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terça-feira, 30 de outubro de 2018

Devia ser assim em todo o lado...

Há uma coisa que me lembro de ver em Cabo Verde que acho que devia ser adotado em todo o lado... Falo em poupança de água!
Como a maioria deve saber, Cabo Verde é um país bastante seco, onde a água é um bem demasiado precioso... Simplesmente não há em abundância e por isso existem algumas medidas que eles tiveram de adotar e que resultam efetivamente. Só para terem uma ideia, a água que lhes sai da torneira é água do mar que, depois de ser alvo de tratamentos específicos para lhe ser retirado o sal (não me perguntem quais os tratamentos específicos porque eu não faço ideia!), é distribuída por todos, da mesma forma como se faz aqui, ou em qualquer outro lado. De qualquer forma, por exemplo, quando vamos ao WC e puxamos o autoclismo, a água que saí é racionada. Há inclusive, no aeroporto, por exemplo, um autoclismo super inteligente: quando sente o papel higiénico na água, ele manda uma pequena quantidade de água para mandá-lo embora!!! Assim mesmo como estou a contar... como se tivesse vida própria! O mesmo acontece com aquelas torneiras de sensores. Passamos a mão, sai água e logo de seguida pára. Só é dispensada uma pequena quantidade de água, a suficiente para lavar as nossas mãos!
E, acreditem ou não, sempre que uso uma torneira dessas, lembro-me sempre de Cabo Verde e da quantidade de água que corre desnecessariamente...
É por este e outros motivos que todos deviam ter a oportunidade de ir a Cabo Verde ou a outro país semelhante a este para estarem mais sensibilizados para várias situações dramáticas do nosso mundo...




terça-feira, 27 de setembro de 2016

A decisão foi tomada antes da 2ª aula

E pronto... Já se passaram 3 aulas de natação e eu sinto-me cheia de certezas de que tomei a decisão acertada para a minha M., pois ela é uma menina surpreendente e tem mostrado ser capaz de entender tantas coisas que, às vezes, os adultos não acham possível.
Fomos à aula de 4ª feira e, nesse dia, decidi que era mesmo na turma dos Tartarugas que ela devia ficar: nas 3 aulas que fez foi feliz. Portanto, vai ficar sozinha dentro de água com os outros meninos e com o professor, que é um querido para eles, com um esparguete debaixo dos braços e assim vai aprender a ter alguma autonomia e destreza dentro de água. 
É mais caro (mas o mais barato do mercado existente aqui das redondezas!), porque implica 2 aulas por semana de 30 minutos cada uma, mas é o melhor para ela. Se ela ia aprender a nadar sozinha, sim ia, mas ela gosta tanto da natação e, como não frequenta ainda a escola, nem creches, é este o único momento que ela tem para estar com outros meninos e aprender a cumprir regras do professor, coisa que ela não está habituada a ter. Atenção, ela cumpre regras, mas aquelas regras de ficar sentadinha com os outros meninos e esperar pela sua vez é preciso trabalhar... Esta é uma boa forma para aprender. Acho que é o melhor para ela neste momento...
A minha filha está a crescer tão depressa...


sábado, 17 de setembro de 2016

Como se aprende a nadar?!

Quem me conhece saber que eu adoro o mar, o verão e o sol! Desde pequenina que fui habituada a ir à água, estivesse ela onde estivesse (mar, piscinas, poços,...). Ia sempre com os meus pais. A minha mãe não sabe nadar, mas o meu pai sabe e foi ele que sempre fez questão que eu soubesse. A minha mãe também fazia muita questão, mas nunca me ensinou porque ela própria não sabe. Quer dizer, eu acho que ela sabe nadar (pelo menos na piscina e no ilhéu!), mas penso é que ela não acredita que sabe nadar então só vai à água de esparguete...

Eu sempre usei braçadeiras. Primeiro 2, depois 1 e depois já sabia nadar. Lembro-me que enfiava as braçadeiras no momento em que chegava à praia e só as tirava quando íamos embora. À conta disso ganhei muitas vezes esfolões que as braçadeiras faziam debaixo do braço. Aquilo ardia como tudo quando entrava na água salgada e quando levava com areia... Mas só para poder ir à água, eu aguentava aquilo. Depois uma das braçadeiras furou e fiquei a usar apenas uma. Lembro-me que, com 6 anos, estava no ilhéu de Vila Franca quando a minha única braçadeira ganhou um furinho que não a mantinha muito tempo cheia e foi nesse mesmo dia que eu tive de aprender a nadar. Os meus pais explicaram-me que não havia ali nenhum sítio para comprarem braçadeiras e que se quisesse ir à água teria de ser sem braçadeiras. Eu, embora com algum medo, não queria deixar passar aquele marzinho gostoso todo para mim e lá fui, sem braçadeiras, sob o olhar orgulhoso da minha mãe, e com o meu pai que sempre me incentivou e me disse que eu conseguia nadar sem braçadeiras. E consegui! Com o tempo e com a prática fui melhorando a minha performance e, embora não seja uma expert, safo-me bem!

