anos de curso que tive naquela instituição. O pior momento que tive, depois da adaptação, foi o ter de aceitar perder uma cadeira injustamente (a única de todo o curso!). Ainda hoje digo que foi injusto. Mas, graças a Deus, superei esse problema e consegui fazer a cadeira no ano seguinte.
Bom, tristezas à parte, a UAL para mim foi uma revelação boa! Tirando o facto de que gostei dela logo no dia que pus lá os pés pela primeira vez, tive muitas outras alegrias lá dentro. 

As condições de estudo eram maravilhosas. Havia uma sala de informática, à qual podíamos aceder à internet (na altura ainda era uma coisa rara nas casas particulares!), podíamos fazer trabalhos a computador (nem todos tinham computador em casa!) até às tantas da noite (acho que só fechava às 23h). 
A Biblioteca também era muito boa, embora eu fosse "alérgica" a estar e permanecer por muito tempo lá (sempre gostei de me rir e falar à vontade e na biblioteca isso nunca é possível!). 
O bar era magnífico. Tinha inclusive uma espécie de "jardim" interior, ao qual chamávamos "átrio". Era onde eram realizadas as provas dos caloiros e onde muitas vezes atuei em tuna. Em dias normais, o pessoal sentava-se lá e conversavam, riam-se, tiravam dúvidas com os colegas, liam,... A comida que eles serviam no bar/refeitório era deliciosa. Não me lembro de nenhuma refeição que eu não tivesse gostado. 
O pessoal que lá trabalhava, em toda a universidade, era no mínimo espetacular e extremamente simpático. Recordo-me com muito carinho de um senhor que era lá contínuo (nunca soube o nome dele), que me fazia lembrar fisicamente do meu avô Manuel Jacinto, que tinha sido da agente da PIDE, mas que era de uma educação e delicadeza incrível (e eu sempre achei isso admirável!). Falava muitas vezes com ele...
Os funcionários da Secretaria eram prestáveis e super simpáticos. Tentavam ajudar o aluno ao máximo. Falo por mim que recorria muito à secretaria para ter os meus documentos de estudante açoriana assinados e carimbados para depois ter o desconto na viagem. Havia lá um Sr (Fernando Ferreira) que comigo foi sempre um encanto, desde o primeiro momento sempre me estendeu a mão quando eu precisava de alguma coisa da secretaria. Em contrapartida os meus pais sempre lhe enviavam um miminho de S. Miguel como forma de agradecimento por ele ajudar sempre a filha deles lá na universidade.
As pessoas da Reprografia, uma família de indianos, nunca tinham mãos a medir para a quantidade de pedidos que tinham (eram livros e livros para fotocopiar!), mas mesmo assim sempre foram simpáticos comigo. 
Os professores que lá lecionavam eram, na sua maioria, do melhor que há. Óbvio que também existiam as "nódoas" e eu tive algumas, mas a maioria eram bastante acessíveis, mesmo alguns sendo escritores conhecidos da nossa sociedade. Sempre eram pessoas humildes e não andavam a vangloriar-se dos estudos que tinham ou dos livros que escreviam, como presenciei um professor da Universidade dos Açores fazer isso! Foi do piorio, uma falta de classe medonha!... 
A maioria dos colegas era acessível. Comigo sempre foram impecáveis, tirando um ou outro mais esquisitinho, mas esquisitinhos existem em todo o lado, portanto, não é por aí. Tenho hoje bons amigos que foram meus colegas de turma ou só mesmo da universidade.
O pessoal da tuna, ou melhor das tunas, falo da minha e da masculina, foram sempre impecáveis comigo. Gozavam com a minha pronúnica, é certo, mas foram sempre muito meiguinhos comigo e tenho muitas e só boas recordações de todos eles.

Hoje é o dia que se entregam os diplomas na UAL. Só participei neste evento no dia que fui receber o meu, a 13 de Dezembro de 1999. Esse dia era feriado para o pessoal da Universidade. É nesse dia que vemos a maioria dos nossos professores vestidinhos com aquelas roupas esquisitas e chapéus super engraçados. Lembro-me que um dos chapéus é assim com bolinhas penduradas! Super engraçado. Aquelas roupas têm significados consoante o nível de ensino que cada um tem, eu é que não os sei de cor!


Para que conheçam a minha universidade, aqui fica o vídeo:

E eis alguns comentários de alguns alunos:

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Querido Pai Natal...

