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terça-feira, 18 de dezembro de 2018

A nossa Estrela

Este ano o desafio de Natal lançado pela escola foi de fazer uma estrela de Natal com material reciclado... 
Ora, pensamos e pensamos e pensamos... Pesquisamos e finalmente decidimos qual a estrela que íamos fazer... Uma bem simples como nós somos... Simples e iluminada... 
E ainda fizemos mais 2 estrelas: uma em tons de azul e outra em tons de vermelho, feitas com palhinhas, no mesmo género da estrela da escola... Mas essas ficaram em casa, porque assim ela o decidiu...
Para a estrela da Escola usamos espetos de espetada, elásticos de escritório, linha vermelha, tinta vermelha, cola, purpurinas brancas (cor da Paz) e rosa (porque ela gosta!) e um laço bem vermelho, cor do Natal, do Amor, do Sangue.

O resultado foi este:
Está bonita, não está?!

Queremos que esta estrela nos ilumine, ilumine a nossa vida e nos guie o caminho com serenidade...

Esta também a fizemos:
(Estrela feita com palhinhas)


 E estes trabalhos foram feitos pela minha pequena artista na Escola e no ATL:



quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Cenário dantesco

Se há coisa que sempre me fez confusão são bichinhos na cabeça das crianças. Eu própria, quando era pequena, cheguei a apanhar por 2x... E acreditem, não é nada bom! Quando chegava o dia de tirá-los, ui o que eu chorava... Aquilo doía mesmo!

Já por 2x que o ATL, onde a minha filha está, avisa para vermos as cabeças dos nossos filhos pois vêem alguns voadores por lá. Fico sempre com cara de pânico e pergunto sempre se elas viram algum na M., ao que me responderam sempre que não! É que, acreditem ou não, apesar de ter tido 2x em criança, nunca tinha visto um piolho na vida e nem lêndeas... God! Panic, panic... Ala revistar a cabeça dela pouco a pouco à confiança, pois como elas diziam que ela não tinha ficava bem mais descansada... Sempre limpinha!...
Até que chegou um dia que vi umas coisinhas brancas (poucas, graças a Deus!) muito estranhas pegadas no cabelo dela. Eu tentava tirar, mas estavam coladas ao cabelo e custavam a sair... Chamei a minha mãe para ela ver se aquilo eram mesmo lêndeas... E ela disse que eram!!!! 
OH GOD! Oh God! PANIC! PANIC! Sirenes com luzes vermelhas por tudo o que era lado!
O dia do tête-a-tête com a família da piolhaça tinha chegado! Ahhhh como iria eu fazer?! Eu nem conhecia o bicharoco... Será que era monstruoso?! Teria antenas?! E matá-lo?! Como seria?! Ahhhh por momentos pensei que não iria conseguir superar aquilo. Só que a minha M. não queria que fosse a avó a ver-lhe a cabeça... queria que fosse eu, a corajosa da mãe!!!!! (NOT!) Oh God! Piorou! Já estava cheia de nervos e suores frios!... Tremia por todo o lado! Eu e os insectos não temos uma relação assim muito amistosa... Mas fazer o quê?! Tudo por ela, não é?! Enchi-me de coragem e comecei a revistar a sua cabeça... Sempre com medo de me deparar com um "chefe da tribo" que iria declarar-me guerra aberta, como é óbvio! E eu que, como arma de fogo, só tinha mesmo as minhas mãos! Teria de pegar nele e esmagá-lo entre as minhas unhas!!! Ahhhh sempre que pensava nesse desfecho até ficava com um nó no estômago! Depois deste cenário titânico, graças a Deus não vi nenhum e fui tirando as lêndeas que encontrava, que eram muito poucas, mesmo assim. Deve ter sido algum que foi lá fazer uns cocós e fugiu para outra cabecita... Menos mal (para mim, claro!)!

Nessa noite, enchi a cabeça dela (e a minha, que também já estava com impressões esquisitas!) de repelente... o que costumo usar antes dela ir para a escola. E no dia seguinte fui logo comprar algo para lhe fazer o tratamento. Comprei um conjunto: shampôo de tratamento e shampôo de prevenção (que agora uso sempre pelo menos 1x por semana!), acompanhados por um pente. Segui à risca as instruções e, graças a Deus, depois já não haviam lêndeas para contar histórias...

Espero não ter mais qualquer contacto com estas figurinhas!