A minha M. está na natação durante o inverno, mas durante o verão faço (e sempre fiz!) questão que ela esteja em contacto com água com o único objetivo de, mais tarde, aprender a nadar. E ela adora água como eu, portanto saber nadar é já uma necessidade. Quando chego a casa dos meus pais do trabalho "Mãe vamos para a piscina?" é das primeiras perguntas que me faz e lá vou eu com ela. Na piscina dos meus pais, normalmente, ela não quer usar as braçadeiras. Fica nas escadas e atira-se para mim, eu devolvo-lhe às escadas, da beira da piscina dá pulos para a água sem braçadeiras também e eu seguro-lhe logo que ela cai na piscina. Normalmente segue as minhas instruções enquanto está na água "mãozinhas abertas, mexe as perninhas, mexe os bracinhos, mãozinhas de remo,...". Noto que ela está, inconscientemente, a querer aprender a nadar com uma sede imensa e sem medos. Sinto que ela confia que não vou deixá-la ir ao fundo (e óbvio que não deixo!). Há poucos dias, ela quis colocar só uma braçadeira e tentou nadar sozinha e depois olhava para mim como que a dizer "se eu for ao fundo segura-me". É tão giro ver a evolução dela, o querer aprender, o querer saber fazer e por iniciativa ir até aos seus limites. Estou verdadeiramente encantada com a filha que tenho! Com certeza ela irá aprender a nadar muito mais cedo que eu!... Será um orgulho para mim...

Tudo isto para dizer a quem não sabe nadar que nadar é como andar de bicicleta. Para aprendermos a andar de bicicleta, temos de 1º encontrar o nosso equilíbrio e a partir daí já sabemos andar de bicicleta. Para nadar é igual. Temos de encontrar o nosso equilíbrio, mas na água. Deixar o nosso corpo fluir na água e ser parte dela. Jogar com a respiração. Quando se inspira o nosso corpo fica com ar dentro e nunca afunda (é como um balão cheio de ar: não vai ao fundo!). Portanto enquanto inspirarem estão sempre em cima de água! Claro que não podemos inspirar continuamente. Quando expiramos o ar sai e é aí que o nosso corpo fica mais pesado. É nesse momento que usamos os movimentos de braços e das mãos para nos mantermos na superfície. Não interessa nadarmos como os profissionais. Temos de nadar da forma que nos permite estar à tona e nos permite avançar. Se for como os cãozinhos, que seja! Desde que estejamos com a cabecinha fora de água, tudo bem! Experimentem primeiro em águas calminhas, como piscinas ou ilhéu e só depois quando tiverem confiança em vós é que experimentem o bom que é estar no mar e ir e vir com as ondas! 
Acima de tudo, tenham confiança em vocês e acreditem que todos os seres humanos conseguem aprender a nadar... Deixem-se levar...

A natação de inverno começa hoje, mais logo às 10h15... :)

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Passeios de água azeda...

As Furnas é uma das freguesias cá da ilha que mais adoro de estar porque oferece inúmeras alternativas de programas quer para Verão, quer para o Inverno.
As Furnas têm um cheiro característico! Cheira a enxofre lá para as zonas das Caldeiras. A maioria das pessoas não gosta, mas eu adoro essencialmente porque me sinto no meio da natureza pura e eu gosto disso! Até acho que aquele cheiro, depois de um bom almoço, ajuda na digestão!!! :)
Não faltam nascentes de água nas Furnas, umas quentes, outras frias, umas com gás, outras sem gás, umas com muito gás, outras com sabores mais ou menos fortes, mas todas elas eu gosto muito... 
Tem ribeiras, piscinas de água quente, piscinas de água férrea (com tom amarelado, que malha os bikinis e que, dizem, tira o bronze - eu como não gosto de por o "trabalho" de verão por água abaixo, só entro nessas águas quentes no inverno e primavera e, vá lá para o fim do outono) e piscinas de água extremamente quente, onde os corajosos enfiam lá os pés e deixam-nos ficar (eu confesso que nunca consegui... Sinto que o meu pé vai derreter de tão quente que é a água!). 
Além disso, é nas Furnas que se fazem os famosos cozidos debaixo da terra! É verdade! Pomos lá a panela (dentro de uma saca!) e em 6h temos um cozido pronto a comer e com um gostinho bem melhor do que feito em casa (confesso que o cozido que os meus pais fazem em casa também não é mau, mas... o das Furnas é o das Furnas! Sim, pai e mãe, eu gosto de cozido, não gosto é que seja todos os domingos! hehehe)... Há quem meta nos buracos também bolos, feijoada e bacalhau, em menor tempo, claro, e resulta muito bem também (o bacalhau então! Ui!!! É comer e chorar por mais!)... 
E depois há os bolos lêvedos que são uma perdição para quem está de dieta como eu! Pronto confesso, ontem fugi à dieta por 2 bolos lêvedos e umas pipocas que a minha M. quis comer e pronto, o saco estava muito "cheio", era preciso vazar um pouco! :P (há desculpas para tudo!)

Ontem foi a 1ª Dominga do Espírito Santo e nas Furnas é um marco religioso que é bastante assinalado e que atrai muitas pessoas. Eu nunca tinha ido e, então, decidimos experimentar... Não é nada do outro mundo, mas tem pipocas e música de festa e caminhos enfeitados... já é bom! :)

Bom, mas o que queria dizer era que tenho excelentes recordações das Furnas! Em pequenina, no Verão, os meus pais tinham sempre uma semana de férias numa casa (por parte do trabalho do meu pai... infelizmente isso já não existe!) e lá íamos nós para uma semana de aventuras. Levávamos as bicicletas, íamos à praia da Ribeira Quente (freguesia que fica exatamente ao lado das Furnas e que tem das melhores praias da ilha!), íamos às piscinas e, depois do jantar íamos até às Caldeiras dar um passeio e fazer um cházinho, café com leite, o que fosse, lá na nascente de água muito quente e depois passávamos ali um bom bocado da noite, sentados nas escadinhas a cantar e a rir das mil e uma coisas que falávamos... Ontem pude fazer o mesmo com a minha M. e com o namorido. Não nos sentámos nas escadinhas, porque estavam ocupadas por outras pessoas (damn!), por isso sentámo-nos num banquinho mais ao lado... De qualquer forma foi bom na mesma!

Depois fomos dar um passeio pelas nascentes de água (inúmeras) que existem em todo o lado!

Deixo aqui umas fotos para verem... :)