quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Mãos de fada especial

Hoje, que a minha madrinha faz anos, quero falar dela...
Ela é uma jeitosa de mãos... em tudo o que se propõe fazer, fá-lo com amor, dedicação e carinho. E o resultado fica à vista. Sejam terços de grãos de milho, sejam chapéus das cavalhadas, sejam pinturas de quadros, bolos e doçaria, sejam salgadinhos (ai que bem que sabem as suas chamuças! Para mim as melhores do mundo!), sejam presépios lapinhas, seja costura, decoração de casa, arranjos de flores, tudo e tudo e tudo o que possam imaginar...
Por mais que escreva, nada faz justiça ao que ela sabe e consegue fazer e com primor... Ora vejam:





terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

A pior parte de ser mãe...

Tirando a parte das doenças, que isso realmente é o que deixa uma mãe de rastos, impotente e, normalmente, uma mãe não mede os esforços que faz só para ter o seu rebento bem de saúde, arriscando, por vezes as sua própria saúde física ou mental; a parte pior de ser mãe é mesmo lidar com birras!!!!
Lidar com as birras exige um esforço gigantesco por parte da mãe. Primeiro porque é necessário um elevado QI de poder de argumentação e depois é preciso um grande poder de controlo da parte psíquica. É que por mais calma que se tenha (no início), a partir de certa altura começamos a entrar num estado de sanidade mental muito pouco aconselhável a seres sensíveis e politicamente corretos. Eu até me considero uma pessoa bastante calma e paciente, mas reconheço que a partir de certa altura consigo imaginar-me transfigurada numa, sei lá... o mais parecido com um Adamastor furioso, com lume a sair por cada orifício da minha monstruosa cara. É que já nem consigo raciocinar como deve ser... Fico completamente fora de mim! Louca portanto!... Claro que tudo piora quando as birras acontecem de manhã quando precisamos mesmo de nos despachar para cumprirmos com o programa suposto. Aí é o fim da macacada!
No minuto seguinte, normalmente quando chego ao trabalho, arrependo-me de tal figura medonha e só me apetece abraçá-la e dizer-lhe que a sua mãe não é assim. Que aquela figura monstruosa não era eu! Foi um ser extraterrestre que se apoderou de mim. Bom... a verdade é que essa figura foi consequência de um comportamento (sem razão de ser... sim, normalmente as birras não têm razão de ser!) que foi gerado por ela... E em vez de lhe dizer que aquela não era eu, ligo-lhe e explico-lhe que a mãe está no trabalho triste porque ela fez uma birra sem sentido, que sempre fica triste quando tem um comportamento que ela própria sabe que não deve ter. E ela sabe. E depois digo que a amo muito, mas que de manhã não pode ter comportamentos daqueles se não atrasámo-nos. Que quando está frio é mesmo preciso vestir o casaco, caso contrário ela pode ficar doente...
Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhh chega-te verão!!!! Estou farta da luta de inverno! Estou farta das birras de não querer vestir casaco!

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Já tive uma borboleta de estimação!

Quem me conhece sabe que eu tenho, como hei-de dizer... um gostinho especial por borboletas. Acho-as lindas e transmitem-me alguma paz e serenidade. É como que se viessem ao meu encontro por algum motivo. Não sei explicar bem. Um dia falei do meu fascínio por borboletas aqui e aprendi que poderá ter a ver também com alguma alma que já partiu deste mundo e, desde aí, imagino que possa ser alguém que amo que já cá não está que vem dizer-me olá! Podem pensar que sou uma lunática! Não pensem! Acreditem, pois é mesmo verdade... assumo! 
Outro dia estava a falar com uma pessoa que sabe que adoro borboletas e lembrei-me deste facto super interessante da minha vida que é: já tive uma borboleta de estimação! Sim, é verdade! Tive mesmo!
Lembro-me que tinha uma casinha de cartão muito linda (rosa, amarela e verde) daquelas que trazem ovos de Páscoa com 2 janelinhas. E aquela era a casa da minha borboleta. Lembro-me de estar a segurar a minha borboleta na mão e de ver a sua gigante língua a tocar o meu dedo (se nunca tivesse tido uma borboleta teria menor probabilidade de saber que a língua delas é super comprida e enrola-se sobre si! É uma curiosidade mesmo gira!). Lembro-me que ia apanhar flores para ela comer o néctar por exemplo... 
Hoje sei que foi uma crueldade o que fiz. Retirei a borboleta da sua liberdade e, ainda por cima, de pegar tanto nela, ainda fiz com que deixasse de voar... Shame on me! Mas, pronto, não voltei a fazê-lo... e, verdade seja dita, foi uma experiência engraçada e pude ver realmente como é uma borboleta tão de pertinho...



sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Quando eles adoecem...