terça-feira, 27 de novembro de 2018

Vamos partilhar e ajudar a Lua

Este blog não serve exclusivamente para falar de mim e da minha vida, mas também para falar de assuntos com os quais sou sensível. Um deles é a falta de capacidade de resposta a quem tem mobilidade reduzida ou com problemas graves de saúde. Ora, piora muito mais quando as vítimas são crianças!!! 
Confesso que só me dei conta de que muitos locais em Ponta Delgada (e um pouco por toda a ilha e fora dela) não estavam preparados para receber pessoas com mobilidade reduzida quando andava de carrinho de bebé. Por vezes via-me de carrinho em frente a escadarias e sem saber como iria fazer para superar aquele obstáculo. Era uma carga de trabalhos, até porque o carrinho da minha M. era bastante pesado. Ora, só imaginava como fariam as pessoas que, infelizmente, estão presas a vida toda a uma cadeira de rodas?! Simplesmente não faziam... 
Este fim-de-semana tive conhecimento da grande dificuldade que uma amiga minha atravessa diariamente. A filha, de 11 anos, sofre, desde que nasceu com 7 meses, de paralisia cerebral com diplegia espástica (Síndrome de Little), que lhe afeta os membros superiores e, principalmente os inferiores. Esta patologia afeta principalmente bebés nascidos prematuramente ou com traumatismo durante o parto. Infelizmente está "presa" a uma cadeira de rodas, mas isso não a impede de ser uma menina muito especial, dotada de uma grande capacidade neurológica e com uma grande força de vontade de viver e conseguir mais, sempre mais. Chama-se Lua e tem um brilho muito mais forte do que a própria lua. Acreditem! Podem conhecê-la aqui, neste vídeo que é o meu preferido, mas podem ver outros vídeos (e já são alguns!), pois ela é uma mini youtuber muito engraçada e fofinha! :)
Ora, a escola da Lua esteve em obras o ano passado e é super moderna, mas... infelizmente não contemplaram os acessos necessários para ela se tornar numa menina mais independente. Então, a Lua precisa da sua mãe a tempo inteiro para a ajudar. 
E o que uma mãe não faz por um filho?! Eu, no lugar da mãe da Lua, faria o mesmo! 
A Lua precisa ter a sua autonomia e as escolas têm de ter respostas e estar preparadas para receber meninos como a Lua. 

O que vos peço é que partilhem este post o mais que puderem de forma a que este post chegue a quem de direito para que sejam feitas as diligências necessárias para que a Lua (e a sua mãe) e todos os meninos com mobilidade reduzida tenham melhor qualidade de vida e conquistem a sua autonomia dentro da escola e fora dela, já agora...

De seguida vou transcrever o texto que a Nádia, a mãe da Lua, partilhou no seu facebook num estado já de desespero para que alguém ajude a sua filha a ser mais feliz na sua escola:

"Olá caros amigos e amigas. 
Venho por este meio expor uma situação menos agradável que estou a viver deste o dia 17 de setembro de 2018. A minha filha Lua Rego é portadora de uma paralisia cerebral com diplegia espástica, que lhe afeta os 4 membros, mas os mais afetados são os inferiores (pernas). Neste momento, a Lua faz marcha a curtas distâncias, de canadianas e com minha ajuda. Para se deslocar dentro e fora de edifícios mais longos usa uma cadeira de rodas elétrica para que possa ser mais autónoma, embora continue a precisar de supervisão para as idas à casa de banho (ainda não consegue despir-se e segurar-se nas barras de apoio, visto que é muito pequena e cai dentro da sanita). Também precisa de minha ajuda para algumas tarefas dentro da escola e sala de aulas. Eu acompanho a minha filha na escola a tempo inteiro há 2 anos, mas estou nesta luta há 11 anos (desde que nasceu). Deixei de trabalhar quando ela nasceu prematura com 7 meses e precisava de estar aos meus cuidados no 1º ano da sua vida. Mas não foi preciso muito tempo para perceber que tinha que acompanhar a minha filha para o que ela precisasse visto que a nossa sociedade não está preparada para lidar nem respeitar crianças especiais. 
Como já mencionei, estou a tempo inteiro com a Lua na escola. Os problemas começaram quando houve a transição para o primeiro ciclo (5º ano). Fui avisada de que a escola não estava preparada para ter a Lua, visto que estava em obras e não teria elevador nem rampa para sua deslocação na escola. Eu, como mãe, assustada com essa mudança e sabendo que a Lua é uma criança super sensível e muito ligada com as pessoas que gosta e visto que tinha acabado de perder a sua avó, uma segunda mãe (minha mãe), disse ao Presidente da escola Canto da Maia que estava disponível para ficar com a minha filha na escola para lhe ajudar no que fosse preciso e assim foi. A Lua tinha as aulas principais no rés-do-chão sempre na mesma sala e tinha as disciplinas de EVT e Música nos pisos de cima, para onde era deslocada por mim ao colo, visto que eu tinha prometido ajudar-lhe a ficar na escola da sua área de residência e com os seus colegas de turma que vieram com ela da Escola da Vitória (escola primária). E assim foi o ano letivo todo. A Lua teve excelentes notas e uma excelente Diretora de Turma, a qual lutou pelos direitos da Lua, com a ajuda do núcleo de educação especial. Tive o ano todo como voluntária da escola e ajudava de coração não só a minha filha, como todos as outras crianças que estavam na escola Canto da Maia. Conclusão, eu ajudei a todos que precisavam de mim ou que eu visse que precisavam da minha ajuda sem terem que me pedir, porque assim fui educada. Assim foi o ano todo, eu consegui com que a minha princesa passasse de ano com excelentes notas e muito feliz 😊. 
Após algumas conversas com outros pais, decidi fazer uma candidatura para ser bolseira da minha filha e, em Maio deste ano, entreguei todos os papéis para o efeito. Fui de férias de Verão descansada, com papéis entregues e com a palavra do Presidente de que a escola iria estar preparada para a Lua neste ano letivo com o elevador para ela se deslocar para todo o lado. 
Tive um Verão muito complicado, com dores muito fortes no meu ombro esquerdo pelo esforço do ano letivo todo que tive. Em setembro, novo ano letivo se iniciou. Pois é, queridos, é com muita tristeza que estou a expor esta situação, a minha filha continua sem elevador para se deslocar na sua própria escola. Entrei no dia 17 de setembro para a escola com a minha princesa, e foi-me dito no rés-do-chão pelo Presidente da Escola que o elevador estava nas outras ilhas por engano e que a situação estava resolvida em 3 semanas. A minha filha olhou para mim com os olhos em água e disse-me, "Mãe ele está a mentir!“ e eu, como uma Grande mãe que sou, disse-lhe, "Vamos confiar. Vai dar tudo certo!". Falei com a Diretora de Turma, que é a mesma do ano passado, e ela, sem palavras, disse-me que sentia muito a Lua estar nesta situação de novo este ano. 
Este ano as coisas pioraram um pouco, porque ela tem 3 disciplinas no 1º e 2º piso e o bar fica também no 2º piso. Eu, como mãe, continuo lá como voluntária, porque não obtive nenhuma resposta de bolseira e já vai a caminho dos 3 meses e a minha filha continua sem elevador e sem poder ir lanchar ao bar com os seus colegas, porque não tem elevador. Já pedi ajuda à Associação de Pais da Canto da Maia, o Presidente de pais levou o meu caso ao Presidente e a resposta é esperar e ter um pouco de paciência 😢 e a resposta do núcleo de educação especial é a mesma... 
A única alteração que houve foi que o Núcleo de Educação Especial pediu para a minha filha ter uma funcionária para a levar para as 3 disciplinas que tem no 1º e 2º piso visto que estou a fazer tratamento ao meu ombro e não consigo levá-la ao colo para baixo e para cima. Com pena digo que as pessoas se esquecem é que a Lua só tem um problema motor. A nível cognitivo ela é excelente e sofre como qualquer outra criança. Sabe e tem pena por não poder ir brincar pela Escola, não poder ir buscar o seu lanche ao bar, não poder ir sozinha para as suas aulas nos pisos de cima, sem ter de ser carregada por uma funcionária. 
Como ficam os sentimentos da minha filha? 
Onde estão os direitos da minha filha? 
Onde está a inclusão? 
Onde estão as pessoas que assinaram a abertura daquela escola? 
Onde estão os responsáveis por isto? 
Ninguém dá a cara! É vergonhoso a minha filha estar a passar por uma situação destas, é vergonhoso ter que expor a situação nas redes sociais a pedir ajuda por já não saber mais o que fazer! 
Uma escola nova, sem condições, sem rampas. Não pensaram nos estudantes e professores com mobilidade reduzida...