Sei que andas muito atarefado nesta época do ano, mas tendo em conta que fui uma linda menina durante este ano, que me entreguei mais aos outros do que a mim, que me dediquei a 200% à filha, à casa, ao marido, à família, ao trabalho, a este blog, que perdi a minha avó, que tive de suportar alguma tristeza desde o derradeiro mês de janeiro, que tive de engolir alguns choros e uns quantos sapos, que tive de mudar a minha postura em relação a certas situações e pessoas para eu própria me tornar numa pessoa melhor, entre outros sacrifícios de maior e uns atropelos pelo meio (ninguém é bem comportada sempre!), será que é demais pedir que me ofereças o último prémio do Euromilhões?!
Não peço o primeiro porque não saberia o que fazer a tanto dinheiro (se calhar até saberia, mas é melhor não abusar da tua generosidade!), só queria o suficiente para conseguir pagar a nossa futura casa (só assim ela ganhava "pernas para andar"), trocar o carro do meu marido (que ele anda desejoso disso), ajudar o meu irmão também a pagar a sua casa, fazer uma viagem de sonho às Maldivas durante, vá umas 3 semanas (que isto de ir para longe tem de ser bem aproveitado!), e permitir-me ter algum guardado para alguma eventualidade?! É só o último prémio!... Acho que ninguém costuma pedir esse... Pode ser que esteja disponível... ainda!...

Ah já agora, podes também oferecer-me alguma roupa interior toda fashion (lingerie xpto) que a minha anda a dar as últimas... 
No entanto, se me deres o que te peço em primeiro lugar nesta carta, este segundo pedido deixa de fazer sentido!...

Bom trabalho Pai Natal! 
Sempre gostei muito de ti e sei que tu existes... algures...

domingo, 11 de dezembro de 2016

O que fazer com resto de frango do churrasco?!

Simples! Frango à Brás! :)

Tinha resto de frango do churrasco em casa e não queria oferecer mais uma vez frango à minha M.,  e nem queria levar uma semana toda a comer o frango da mesma maneira, por isso quando isso acontece, torna-se urgente reciclar... :)

No copo da bimby refoga-se cebola (1 grande) com alho, depois coloca-se o frango desfiado e fica ali a "cozer" 5minutos/colher inversa/100º/velocidade colher. Depois coloca-se a batata palha e mais 3 minutos igual ao anterior.
Passe tudo para uma frigideira, enquanto coloca 6 ovos no copo (sem o lavar) e bata 10 segundos/velocidade 2. Misture os ovos ao preparado na frigideira e misture bem. Deixe secar e já está! :) Ficou muito bom!


sábado, 10 de dezembro de 2016

Baba Vanga

Não sei se já ouviram falar dela, mas esta senhora deixou-me um tanto perplexa com aquilo que já li sobre ela aqui, aqui e aqui...
É uma vidente cega que proferiu algumas coisas e que de facto chegaram mesmo a acontecer, como por exemplo: o 11 de Setembro "os irmãos americanos seriam atacados por 2 pássaros de aço", o aquecimento global "regiões frias ficarão quentes..vulcões iriam despertar" e o tsunami de 2004 "uma grande onda iria atingir uma grande costa cobrindo pessoas e cidades", e a eleição de Barack Obama "o 44º presidente dos EUA será africano americano e será o último presidente dos EUA de cor"...

Depois de 1 mês e 1 dia da vitória de Donald Trump pondero naquilo que ela disse "(...) no momento em que ele (Barack Obama) deixar o cargo vai haver uma grande crise económica e que toda a gente vai depositar esperanças nele, mas o oposto vai acontecer. O Norte e o Sul vão dividir-se e vão existir grandes conflitos."

Previu ainda que os muçulmanos iriam invadir a Europa (o que realmente está a acontecer devagarinho) com armas químicas e que este continente iria deixar de existir... além de outras profecias que pode ver aqui

Verdade, mentira, só saberemos quando realmente acontecer, se acontecer...






sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Reencontrei os meus amigos de infância...