Quando os nossos filhos estão doentes parece que toda a nossa vida gira em torno deles. Não sei como funciona com as outras mães, mas eu cá sou assim e a minha mãe também era assim comigo e com o meu irmão...
Faço a comida que ela gosta, pois se gosta a probabilidade de comer alguma coisa é maior. 
Dou-lhe mimos extra, porque mimo também ajuda a curar e lembro-me que quando estava doente o mimo que recebia sabia a mel e às vezes cheirava a morango. Juro-vos! 
Deixo de ter vida própria basicamente para apenas atender aos seus pedidos. Até porque para mim seria impensável sair de casa, seja para ir para uma festa ou para ir fazer compras ao hiper, com ela em casa doente a precisar de mim. Quer dizer, uma coisinha rápida ainda vá, mas mais do que 1h fora de casa?! Nem pensar...

Uma noite ela acordou para vomitar... Sai da cama de relâmpago e fui ter com ela... A dada altura ela diz-me "Mãe tenho a minha testa a doer... Os ossinhos... Mas não estão partidos..." - foi o sinónimo de "estou com dor de cabeça" mais fofo que já ouvi em toda a minha vida. Mesmo!!!!

Após termos filhos, uma mãe que se preze anda em constante alerta. Da mesma forma que a leoa (e tantos outros animais!) caça para sustentar primeiro os filhos, assim se comporta uma mãe. Eu sinto-me muitas vezes uma leoa. Tudo em mim gira em torno dela, do bem estar dela, da alimentação, saúde e educação dela. Acho que depois dela nascer nunca mais consegui descansar como deve ser. É um turbilhão de emoções para gerir e de coisas prioritárias para fazer...

Quando adoece... cai o Carmo e a Trindade e o alerta torna-se mais intenso (como se isso fosse possível e é!)... Custa-me vê-la doente. Custa-me vê-la a desfalecer. Custa-me vê-la vomitar. A ter febre. A não querer comer. A dormir muito. A estar demasiado paradinha todo o dia. A não querer mais nada do que estar apenas no quentinho do meu colinho. De só querer mimo, mimo e mais mimo. De chorar por tudo e por nada. De estar queixosa e aborrecida. Sinto-me impotente. Sem saber o que poderei fazer para minimizar o seu desconforto, a sua dor. Desejo, inclusive, muitas vezes (todas as vezes!) estar no lugar dela. Suportaria melhor do que vê-la a passar pelo que quer que seja. E nesses momentos penso nas mães que têm os seus filhos verdadeiramente doentes e imagino os horrores que devem sofrer pela impotência que devem sentir... Essas mães têm a minha eterna admiração!...


quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Falei com o coração...

Tenho um amigo que é mestre de um rancho de romeiros e um dia lembrou-se de me convidar para participar numa das suas reuniões de preparação do seu rancho para a romaria que está prestes a começar... A minha primeira reação foi achar que aquilo era mais uma das suas partidas (ele é muito brincalhão!)... mas depois percebi que ele estava a falar mesmo a sério... Era mesmo, mesmo para eu ir... Ora, tive a sorte de estar uns tempos entretida com a preparação do aniversário da minha filha que pouco ou nada pensei nesse "assunto" de ter de falar para mais de 50 pessoas, no caso homens!!!! Mas mal terminou a azáfama do grandioso evento, veio logo à baila a tal reunião de romeiros que eu ia participar como oradora...
Ia falar sobre o quê?! Pensei, pensei e resolvi que o que devia falar era sobre a fé que existe em mim, sobre as mutações que foi tendo em mim face às várias situações que tive de vivenciar na minha vida.
Quem me conhece sabe que sou uma pessoa de muita fé. Tenho fé em Deus (muita!), mas também tenho fé nas pessoas, na vida, no amor e em tudo o mais que é positivo ao meu redor. Já o disse aqui e volto a dizer: eu acredito que tudo é possível conseguir se houver saúde, amor, paz e fé. Mas nem sempre foi assim. A fé evolui connosco à medida que crescemos, à medida que as situações nos acontecem na vida.
Já tive situações em que questionei severamente a minha fé! Já tive dúvidas! Já me perguntei se valia a pena ter fé em algo que não vejo! Onde estava a minha fé nesse momento?! Sou humana! Considero-me uma pessoa inteligente e foi exatamente por isso que, ainda hoje, não acho mal ter questionado a minha fé. Foram momentos de desespero, em que pensava que Ele me tinha abandonado ou que nem existia, que tinha sido tudo uma ilusão. Que Ele me estaria a castigar por alguma razão... Foram momentos muito deprimentes e fortes psicologicamente... Mas na primeira oportunidade, não quando eu quis, mas sim quando teve de ser, consegui vê-Lo e senti-Lo. Consegui encontrar o amparo, o abraço e a força para continuar...
Foi exatamente esta a ideia que transmiti aos irmãos romeiros de Santa Clara. Espero que tenham gostado tanto quanto eu. Expus parte da minha vida numa tertúlia que me deixou inicialmente um bocadinho nervosa (por falar para tanta gente), mas depois bastante à vontade ao ponto de abrir o meu coração sobre um assunto bastante doloroso que fez (e penso que sempre fará) parte da minha vida.


quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Mesmo sem recheio é bom!

Lembram-se de vos ter dito que andava a comer muito peixinho? Se não se lembram, o link é este para vos avivar a memória.

Esta coisa de encomendar quantidades de peixe à distância tem muito que se lhe diga... É que eu não estou a ver o peixe e, apesar deles informarem a média aproximada dos quilos dos ditos cujos, eu não consigo imaginá-los. Sou mulher! Não tenho a noção espacial que os homens têm!... Por exemplo... sempre me lembro de comer cavalas recheadas. Muito boas! Então pensei, devem ser cavalas iguais às que eu conheço. Pensei pedir 3 cavalas, mas como não sabia o tamanho delas, perguntei se eram suficientes para 2 pessoas (o que a M. come ainda não conta!)... Disseram-me que era melhor pedir 2 cavalas apenas. E foi o que eu fiz!...
Quando olhei para dentro do saco... fiquei assustada com o tamanhão das cavalas. Usei apenas uma, que tive de cortar a cabeça porque não cabia inteira na travessa. A outra congelei... E ainda sobrou cavala para o dia seguinte...

Fi-la no forno (sem ser recheada) em cama de cebola, com azeite e bastante alho. Acompanhei com alho francês e batata doce. Maravilha!

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Afinal não era da garganta...

Lembram-se daquela consulta de Otorrino que a minha M. tinha logo a seguir ao seu aniversário?! Falei sobre isto aqui. Pois bem, a consulta foi adiada mais para a frente, o que até por um lado até calhou bem, pois exatamente no dia em que calhou o dia da nova consulta, ela tinha acordado com febre e não tinha ido à escola. Passou esse dia toda cabisbaixa e sonolenta e sem apetite nenhum. Lá fomos nós ao Otorrino! Bom... parece que, a continuar assim com apneias de sono, ele é de opinião que seja preciso mesmo tirar não só as adenóides, como também as amígdalas! Mas vamos com calma... Se há coisa que aprendi foi que não se sofre por antecipação. Não é fácil, e é claro que eu penso nisso, mas daqui até lá ainda temos algum caminho para percorrer. E até pode ser que nem seja preciso! Receitou-nos um antibiótico para iniciarmos dali a 2 dias, caso ela não melhorasse com os xaropes que lhe receitou.
Não foi uma noite fácil até porque só a respiração dela acordava a vizinhança toda. Mas já era bom sinal ela respirar, por isso... Acordou com febre e acabei por ficar com ela em casa. Durante o dia conseguiu almoçar, mas queixou-se que o peixinho que lhe dei picava na língua e que o remédio fazia o mesmo efeito... Estranhei, mas siga... Mais tarde pedi-lhe que me mostrasse as suas amígdalas. Quando abriu a boca achei a língua dela super estranha. Tirei uma foto e enviei para a sua pediatra (esta aqui) com a descrição toda do que se estava a passar. Muito rapidamente respondeu-me e disse que o que ela provavelmente tinha era Escarlatina* e que devia iniciar o antibiótico já! Bom... perante aquele comportamento de "tem de ser agora" da pediatra, fui logo ao google saber o que era Escarlatina e realmente pelas imagens que vi e pelos sintomas que a minha M. estava a ter era bem provável que a Pediatra tivesse razão. E tinha! Como sempre! Iniciei o antibiótico e, além do fim-de-semana, ainda ficou mais 2 dias em casa, só por precaução (minha!). Eu cá fui trabalhar, mas o meu coração ficou lá do lado da minha princesa...