Nádia Dutra, a mãe da Lua Rego"


sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Maria Castanha

Lá foi ela toda contente para a escola para as duas festas de S. Martinho que ia ter, a da escola e a do ATL. Veio para casa toda contente com as prendinhas: castanhas e mais castanhas! Pegou na sua caixinha de fósforo (onde tem a quadra que podem ver na imagem), pintada por ela, e fingiu estar a ler a quadra que lá vinha sobre a história do S. Martinho. Foi decorada a preceito! 
Lá dentro um puzzle pintado por ela e 2 Marias Castanhas (uma da pré e outra do ATL), porque o dia era dela...
Mais tarde soube que tinham utilizado as castanhas, não só para comer, mas também para aprender as vogais e aprender a contar! Isto de andar na escola é muito divertido... pelo menos para já!... Aprender a brincar é do melhor que se pode oferecer aos nossos mais pequeninos! Obrigada à sua educadora e a todos os auxiliares, assim como às animadoras do ATL, pela paciência, criatividade e por tomarem conta da minha filha na minha ausência, assim como dos restantes meninos, claro...!





sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Mania de reclamar

Irritam-me as pessoas que adoram reclamar por tudo e por nada. A estas pessoas só me apetece dizer "Há coisas bem piores!!!" e "Só para a morte é que não há solução!!!"

Ainda há 2 semanas a escola começou e desde o 3º dia de aulas já existem reclamações por causa das refeições!!!!!! Minha nossa Senhora da Paciência ilumine essas pessoas!

Este é o segundo ano que a minha filha está na mesma escola. O ano passado, mesmo tendo a possibilidade de ter uma alternativa mais familiar e segura, optei por colocá-la a comer na cantina da escola. Não foi um ano fácil! Por problemas de saúde (hipertrofia das amígdalas e adenóides) ela rejeitava todas as comidas de que gostava menos. Houve dias que a comida do 2º prato vinha toda para casa. Teve dias que não queria ir para a escola apenas porque não queria comer na cantina. Um dia trouxe para casa a comida (era atum!) e, além do aspeto não me ter agradado, tinha um cheiro estranho. Assim, por precaução, nos dias em que era atum, optei por utilizar a alternativa que tinha: ela ir almoçar em casa dos seus avós, que moram pertinho da escola (e dá um jeito tremendo!).

Em Maio o problema de saúde foi resolvido. A recuperação foi lenta mas muito pacífica...
Em agosto tivemos a sorte de irmos até Cabo Verde, onde a alimentação é feita à base de arroz e massas. Onde a proteína é nula, ou quase nula... Não estou a dizer que a comida em Cabo Verde não é saborosa, porque até é. Mas o aspeto nem sempre é convidativo, principalmente para uma criança de 4 anos que, tal como todas as crianças do mundo, normalmente, primeiro come com os olhos...