Há coisa de um mês, eu e um grupo de amigos de infância, decidimos juntar o pessoal que andou connosco na escola primária num jantar. Foi uma ideia genial, pelo menos para mim, e acho que para a maioria também. Assim sendo, pusemos mãos à obra e começamos a organizar o evento que se realizou no passado dia 3 de dezembro.
Já todos sabem que sou muito ligada ao concelho/freguesia da minha infância, nunca o escondi, nem escondo. Poder estar num evento com pessoas que fizeram parte da minha escola foi deveras bom. Rever carinhas que há muito não via, pessoas que se calhar nunca mais tinha visto desde que sai de lá, aos 15 anos... foi deveras muito bom para mim!
Foi tudo muito simples, muito original! Existem os jantares de curso, mas poucos jantares de escola primária se vêem. Normalmente as crianças da escola primária quando crescem seguem caminhos muito diferenciados pelo que promover o reencontro é muito complicado. Temos a sorte de termos vivido numa terra pequenina em que tudo se sabe e se encontra. Uma terra onde nunca nos sentimos sozinhos e de pessoas incríveis que nos estendem a mão e nos ajudam o mais que podem. Reunimos as crianças, hoje adultas, nascidas entre os anos de 1976 e 1983. Participaram com os seus filhos e cônjuges e, num ambiente de pura harmonia, divertiram-se e riram em todos os momentos do jantar. No final, com a mesma proatividade e dinâmica, por si só, sem lhes ter sido pedido nada, prontificaram-se a ajudar a "arrumar a sala". Formamos, de facto, hoje, uma grande família que se gosta, que guarda em cada coração a memória e a ligação que tivemos um dia. Gostoooooo tanto disto!...
Foi giro ver a minha filha brincar com os filhos e filhas dos meus amigos, com quem também eu brinquei um dia. Foi giro ver o cuidado com que as maiores tomaram conta dela. Foi giro vê-la "ser do Nordeste" também. Foi mesmo giro e um motivo de orgulho para mim. Em Santo António Nordestinho continuo a sentir-me em casa...

Conclusão: eu adorei e acho que todos os presentes amaram estarmos todos juntos. Foi de facto um evento memorável e do qual nem tão cedo irei esquecer. Posso inclusive dizer que foi dos melhores jantares de toda a minha vida.






quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Hoje acendem-se as luzes de Natal!

Antigamente hoje era o dia em que se acendiam as luzes de Natal lá de casa. Tento manter essa tradição até hoje, embora prepare as decorações mais cedo. Isto de ter filhos abre-nos o "apetite" do Natal mais cedo!... Consola...
Hoje é um dia que eu gosto de particularmente ir dar um passeio pela baixa de Ponta Delgada. Vai muita gente?! Vai. É uma confusão?! É. Mas, pronto, eu gosto. Gosto das luzes, das músicas de Natal, das montras enfeitadas, das pessoas de um lado para o outro a conversarem, a sorrirem, de ver as crianças a entrarem verdadeiramente no espírito de Natal... É um dia que gosto particularmente de estar com a  minha família, e mais ainda agora com a minha filha que vibra com o Natal como eu também vibrava em pequenina. Ver os seus olhos brilhar e o sorriso fácil sempre que vê algum adereço de Natal é de facto um motivo mais que bom para sair de casa e enfrentar a multidão e o frio que, por vezes, se faz sentir nesse dia. Hoje é o dia das Montras e gosto de vivê-lo intensamente, como se fosse o início do Natal de verdade...

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Histórias minhas de Natal V: "Dois Natais muito diferentes"

Decorria o ano de 2008 - o pior ano de toda a minha vida.
Um ano que nos fez pedir muito, sofrer muito e aumentar a nossa fé em Deus na esperança de que tudo iria correr bem. Por outro lado foi o ano em que tive mesmo a certeza (eu já tinha, mas fiquei ainda mais convicta!) de que tenho a melhor família do mundo e que o amor que nos une nos torna muito fortes, se calhar mais fortes do que aquilo que pensávamos ser...
O meu irmão e a minha mãe estavam em Coimbra desde Abril e de lá não podiam sair, até que o médico do meu irmão decidisse o contrário. Pelas nossas contas, por altura do Natal, o meu irmão estaria em casa (na casa de Coimbra). E, eu e o meu pai (e depois os meus tios e primos do lado paterno) planeamos o nosso Natal com férias para irmos passá-lo em Coimbra com ele e com a minha mãe. Chegamos e ele ainda estava internado, em tratamentos, mas previa-se que saísse pouco antes do Natal. Mas... fomos "atropelados" por uma bactéria que fez com que ele fizesse febre dia sim, dia sim e que não lhe permitiu passar o Natal (e nem a Passagem de Ano) em casa. Ele ficou triste (muito triste!) e nós também, mas o espírito natalício vivia nos corações daqueles enfermeiros e, a nosso pedido, deixaram-nos fazer a "ceia" de Natal numa salinha de convívio que havia lá onde os doentes e familiares podiam jogar, comer, ver televisão,... Podíamos lá estar até à volta da 1h da manhã e assim foi, pois queríamos minimizar todo o sofrimento que existia nos nossos corações estando ao lado dele, sempre ao lado dele. Foi diferente sim, mas foi o verdadeiro Natal, sem prendas xpto, (a única prenda que queríamos era a saúde do meu irmão!), mas com muito amor e paz...