*Escarlatina é uma infeção provocada por uma bactéria que muitas vezes está associada a uma amigdalite ou faringite. Esta doença transmite-se através de gotículas contaminadas no falar, tossir, espirrar ou até indiretamente, através das mãos. O contacto próximo com pessoas infetadas promove o contágio, muitas vezes havendo surtos dessa doença nas creches e escolas. Quando a criança tem essa doença uma vez passa a ficar imune a ela.

Sintomas:
- febre alta
- amigdalite ou faringite
- irritação cutânea pelo corpo todo
- língua parecendo um morango
- inflamação dos gânglios linfáticos no pescoço.


segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Carnaval familiar

O Carnaval começou na sexta-feira para ela. Foi fantasiada para a escola de Skye. Ela escolheu a fantasia e todos os dias de manhã perguntava-me "Mãe, ainda é Carnaval?" e eu dizia que sim. E ela muito contente saltava da cama e ia buscar a sua fatiota de Skye. Problema mesmo era conseguir vestir-lhe um casaco, nem que fosse por baixo das asas, pois fez uns dias bastante frios...
Todos os dias ela "passeou" a roupa da Skye. Fui mudando a roupa interior, as meias e a blusa. E pronto!
Foi um Carnaval calminho e bastante familiar...
Reunimos uns amigos lá em casa num assalto de Carnaval e fomos também a uma festinha familiar do trabalho do "Mimo", além dos desfiles que fomos assistir e de algumas brincadeiras caseiras à mistura. Só não fizemos nenhuma batalha de água com a pequenota, pois como ela tem andado ora doente, ora meio doente, preferi mantê-la saudável por mais tempo...



sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Um ano que fiz a cruz...

Há um ano atrás decidi mudar! Exatamente hoje, há 365 dias atrás! Foi o início de uma grande luta que já tinha feito antes e que tinha resultado e por isso ia voltar a insistir nisso por mim, pela minha saúde e auto-estima que estava bastante em baixo, e pela minha filha, para um dia se orgulhar de mim.
Posso dizer que o início de uma dieta a sério é bastante complicado. Quando o fiz pela primeira vez foi mais complicado que esta segunda vez pois não tinha consciência do que ia acontecer ou de como me ia sentir. Bom... é mais ou menos parecido a uma desintoxicação de estupefacientes (foi o mais parecido que senti!). Ao fim da primeira semana quando já cortamos os açúcares, os hidratos e tudo o mais que não devemos comer em demasia (no caso de quem faz dieta, não pode comer mesmo!), o corpo pede, emite sinais que só quem tem o psicológico preparado consegue ultrapassar ileso. Na primeira vez lembro-me que houve um momento em que chorei. Chorei de desespero. Chorei porque não podia comer o que me apetecia, enquanto toda a minha família não entendia que "não podia ser só uma vez", porque aquela vez seria a primeira de muitas de "só desta vez". Eu tinha de fazer o corte total. E fiz! Mas foi bastante difícil! Confesso! Depois da primeira semana até se fez bem... com uma tentação aqui e ali, mas cumpri!
Desta vez já não fiquei tão desesperada, porque sabia que tinha de passar por aquela fase turbulenta, mas houve uma primeira fase (aquela do corte das porcarias que o meu organismo estava habituado a consumir!) que realmente senti... Mas foi bem mais fácil do que da primeira vez... 

E cá estou, um ano volvido, com menos 15kg. Bem mais apresentável e mais feliz comigo, diga-se de passagem... :P 
Que assim continue...



quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Isto sim não é viver bem!

E pronto, terminado o Carnaval e a loucura (para alguns!) do dia dos Namorados voltamos à rotina... bahhh... e a uma conversa séria que há tempos estou para escrever aqui e que me vem atormentando os dias e as noites...