Este ano a empresa que confecciona a comida da escola é diferente. Logo à partida ofereço o meu benefício da dúvida. À experiência está a refeição de atum. Se não tiver um feedback negativo por parte dela (e da Anita), assim se irá manter. De resto, ela tem falado bem da comida. A Anita tem dito que ela tem comido tudo e eu não posso estar mais que satisfeita por isso. No entanto, caso o feedback não estivesse a ser positivo, com certeza iria arranjar alternativa: ou ia à casa dos avós, ou eu faria um esforço para ir a casa com ela nas horas de almoço, ou então mandava-lhe refeição de casa. Agora, o que não é razoável sequer é ao 3º dia de aulas falar mal, com palavras cruéis, sem dó nem  piedade! Lembrem-se que ao menos os nossos filhos têm uma refeição na escola. Uma refeição nutritiva, com hidratos, proteínas, leguminosas, fruta... Outras crianças nem isso têm!... Lembrem-se disso! Quando olham apenas para o seu umbigo, esquecem-se de olhar para o lado e normalmente olhar só para o próprio umbigo não corre bem...  Isto, definitivamente, irrita-me!



segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Regressar à escola

Um ano passou e lá foi ela novamente para a escola!... Como crescem rápido!!!
Já é o segundo ano que a minha M. está na escola. E, depois de um verão cheio de mar, de sol, de areia, de muita música e de muito folclore e de muita brincadeira, como ela gosta, falar na escola só se puxássemos o assunto. A verdade é que, na realidade, nas últimas semanas ela já perguntava "É hoje que vou para a escola?" todas as manhãs. E quando o primeiro dia chegou, lá foi ela toda empolgada para a sua escola, rever os seus amiguinhos, a sua professora e a sua Anita.
Recebemos as recomendações da sua professora para este novo ano letivo e poucas alterações aconteceram por isso acredito que vai correr tudo bem! :)
E quando a fui levar à escola depois do almoço... lá estava ela toda feliz a brincar com os seus amiguinhos, principalmente com o seu Emanuel... :)

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

O que tenho para te dizer hoje, princesa...

Há pouco mais de um ano iniciaste a tua vida escolar e hoje, dia 17 de setembro, inicias o teu 2º ano do pré-escolar... 
Há pouco mais de um ano escrevi-te uma carta que já partilhei no meu perfil do facebook na passada sexta-feira (quem não teve oportunidade de ler pode fazê-lo clicando aqui)... Engraçado que ao ler o texto, não mudava em nada aquilo que escrevi... e este ano a história repete-se!...

Na tua vida também existe o Emanuel, a Sofia (que com pena este ano já não vai estar contigo!), o Gabriel, a Cecília, e muitos outros meninos que se tornaram teus amigos mas, em momento algum deixei de ser a tua melhor amiga, o que me deixa mesmo feliz... 
Este ano, nos últimos dias de férias já perguntavas, todas as manhãs "É hoje que vou para a escola?"... As saudades da tua professora, da Anita e dos teus amiguinhos já eram muitas... Pessoas que entraram na tua vida e vieram colori-la ainda mais. Pessoas de bem, que cuidam de ti com carinho e olham por ti na minha ausência... A elas agradeço toda a paciência e ensinamentos que te têm transmitido. És uma menina sortuda por teres pessoas assim à tua volta. E eu sou sortuda pelo mesmo motivo e porque fico descansada por saber e sentir que estás bem e feliz!

As nossas últimas férias juntas foram intensas, tais como o ano passado. Este ano com a vantagem de termos ido para um local diferente, bonito e que nos aproximou ainda mais... Grandes e exclusivas aventuras. Uma viagem grandiosa culturalmente, que te fez ver que existem meninos que vivem com dificuldades, meninos diferentes de ti. Soubeste, com a tua forma ingénua de ser, lidar com as dificuldades deles e da vida que têm, melhor do que esperava que pudesses reagir. Surpreendeste-me muito pela positiva! És, com os teus 4 anos e meio, ainda melhor pessoa do que pensava que eras! Tenho a certeza que, quando cresceres, vais ser uma grande mulher, de coração gigante e puro!
Pude ver-te alcançar a vitória de nadares completamente sozinha! És tão corajosa, meu amor... Não tens medo de nada (exceto baratas e bichos estranhos...)! És o meu orgulho!
Pude ver-te dançar tanto... e este verão dançaste bastante! O folclore está-te no sangue como nunca imaginei. Para te ver empolgada basta dizer que há folclore e pronto... não pensas em mais nada! :) Em Cabo Verde, era só ouvires música e lá estavas tu a "dar ao rabinho", imitando as meninas que vias dançar... E tens muito jeito princesa! Tens mesmo muito jeito! No que depender de mim, vais dançar muito. Se é isso que te faz feliz, então dança, minha filha, dança... Dança sempre como se ninguém te estivesse a ver! Consola a alma!

Agora recomeça a escola e tu estás toda animada e eu fico feliz por isso... Tenho a certeza que vai correr bem. Tenho a certeza que vais continuar a ser a menina inteligente e bem comportada que tens sido até agora. Vais respeitar os mais crescidos e também os meninos da tua idade. Vais receber miminhos deles e brincar muito. Vais sorrir, cantar e dançar. Brinca, minha filha, brinca muito. Estás na idade disso e eu quero é que sejas o mais feliz possível. 