Natal de 2009, o primeiro Natal em casa com meu irmão cheio de saúde, depois do "susto", mas o meu último natal como menina solteira, portanto a ideia era mesmo aproveitar ao máximo. Tínhamos muito que festejar e agradecer a Jesus estarmos novamente os 4 juntos, com saúde, e foi o que fizemos. O ritual voltou a ser o que era antes, quer na noite (na casa dos meus tios) como no dia de Natal (na casa dos meus padrinhos), mas lembro-me tão bem de na noite de Natal estarmos os 4 na sala "museu" que os meus pais têm lá em casa. Chamo "museu" porque nunca é utilizada, exceto em situações esporádicas. Como tínhamos vindo da casa do meu tio, fomos os 4 para lá abrir as nossas prendas. Bebemos uma (ou mais!) bebida cada um. Rimos muito uns com os outros, com as parvoeiras que o meu irmão "cheio de piada" diz e com a minha mãe a fazer "perseguição cerrada" ao que cada um bebia, fizemos alguns tchim tchins e, embora não o disséssemos alto e bom som, sei que cada um, no silêncio do seu coração, agradecemos a Deus estarmos ali os 4 e saboreámos como nunca aquele momento... Eu senti o verdadeiro espírito feliz de Natal nessa noite, porque estava verdadeiramente feliz! Mesmooooooooooo....

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

A minha bisavó Beatriz...

Hoje fazia anos a única bisavó que me lembro de ter conhecido... A minha avó Beatriz, mãe da minha avó Olídia. A minha avó Beatriz morreu com 92 anos (tinha eu 13 anos), exatamente a idade que a sua filha tem hoje. 
Lembro-me dela ainda bem mexidinha. Sempre me lembro dela a usar aquelas roupas pretas de velhinha, de avózinha. De lenço na cabeça e xaile. Tinha cabelos brancos compridos e lisos e fazia sempre um coque atrás. Lembro-me que ela não tinha medo de nada. Nem mesmo de ratos. Chegamos a avistar um lá no quintal e foi ela a corajosa que andou atrás dele para o matar, mas não o encontrou. Ela ficou viúva muito cedo. O marido dela morreu em Ponta Garça, curiosamente a freguesia do meu namorido. Foi um ataque cardíaco fulminante, à qual ele não resistiu. Ela cuidou sozinha da minha avó, única filha. Retirou uma mama a dada altura. Viveu muitos anos na América, mas regressou e passou a viver na casa que hoje é da minha avó. Ajudou a minha avó a tomar conta das 2 filhas que teve, enquanto o meu avô esteve no Canadá. Diz a minha mãe e a minha madrinha que ela era rígida e que dava beliscões bem fininhos se elas falassem quando estavam na igreja. Não conheci essa parte dela.
Lembro-me que ela gostava de ficar sentada numa cadeirinha daquelas que abrem e fecham na sombrinha da casa, nas tardes de verão. Lembro-me dela gostar de dar tudo o que tinha às netas (2) e bisnetos (conheceu todos os 6 que teve). Dava-nos rebuçados e guloseimas que lhe davam na rua ou que ela comprava quando ia à loja. Conta a minha avó que ela mais nova era capaz de dar o seu casaco a quem ela visse que tinha frio na rua. 
Mas com a idade chegou a uma fase que já não ia tanto à rua porque já não ouvia os carros e já não nos dava rebuçados, mesmo nós ouvindo o barulho do papel deles na algibeira dela. Quando ela não nos dava, ficávamos chateados e às vezes tirávamos a rolhinha dos vasos para lhe cair água na cabeça! Ela brigava connosco, com razão. Éramos traquinas e queríamos rebuçados. Éramos crianças!
Depois foi ficando velhinha, velhinha, muito velhinha... Deixou de reconhecer-nos aos poucos, mas nunca perdeu o pudor. Morreu com 92 anos na sua casa de velhice, sem dor... 

Saudades tuas avó Beatriz! Olha pela tua filha que neste momento está a precisar da tua força...

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

É uma "pedra" quando dorme...