Ao final do dia, quando estou sozinha com os meus pensamentos, fico a pensar naquilo que fiz durante aquele dia e sinto-me triste na maior parte das vezes. E triste porquê?! Triste porque o dia-a-dia de uma mulher (que é mãe) é mesmo lixado! Quando quem nos é mais importante na vida é quem menos recebe de nós, não podemos ficar completos e de coração cheio.
Acordo todos os dias às 6h45 e só chego a casa 12h depois. E nessas 12h onde andei? A maior parte delas a trabalhar. Sim é bom ter trabalho e dou graças a Deus por isso. As restantes horas ora em viagens, compras para a casa, a correr na hora de almoço,... Quando pego na minha M. e vou para casa já são horas de preparar o jantar (os dias melhores são os que só tenho de aquecer o jantar!). E quando acabamos de comer, já são horas do banho. E quando termina o banho já são horas de contar a histórinha e dormir... Isto acontece pelas 20h30/21h... E estar com ela?! E brincar com ela?! E tempo ÚTIL com ela?! Durante a semana é muito complicado gerir o tempo e também as emoções. Gostaria eu de chegar a casa e ainda ter tempo útil com ela, poder fazer coisas com ela, que ela goste, que a faça feliz... É isto viver bem?! É isto crescer bem?! E nem quero falar de quem vive em zonas como Lisboa, que ainda têm o trânsito para atrapalhar a gestão do seu tempo!
Governantes portugueses, olhem para a educação que estamos a dar aos nossos filhos. A educação não é só na escola. Tem muito peso quando vem de casa. O tempo que os filhos passam com os pais é, se calhar, o motor mais forte para um bom crescimento enquanto pessoa e cidadão. Depositamos os nossos filhos em escolas e atividades de tempos livres quando o seu tempo livre deveria ser passado com os seus pais, em família. Triste e dura realidade.
Sei bem que há pais que até agradecem que os filhos estejam ocupados com outras coisas para assim também terem tempo para eles próprios, mas eu não! Eu não agradeço, não me conformo e nem quero. Quero ter mais tempo com a minha filha, quero ser presente, quero que ela saiba que pode contar comigo para tudo, quero que ela saiba que, independentemente do que o futuro nos reservar, vou amá-la sempre e incondicionalmente, que ela veio dar sentido à minha existência, que ela é o meu princípio, meio e continuidade... 

Escrever aqui não vai adiantar de nada (até porque, que eu saiba, não tenho governantes a lerem o que escrevo e, mesmo que tivesse, acho que não ia fazer diferença nenhuma!), mas ao menos, olha, partilho a minha realidade e opinião convosco. Afinal também é para isto que os blogs servem... :P



quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Hoje é o dia dos amores

Há muito tempo atrás ainda achava piada a este dia, mas à medida que os anos passaram, foi tendo cada vez menos impacto para mim. A partir do momento em que os casais "morrem de amores" neste dia e nos restantes não, os corações, as flores, os chocolates deste dia deixam de fazer sentido. Claro que não sou uma ET para dispensar algum tipo de demonstração de carinho (sabe sempre bem... preferencialmente... todos os dias!), mas não faço disso um drama. Tudo é à semelhança dos "dias de alguma coisa" que acontecem antes do Carnaval. Não sou amiga só no dia das amigas, não sou namorada só no dia dos namorados. Sou sempre. Por outro lado, concordo que os "dias de alguma coisa" existam para exatamente alguma coisa: para serem lembrados, por isso este dia (como todos os outros) é para fazer o que o espírito tiver vontade de fazer...

Se for feliz nos restantes dias do ano, dispenso bem a felicidade deste dia.

Que existam sempre borboletas na nossa barriga! 

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Prova de confiança!