O meu amor por ti, Matilde, é tão gigante que quase não cabe no meu peito... Não me arrependo de nenhum evento que não fui para estar contigo; de nenhuma ida ao parque infantil em vez de outra coisa qualquer para te fazer a vontade; de ter comprado algo para ti em vez de comprar para mim porque tu és a mais importante para mim. Estar contigo, ter-te comigo é, sem dúvida, a minha maior felicidade! Os teus abracinhos e beijinhos são o melhor conforto para mim. 

A minha missão continua a ser a mesma: fazer com que sejas sempre feliz! Mas, se alguma vez te sentires triste, lembra-te que moras no meu coração e eu moro no teu para todo o sempre. Vou estar sempre por perto e vou proteger-te sempre, porque sou eu para ti e tu para mim!

Amo-te mais que muito, minha doce Matilde...



segunda-feira, 4 de junho de 2018

Espertinha...

A minha filha já reconhece algumas letras do alfabeto. Algumas até desde muito pequenina. Associa-as a pessoas de quem gosta. Outro dia reproduziu a sua letra "M" num papel e disse-me que queria escrever o seu nome. Escrevi o nome em letras grandes e ela reproduziu, meio descoordenado, sem ordem definida, o "D" teve 2ª tentativa, mas as restantes letras... Wow! 

Ora vejam, com apenas 4 anos:


terça-feira, 24 de abril de 2018

Ela (quase que) já sabe escrever!!!

Ela não sabe escrever, no verdadeiro sentido da palavra... Mas consegue chegar lá com ajuda. 
Ela tem um jogo que tem cartas com imagens e a pessoa tem de preencher a palavra por baixo, tal como vêem na foto que deixo aqui. Eu ponho as letras em cima da imagem e ela vai pegando em cada cartão. Soletro-lhe a palavra e ela devagarinho, pelo som e porque já distingue as vogais, ela consegue chegar lá. Claro que as palavras maiores são mais difíceis, mas as pequeninas já consegue...
Bom... ela ainda só tem 4 anos (acabadinhos de fazer) e não lhe exijo que saiba ler, óbvio, mas fico orgulhosa, não vou mentir! Desde cedo ela aprendeu as vogais e sabe-as de cor e também reconhece algumas consoantes, em virtude de umas letras que ela tem e que se colam no frigorífico. 
Sabe qual a letra do nome dela, da mãe, do pai, e de muitas outras pessoas que fazem parte da vida dela. E é curioso que ela quando as vê em qualquer lado diz logo "Vê mãe, é a letra do padrinho e do avô!", por exemplo.
Que Deus a conserve sempre assim...!


quarta-feira, 7 de março de 2018

Fui contadora de histórias por 20 minutos...

Na mochila da minha M. existe um envelope que é uma espécie de correio entre a sua educadora e a família. O que é certo é que, como deixo a sua mochila muitas vezes na casa dos meus pais (isto de "leva e traz" mochila tem muito que se lhe diga!), confesso que nem sempre vejo diariamente a minha "correspondência". Por altura das férias da Páscoa, recebemos uma carta-convite para irmos à escola "Contar uma história" à turminha... Um convite que, para quem me conhece minimamente, sabe que não rejeitaria. Tudo é motivo para estar presente na vida dela e esta situação foi mais uma.
Entretanto pesquisei uma história que eu achasse que se adequaria à idade deles. Não queria uma história qualquer. Queria uma história que pudesse deixar uma mensagem que eles, mesmo em tenra idade, conseguissem perceber. Ora, na turma da M. existe um menino que necessita de apoio especial. E eu encontrei uma história que ia de encontro à aceitação das diferenças de cada um, deles gostarem de si e respeitarem as aparências de quem os rodeia (anti-bullying). Escolhi a história da "Aranha Mara e o Arco-Íris" (encontrei-a aqui).
Preparamos um cenário para a história e pintei as personagens da história.
Chegou o dia e, como sempre, fui recebida com tanto carinho pela educadora e pelos meninos da sala da minha M. Para eles sou "a mãe da Matilde" e por isso teria de fazer boa figura. A minha M. quis ficar ao meu lado e ajudar-me a contar a história. Assim deixei. Ela ia colando as personagens pelo cenário e, mesmo assim, esteve sempre atenta à história, assim como os restantes meninos.
Na verdade, encarnei bem a personagem de "contadora de histórias". Chego à conclusão que devia mesmo ter seguido o meu instinto e ter seguido a área de Educação Infantil. São idades tão giras de se trabalhar... Adorei a experiência e ficou a promessa de lá voltar novamente... A minha M. delirou. Sei que ficou feliz e só por isso valeu muito a pena...

Obrigada pelo convite.





quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

A melhor prenda de Natal

Depois da azáfama toda das festas de Natal e passagem de ano, queria mostrar-vos as coisas mais fofas que a minha M. fez na sua Escola e no ATL, as quais vão passar a sair todos os anos, todos os Natais. O Natal é reunir coisas e pessoas que amamos. Foram, sem dúvida, os presentes mais originais, mais lindos, mais fofos que recebemos este ano e que abrilhantaram a nossa casa:
(O Pai Natal com barbas feitas com a mãozinha linda dela, o floco de neve, o globo com a sua foto que está maravilhoso e a casinha do Pai Natal que vinha com bombons dentro!!!)