Certo dia, ainda a minha M. era bebézita, daquelas que acordam de 3 em 3h (ou menos) para mamar durante a noite e, consequentemente, para mudar a fralda, o namorido pergunta-me: "Tu mudas-lhe a fralda durante a noite?" e eu respondo "Claro, se vejo que a fralda está suja. Normalmente são sempre umas 3, na melhor das hipóteses." e ele com ar de surpresa e de quem fez m%$#& apenas diz "Ops!". Achando muito estranha a resposta dele perguntei-lhe porque me perguntava isso, uma vez que dormimos os 3 no mesmo quarto e, pensava eu, que com o barulho ele acordasse e notasse que além de dar de mamar também lhe mudava a fralda e quando acontecia algum desastre até a cama dela mudava. Ele disse que lá no seu trabalho começaram a falar dos filhos (note-se que na altura outros colegas tinham filhos de mais ou menos a mesma idade que a nossa) e ele disse com toda a certeza do mundo e mais alguma que a nossa filha não só não acordava a meio da noite como também não lhe era mudada fralda nenhuma. Os colegas devem ter pensado que ou eu era uma mãe descuidada (porca na gíria!) ou então tínhamos uma filha fora do normal. Acreditei mais na primeira hipótese e pedi-lhe para que no dia seguinte desmentisse tudinho... 

Conclusão: pode a casa cair que ele dorme o sono dos inocentes! :)


domingo, 4 de dezembro de 2016

Salsichas com batata no forno: delícia!

Inspirada numa receita que me deram um dia, experimentei a fazê-lo e voilá, foi um sucesso. 

Salsichas de Churrasco com batata no forno:

No fundo da UltraPro (artigo que não dispenso da Tupperware!) coloquei uma camada de cebola cortada em fatias muito finas e alguns dentes de alho também em fatias.
Cortei batata inglesa e batata doce aos gomos e coloquei por cima da "cama" de cebola e alho. Cortei as salsichas a meio e coloquei por cima das batatas. Pus um bocadinho de pimenta preta e alecrim. Reguei com um fio de azeite (já havia a gordura das salsichas) e um bocadinho de vinho branco. Tapei a UltraPro e forno... Ficou uma verdadeira delícia!


sábado, 3 de dezembro de 2016

O melhor de acordar num sábado é...

... poder acordar com a princesa a pedir para ir para a nossa cama e a primeira palavra que ela diz, fazendo festinhas no meu cabelo, é:
"Mãe, amo-te muito, muito!"

Ganho o dia e um sorriso que tem a durabilidade de uma vida!...


sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Um lanchinho especial

Um dia desta semana, ainda estava eu a terminar de lavar a loiça do nosso jantar, quando me aparece a minha M. e diz "Mãe, já fiz o lanchinho para comermos!" Entrei na brincadeira e quando cheguei à sala tinha um lindo lanchinho preparado só para mim. À medida que ia "comendo" o lanchinho, ia manifestando o quanto estava bom e delicioso e a dada altura perguntei-lhe "Como é que fizeste este lanchinho tão bom e delicioso?! É que está mesmo bom!"
Ela responde-me "Com muito carinho, mãe!"

Até fiquei comovida! Ela sabe que a comidinha quando é feita com carinho sabe sempre melhor... :)

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Mundo imaginário aos 2 anos e 10 meses

Na passada segunda-feira, dia 28, a minha M. fez 2 anos e 10 meses. Os 2 anos e 10 meses mais exigentes, mais difíceis, mas também os mais felizes da minha vida! Ainda grávida inscrevi-me num site de bebés brasileiro que mensalmente me envia newsletters a informar a fase de cada mês. E digo-vos, é muito giro vermos a evolução de cada mês e eles têm sempre o que dizer (coisas acertadas por sinal!)...
Este mês, em que eles falavam dos 2 anos e 10 meses (aqui) e dos amigos imaginários que crianças dessa idade criam, achei engraçado porque, desde o dia do Halloween, e depois de ver um episódio de Halloween da Patrulha Pata e de ver vezes sem conta a publicidade da festa de Halloween do Panda, que a minha M. imagina...... fantasmas! Às vezes diz mesmo que estão ali ao lado. Eu olho e não vejo nada! Já lhe disse, inclusive, que os fantasmas não existem. Ela sabe-o, mas acha piada brincar "ao fantasma da meia-noite"!... No fundo, ela tem mesmo medo, e às vezes demonstra-o, mas regra geral ela sabe que eles não existem e leva a coisa na brincadeira...