Há uns anos atrás... uns 20 anos e uns meses para ser mais precisa, regressei eu de Lisboa para as minhas primeiras férias de verão em S. Miguel. Diretamente chegada de Lisboa, rumei para o Nordeste, pois naquela altura decorriam as festas do concelho e iam lá tocar os Santos e Pecadores. Não era uma banda que eu morresse de amores (na altura!) mas como era na minha terra, claro que ia estar presente.
Já tinha combinado com as minhas primas e algumas amigas que, naquele dia íamos passá-lo no calhau da minha freguesia (numa de torrar, pois estava branca que nem papel!) e depois terminaríamos aquele dia a ver o concerto.
Foi a loucura! Adorei aquele concerto como nenhum outro na altura. Vibramos juntas e dançamos todo o concerto. O pior mesmo era quando nos encostávamos umas nas outras, tal era o escaldão que todas tínhamos! Enfim...
Depois do concerto, como meninas de 18 anitos que éramos, fomos ao backstage pedir autógrafos e chegamos a tirar uma foto de grupo... Maravilha! Todas à laia de lagostins no meio dos Santos e Pecadores! Um mimo! Um amigo deles, veio lado a lado no avião com o meu primo mais velho e foi por isso que conseguimos ter "tempo de antena VIP" com a banda. Com esse rapaz, amigo da banda, ainda cheguei a sair em Lisboa mais umas 2 vezes, todas elas ligadas a concertos dos Santos e Pecadores, que comecei a assistir a partir desse verão. Ele tinha a mesma paixão pela banda como eu. Nunca mais o vi... Depois veio o facebook. Reencontramo-nos. Certo dia, pede-me ele para lhe fazer um favor. Se eu pudesse enviar-lhe charutos de cá, pois lá já não se vendiam e ele gostava de ter mais uma caixa para as ocasiões especiais. Com certeza, disse-lhe eu! Afinal de contas, apesar de nunca mais o ter visto, cruzámo-nos no passado e ele sempre tinha sido muito simpático comigo (e a namorada dele na altura também!), pois levava-me com eles para os concertos dos S&P, porque sabia que eu gostava como eles.
Comprei os charutos (que por acaso até são carotes!) e, por sorte, tinha um colega que ia em trabalho para Lisboa nesse mesmo dia. Pedi-lhe para levar os charutos e assim foi. O meu amigo foi buscá-los a Lisboa e agradeceu-me enviando umas coisas típicas das Caldas da Rainha, onde vive agora, cavacas e um presente. Não era necessário, como é óbvio, mas ele assim o quis pela amizade que existe e porque eu confiei nele.

Estas coisas acontecem quando confiamos nas pessoas. Podia ter corrido mal? Podia. Mas não correu. Porque ele é uma pessoa de bem e eu também sou. Chegou a dizer-me "Obrigada por confiares em mim." (porque paguei antes dele me transferir o montante!) e eu apenas respondi "Já me deste algum motivo para não confiar?". Eu confio sempre nas pessoas até prova do contrário... E acredito em amizades que o tempo não consegue apagar. Há pessoas que já passaram na minha vida que lhes perdi o rasto, mas guardo-as no meu coração. 

Sou assim: estendo a mão a quem me dá a mão e assim permaneço até provas do contrário!





sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Está chegando a hora...

E pronto, estamos mesmo, mesmo no Carnaval...
Já o disse aqui por várias vezes que adoro o Carnaval (pode ler aqui, e aqui e aqui e ainda aqui)... É das épocas do ano que mais gosto. Fantasiar-me, encarnar outro personagem que não eu é muito fixe! E tenho visto que a minha M. é exatamente igual a mim.
Antes do dia do seu aniversário ainda lhe perguntei umas quantas vezes de que se queria fantasiar. Ainda tirei umas imagens da net para ela poder escolher e acho que foi pior que o soneto... Num dia queria ir de Skye, noutro de Shimmer, noutro de Dra. Brinquedos, noutro de princesa.... Houvesse dinheiro!!!
Vamos a ver como corre este Carnaval... espero que com muitas fantasias à mistura... ah e com um cheirinho de férias e feriados que sabem sempre bem... :)

Deixo-vos um medley das músicas que mais gosto (da letra, da música, da cantora,...) desta época do ano...

Esta aqui fala da cidade LINDA do Carnaval (e o vídeo está TOP!)

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Hoje terminam as festividades tradicionais...

Hoje é o dia das comadres. E com este dia (tirando o dia dos namorados que ainda está por vir) terminam os "dias de alguma coisa que acontecem sempre antes do Carnaval" que obrigam as pessoas a sair para jantar fora a preços lá para cima (oportunistas!!!)... ou a comprar algum miminho só em jeito de lembrar,...
É, sem dúvida, uma tradição única e bastante engraçada de se manter. Sou a favor dos "dias de alguma coisa" e de comemorá-los (mesmo que seja no dia seguinte!), nem que seja só para nos lembrarmos de dar valor à existência das pessoas na nossa vida. A correria da vida, muitas vezes, não nos permite dizermos ou mostrarmos o quanto estimamos os outros, aqueles que vivem no nosso coração, aqueles que por uma razão ou outra têm um lugarzinho especial na nossa vida. E depois há aquelas pessoas, tipo sortudas como eu, que tive a brilhante ideia de criar um blog como este, onde posso falar do que me apetecer, e porque não aproveitar este meio para dizer o que sinto.