Parabéns à prof. Maria José e às monitoras do ATL por serem tão criativas e por mimarem os nossos meninos na nossa ausência...

sábado, 30 de dezembro de 2017

Fizemos uma bota de Natal

Foi um TPC que a prof. Maria José nos enviou umas semanas antes dela entrar de férias. Tínhamos o molde e tivemos de fazer uma bota de natal com material reciclável... Ora bem... usamos pacotes de leite e também material que tinha lá em casa que normalmente uso para preparar as festinhas dela. Ela ajudou. Fez a maioria dos corações e também colou tudo o que havia para colar. Além disso, ela é que foi a "criativa" da sua bota: escolheu as cores e o local onde os materiais iam ficar. E, olhem que até ficou bem gira!!!


(a dela é a verdinha de corações prateados!)

No contexto "escola" a decoração ficou muito gira, com todas as botas penduradas na entrada da escola, assim como uma lareira ao fundo e uma árvore de natal... e tudo com material reciclável à mistura!
Excelente iniciativa!


sábado, 9 de dezembro de 2017

Tenho um genro!!!

Ah pois é...
O tal "melhor amigo" já virou "namorado"! Lá em casa, nunca falamos em namorados, namoradas. Normalmente falamos sempre em amigos e amigas. Mas ela agora na escola aprende outras coisas também (boas e más!!!) e houve um dia que chegou a casa a dizer que o Emanuel era o seu namorado. Perguntei-lhe quem tinha dito isso e ela respondeu-me que tinha sido uma menina lá da escola. Presumo que maiorzinha que eles.
É verdade que a minha M. sente uma empatia maior pelo Emanuel e ele por ela. Desde antes da escola, tanto eu, como os pais do Emanuel, depois de sabermos que os nossos filhos iam estar na mesma sala, fomos falando com eles, no sentido de se "protegerem" um ao outro, de serem amiguinhos. Era e é importante, para mim pelo menos, que eles sintam algum "porto seguro" dentro da escola. E é muito giro de ver como eles são amigos. A M. diz que só quer que ele vá à sua festa de aniversário e, em conversa com a mãe do Emanuel, o mesmo acontece lá na casa deles. É giro ver a preocupação de um e do outro quando, por exemplo, um não vai à escola por estar doente, ou quando acontece algo mesmo lá na escola. É uma amizade que, acredito, vai ser importante para o crescimento deles...

Eu tenho melhores amigos de infância que hoje são meus amigos de verdade. Claro que a vida é complicada e não nos vemos tantas vezes quanto gostaríamos, mas são amigos que sei que tenho para a vida. Nunca foram meus namorados (falando dos amigos meninos!!!), mas por eles sinto um carinho especial e carrego-os no meu coração por toda a minha vida.
Que o Emanuel seja sempre uma pessoa especial para ela pois já faz parte da sua 1ª infância! :)

terça-feira, 21 de novembro de 2017

S. Martinho em grande!

No S. Martinho lá na escola da minha M. a festa foi em grande! Foram castanhas para contar, foram castanhas para comer, foram histórias de castanhas para contar, foram peças teatrais e lá vinha ela tão feliz, tão sorridente para casa com as suas obras de arte...

O ouriço block block
Na cabeça ele caiu
Com um tamanho trambulhão
Uma castanha saiu.

Obrigada à escola da minha M. por todo o trabalho que tem sido realizado com aqueles meninos...







quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Fui falar com a professora dela!

Passado quase 2 meses depois do início das aulas achei que seria interessante ir à escola falar com a professora da minha M. para saber o andamento da coisa. É engraçado porque quando trabalhei no Infantário com meninos de 15 meses nunca pensei nos pais, no quanto eles gostariam de saber dos seus filhos ao longo do dia, tal como eu gostaria de ser uma mosquinha para poder vê-la e acompanhá-la durante o seu dia na escola. Assim imaginava a minha filha... uma menina muito bem comportadinha e cumpridora das regras. Tal e qual. A professora só confirmou o que já pensava. Disse a professora que, no início, ela não era muito afetuosa (realmente nunca foi muito beijoqueira com as pessoas no geral e principalmente com quem pouco lida!), ficava no seu cantinho e maioritariamente interagia com o seu amigo Emanuel. Hoje já está perfeitamente adaptada, já fala mais e já interage mais com outros amigos, embora o Emanuel, como também é um menino bastante calminho, seja o seu "melhor amigo".
A professora diz que ela é toda aplicadinha com os seus trabalhos, muito independente (gosta de fazer tudo sozinha!), muito observadora e criativa, muito expressiva e não diferencia os meninos (brinca com todos por igual!). Muito certinha e sensível com os meninos. Fica com a lágrima no olho quando os meninos são repreendidos e bastante assustada quando presencia que os meninos estão a quebrar as regras. Referiu que vê-se que vem com regras de casa, muito educadinha (usa o "obrigada", o "desculpa" e o "por favor" com frequência!) e com rotinas muito bem definidas. 
Adora o cor-de-rosa (que novidade!!!) e é bastante vaidosa. Adora cantar e dançar. Houve um dia que a professora colocou uma música de folclore e ela levantou logo os braços para dançar... Ah rica filha! :)
Vi a capa dos seus trabalhos (que foram feitos até à data!) e fiquei super orgulhosa da minha menina. Acho que não preciso dizer que sai da escola a escorregar na minha própria baba...


sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Semana da Alimentação

A semana passada foi uma semana muito agitada lá para os lados da escola da minha M., pois dedicaram a semana à alimentação. Então foram todos os meninos até à frutaria comprar frutas e saboreá-las na escola. Experimentarem os vários sabores, texturas... Fizeram um pequeno-almoço especial com a turminha toda e foi mesmo giro de imaginar (queria eu ter visto!).
A minha M. tem um amiguinho de quem gosta muito. Ele é filho de um casal que trabalha comigo. Penso que são os "melhores amigos". Brincam juntos, protegem-se muito, sentam-se perto um do outro na hora de almoço e falam bastante um do outro. 
É realmente de iniciativas destas que os meninos precisam... Eu, como mãe, fiquei encantada... 




terça-feira, 24 de outubro de 2017

"Mãe, não quero ir para a escola!!!" - disse-me ela...

Hoje uma altura que a minha M. começou a dizer que não queria ir à escola. Quando a acordava dizia logo "Mãe não quero ir à escola!"... Comecei a ficar preocupada... Por experiência de ter trabalhado num infantário, sabia que algumas crianças começavam bem, mas depois tinham um retrocesso no processo de adaptação e temia que isto me pudesse estar a acontecer. É que, parecendo que não, é o pior cenário para as crianças, para os pais e até para os educadores. 
Entrou o fim-de-semana e andei a "investigar" o porquê da minha M. não querer ir à escola. Ela que gostava tanto... Percebi que tinha a ver com a hora da refeição. Ela andou meio adoentada (fruto da época) e com menor falta de apetite, até mesmo em casa. Percebi que na escola, e muito bem, insistiam com ela para comer.
Durante o fim-de-semana fui lhe falando na importância de ir à escola, de comer a comida da escola, de brincar com os outros meninos,... para que na segunda-feira estivesse apta para continuar a ir à escola.
Segunda-feira, apesar de tê-la preparado para ir à escola, a minha mãe (que é a pessoa que normalmente a deixa na escola, para ela não ter de ficar 45 minutos na entrada da escola à espera da educadora) não a levou. Pelos vistos deixou-se vencer pela doçura da frase "Gosto mais de ficar com a avó Berta...". E ficou!
No dia seguinte decidi ser eu a levá-la à escola, para ela perceber que por mais birra que fizesse, ir à escola é o seu dever neste momento (e durante uns bons anos!). Combinei com ela que iria falar com a doce Sra. Anita (com quem trabalhei no infantário e sei que é 5 estrelas com os meninos) para que não insistisse com ela para comer o 2º prato, mas que ela teria de comer a sopa toda e a sobremesa. Quando chegamos à escola ela ainda tentou não ir... pedi-lhe para ela vir para o meu colo. Ela veio. Fui mostrar-lhe os meninos a brincar no parque infantil que existe. Ela dizia que não se queria divertir com os amigos, que ia sentir saudades minhas. "E se eu chorar?!" perguntava ela. Com algum cuidado expliquei-lhe novamente que ia falar com a Sra. Anita sobre o almoço como tínhamos combinado, expliquei-lhe o que esperava dela na escola, que se ela ficasse na escola triste, eu também ficaria triste e ela não gostava de me ver triste, que ela estava sempre comigo no meu coração e que eu ficaria sempre no coração dela, que quando ela sentisse saudades minhas para pensar em mim e ter a certeza de que a amava muito, e que ela era uma menina muito corajosa e por isso ia conseguir ultrapassar esta fase...
Falei com a Anita à frente dela. E vi no olhar da minha filha o alívio e a felicidade de poder contar com a "amiga da mãe", na ausência da sua mãe (eu!). Ela ficou bem nesse dia e nos dias seguintes também... até agora! Que assim continue...

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Fizemos um fantoche e até que não ficou mal!!!

Logo no dia em que tivemos uma reunião com a educadora (no dia antes das aulas!), levamos connosco um TPC para fazer durante o fim-de-semana: um fantoche!!!
Numa tentativa de "quebrar o gelo" (penso eu!), na segunda-feira seguinte todos os meninos iam falar sobre o seu fantoche e iam dar-lhe um nome. Achei giro!

A mãe de um dos meninos da sala levou o fantoche da M. para a sua mãe cosê-lo à volta, o que muito agradeci. Depois fui buscá-lo no dia seguinte e com o que tinha em casa de restos de aniversários dela e do batizado (sim, ainda tenho coisas para inventar lá por casa!) e com a ajuda das avós: uma com tecidos e a outra com lã rosa (pois a exigência da minha M. era que o seu fantoche tivesse cabelo cor-de-rosa!!!! (Se esta doença do rosa não passar, já sei que um dia ela vai chegar-me a casa com o cabelo pintado de... rosa!)