***Para as minhas comadres, um feliz dia! :)


quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Regresso rápido à natação...

Disse aqui que a minha M. andou doente por muito tempo... isto fez com que ir às aulas de natação passasse a ser uma utopia. Praticamente os meses de novembro, dezembro e janeiro não meteu lá os pés. Em janeiro quando pensava que ela estava melhorzinha fizemos 3 tentativas. Não foi nada fácil! Ora vejam.

1ª Tentativa
A senhora da receção diz-nos que não é o professor Rui a dar a aula, que seria o prof. João. Nos balneários sempre que tentava despir-lhe chorava até mais não, porque não queria ir para a piscina sem o seu prof. Rui... Bahhh... nem passamos do balneário, por isso nem conta!

2ª Tentativa
Não era o prof. Rui. Era o prof. João. Apesar de alguma reticência inicial, lá fomos nós passar pelo duche e ela sentou-se à beira da piscina junto com os outros meninos que aceitaram ter a aula com o prof. João (isto é para mostrar que não é só a minha M. que é exigente!)... Lá ficou 5 minutos... Ao fim de 5 minutos vejo-a a tremer de frio. Não pensei 2x e fui buscá-la à piscina. Afinal a água não estava suficientemente aquecida!!!!! Muita má nota para o Ginásio!

3ª Tentativa
Finalmente era o prof. Rui... Mas mesmo assim, numa fase inicial, notei que ela não estava muito confortável com o facto de ir à aula. Não quis que eu saísse de perto dela. Tive de assistir à aula ali no início até de joelhos no chão molhado, na sauna que é a zona da piscina. Parecia que tinha ficado com algum receio de estar e ir para a água... Tudo o que fazia repetia vezes infinitas "mãe" como se eu tivesse que estar sempre, sempre, sempre ali a observá-la (e estou sempre, embora já houvesse vezes que estava mais relaxada! Nesta aula não!). Mas depois de entrar na água foi como se tudo voltasse, embora com algumas reticências. Nisto tenho a agradecer ao Prof. Rui que foi incansável com ela para que se voltasse a enturmar novamente, motivando-a a fazer o que os outros meninos faziam... No fim da aula já dava pulos no escorrega e tudo! Ah sereia mais linda!

Não houve a 4ª tentativa porque, infelizmente, ficou doente outra vez!!! :(


terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Tenho comido muito peixinho...

Há uns tempos falaram-me de uma empresa que ficava ali nos Valados que tinha peixe fresco e em conta. Ainda andei lá à procura mas aquilo é só armazéns e sem letreiro fica difícil!!!... Bom, entretanto uma amiga enviou-me um email deles e pedi-lhes para fazer parte da sua mailing list. Todos os dias úteis de manhã passei a receber os seus emails. Todos os dias vejo a lista de congelados e também a lista de peixe fresco. Decido o que quero, respondo ao email (e eles respondem de volta muito prestáveis e de uma forma bastante rápida) e, à tarde, vêm ao meu encontro, com o peixinho arranjado e prontinho para ser cozinhado. A empresa é esta aqui.

A minha primeira experiência foi com 4 postas de congro. Vieram 4 postas que davam para 6 pessoas!!! Uma fartura! E fiz uma bela caldeirada de congro...

1º Fiz um refogado com azeite e bastante cebola (3 para ser mais precisa) cortada em rodelas fininhas e alho.
2º Adicionei o congro.
3º Adicionei vinho branco, rodelas de pimento vermelho e verde, pimenta moída, pimenta branca, um pouco de sal (muito pouco porque a pimenta moída já dá sabor), água e uns raminhos de salsa.

Depois de cozido, está pronto. E delicioso!

A acompanhar bastam umas fatias de pão caseiro com o molho da caldeirada por cima (aprendi isto com os meus amigos da Ribeira Quente, zona piscatória, por isso eles sabem!), mas quem quiser batatas pode também cozê-las no molho do congro. Ficam deliciosas!





segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Adormecer em sítios estranhos...