E assim foi... Juntei tudo o que tinha e, com ela pertinho de mim, fomos imaginando como seria. Ela queria o cabelo rosa, então esticamos a lã para fazer o cabelo rosa. Ela queria saia rodada, então pequei num tecido estampado de conchas para franzir e ficar "rodado", cosendo-o ao feltro. Ia pondo a cola e ela ia colando... os olhos, o nariz, a boca, o cabelo e a blusa rosa que também recortei... e, para lhe dar um toque de fofura, apanhei o cabelo dela em 4 e coloquei lacinhos nos 4 totós e um à volta da cintura.
(os materiais que usamos)


Voilá! Que acham?!
Ficou fofo, não ficou?!


quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Os seus primeiros dias de escola...

Depois do primeiro dia de escola, a ideia era ver como se ia adaptar... Já lá está há 2 semanas e até à data a adaptação tem sido bem boa, graças a Deus...
Quando na manhã seguinte lhe disse para se despachar para ir para a escola, respondeu-me "Outra vez?!"... presumi que pensava que a escola era apenas para um dia!!! Expliquei-lhe que agora iria para a escola todos os dias, exceto ao fim-de-semana. Claro que ela não tem a noção dos dias da semana mas vai ter um dia...
Lá se vestiu toda contente, pegou a mochila e lá fomos nós até à escola. Quando lá chegamos novamente uma menina a chorar... e, perante tal situação, reparei que ela começou a recuar. Naquele mesmo momento disse "Matilde, aquela menina está a chorar porque não sabe o quanto é divertido estar na escola. Tu não te divertiste ontem na escola?". Ela respondeu que sim e ficou mais calminha e mais confiante... 
Passaram os dias e, graças a Deus, foi para a escola sempre com um sorrisinho na cara, sempre bem disposta... Ah rica filha é esta... 
Ao final do 2º dia já veio com uma lenga lenga decorada, com trabalhinhos para fazermos em casa, com canções e com muitas histórias para contar...

É, sem dúvida, um mundo novo cheio de descobertas (para ela e para mim!)...





quinta-feira, 21 de setembro de 2017

O seu primeiro dia de escola...

No primeiro dia estava (eu) um pouco apreensiva, sem saber bem o que ela estaria a pensar/sentir... se ia ter medo... tinha quase a certeza que não ia chorar, mas sei lá... Isto com crianças nada consegue ser planeado ou previsto...

Mantive a minha postura de "cool mom" (a mesma postura de, basicamente, o verão inteiro!!!) a dizer que a escola ia ser muito fixe e que ela se ia divertir bastante e que ia conhecer amiguinhos novos, e que ia brincar muito, que ia para o recreio, etc, etc, etc,...
Ela ouvia, perguntava-me coisas, queria saber como seria... No primeiro dia havia muita confusão criada pelo aglomerado de mães (e alguns pais...poucos, infelizmente!) e filhos ali todos juntos à mistura.
Umas mães a sair da escola a chorar (e eu aguentei-me para não as acompanhar e correr o risco da minha M. me ver desarmada!), outras na converseta, outras apressadas para irem para outro lado sem se importarem... há de tudo, acreditem...

À medida que entrávamos na escola, havia muito barulho, muita gente a encaminhar-se para a sua sala. Ela estava confusa com o barulho, mas cheia de determinação por lá fora... Um orgulho imenso apoderou-se do meu coração que estava pequenino, pequenino... Mas ela é corajosa e tudo ia correr muito bem, dizia eu para mim...
Perguntei-lhe onde ficava a sua sala, alegando que já não me lembrava do caminho, na tentativa de perceber se ela saberia ir sozinha depois. Ela foi lá direitinha. Teste superado = coração de mãe mais calmo.
À porta estava uma menina a chorar e entrou na sala a chorar com a educadora e a avó (ou lá quem era...) cá fora, a querer chorar também. A minha M. olhava espantada para aquele cenário dantesco. Também na porta estava a sua professora de Educação Física que, por acaso é amiga da minha mãe... o que mais uma vez me descansou o coração... Sei que vai ficar bem...
Colocamos a mochila e a lancheira no seu bengaleiro, dei-lhe um beijinho e disse-lhe para se portar bem. Virei costas e fui trabalhar (tal como disse aqui que tencionava fazer!)... 

O dia não me correu bem... não estava lá com grande ânimo... o meu coração estava pequenino, pequenino... Corri na hora de almoço meio aluada... Não correu bem... Definitivamente não me correu bem... Não conseguia desligar o meu pensamento dela, do que poderia estar a acontecer... Não sabia dela e não ia saber dela nem tão cedo... Confesso que ao longo de todo o dia fiquei controlando mentalmente as horas da nova rotina dela... "Agora está a beber o leite, agora voltou para a sala, agora está a almoçar, agora está no recreio,..."...
Evitei ligar de manhã para não dar uma de "mãe galinha" (orgulhem-se já aqueles que se fartam de me chamar de mãe galinha!) e sei perfeitamente que no decorrer das atividades pedagógicas não se deve interromper para falar com a educadora ou a auxiliar ao telefone... eu própria já trabalhei num infantário e sei como funciona e o quanto os pais atrapalham o bom funcionamento de uma escola... Eu não quero ser um desses!!!
Liguei perto da hora de saída e fiquei a saber que ela esteve bem todo o dia e portou-se lindamente bem... Bem melhor que eu que, apesar de não ter chorado (consegui!!!), andei rabugenta e cabisbaixa todo o dia... Ah coraçãozinho de mãe... aguenta... (E aguentem também os amigos mais chegados que nos têm de aturar nesses dias!!! Obrigada, desde já pela paciência...)