Já a minha mãe contava que para eu adormecer em bebé chegou a sair de casa com o meu pai e a dar a volta ao quarteirão lá na freguesia onde morávamos. Contava ela que bastava eu ouvir o motor do carro para acalmar e adormecer. Da mesma forma que muitas vezes bastava desligar o carro para eu acordar. Queria era andar de carro pelas ruas de Santo António... A minha M. não é de dormir muito no carro, embora aconteça sempre que está ou na suposta hora da sua sesta ou quando já passa da hora dela estar a dormir, à noite.
Desde que ela está na escola que não dorme à tarde. Quer dizer... ela quando está mesmo, mesmo cansada adormece de qualquer maneira, a qualquer hora e em qualquer sítio, às vezes até ao dia seguinte, mas normalmente não costuma dormir. Ao fim-de-semana se tento ir fazê-la dormir ela não quer, mas depois, a partir das 18h, anda aos tombos e fica toda olherada. Típico!
Um dos dias que saímos de casa (para uma voltinha pequena), ela quis ir no porta bagagem, pois existe um buraquinho pequenino que ela nos podia ir vendo, tipo janelinha... Assim foi... Quando estacionamos o carro... ela estava assim... adormecida no porta bagagem...


sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Perfeito

Tudo esteve perfeito. Foi um dia perfeito.

Depois de 3 dias de preparação, de algum cansaço (e dores nas costas de estar tanto tempo em pé), eis que chega o dia de aniversário da princesa mais linda do meu mundo!
Acorda e pergunta pelos seus convidados. Estava super ansiosa pela sua festa. Ajudou na decoração/organização da sala. Na limpeza do espaço. Foi ela que abriu a porta à maioria dos seus convidados e fê-lo sempre com muita alegria.
Brincou com todos, portou-se muito bem! Mas o momento mais marcante para mim (e penso que para ela!) foi o momento em que lhe cantamos os parabéns! Posicionou-se em frente ao seu bolo e ali ficou à espera que lhe acendessem as velas. Foi ela que deu o tom! E, à medida que lhe cantávamos os parabéns, ela olhava para mim a sorrir, meio envergonhada, mas de olhinho a brilhar, muito feliz! Parecia que me estava a dizer "Obrigada!". Parecia que estava lisonjeada porque desta vez era para ela que estavam a cantar os parabéns. Ao ouvir o seu nome ainda esboçou um maior sorriso, uma espécie de "Mãe, isto tudo é por e para mim!". É filha! Tudo isso é para ti! Todo o trabalho que foi feito para que a tua festa acontecesse foi "pago" nesse momento. No momento em que sorriste para mim. No momento em que tive de conter as minhas lágrimas, porque vi que estavas feliz. Porque vi que me estavas a agradecer com o teu olhar e com o teu sorriso...mesmo sem teres noção disso!

(Os furinhos da cobertura do bolo foram feitos pela Shimmer e a Shine que andaram lá a saltar feito doidonas!!!)


(A minha princesa das arábias)



No dia seguinte a festa foi na escola. Mais um bolinho da Shimmer and Shine e todos os teus amiguinhos a cantarem os parabéns. Mais uma vez o teu sorriso aqueceu o meu coração!



Obrigada eu, filha, por me teres escolhido para ser a tua mãe. Sim, sou mãe galinha, babada, chorona, e tudo o mais que sou, mas fica certa que és a pessoa que mais amo na vida!...

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Ela já vê filmes e adora!

Sabem aqueles filmes de Natal (de desenhos animados) todos a puxar para a emoção?! Adoro, adoro, adoro vê-los! Sim, é verdade!
Mas há coisa de uns 4 anos, ou seja, desde que a minha M. nasceu, nunca mais os vi... e porquê? Porque o tempo de atenção dela era demasiado curto e eu não gosto de ver um filme aos bocadinhos. Gosto de ver o filme de uma vez só...
No Natal passado tirei 3 diazitos de férias que, juntando à tolerância, acabei por ficar uma semanita em casa com ela. E foi tãoooo bom! Pudemos fazer literalmente nada!... Estivemos juntas. Brincamos. Vimos montes de televisão. Trocamos muitos miminhos... Foram os dias mais doces!
E ela já pede para ver filmes. Já aguenta ver um filme inteiro. E fica emocionada. E sorri com eles. E pede para eu vê-los com ela. E abraça-me enquanto os vê. E pede o cobertor. E vem para o meu colo. E fica ali sossegadinha, em paz, feliz!...

Nem adianta dizer que já vimos o filme Zootrópolis e À procura de Dory vezes sem conta.... mesmo....