quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Nada mais que a verdade...

Não é novidade para ninguém que a minha filha pede uma Leonor desde talvez os seus 2 anos. Outro dia, talvez por estar num ambiente em que um bebé muito próximo e desejado vem a caminho (não é a Leonor, não estejam com imaginações férteis!) perguntou-me quando é que a Leonor chegava. Que queria que ela chegasse no Natal, tal como o nosso outro bebé. Neste Natal já não vai poder ser filha. Não temos tempo... (e também não sei se algum dia ela vai chegar... infelizmente...)
Foi nesse dia que começaram as perguntas difíceis de como o bebé vai parar à barriga e de como sai dela. Apesar de ter ficado por momentos com cara de quem viu um tubarão (Deus, ela só tem 4 anos!!!) e sem saber como lhe responder, não lhe disse nada mais do que a verdade.
"Para um bebé ir para a barriga é preciso que o pai goste muito da mãe e a mãe goste muito do pai.  Isso é a parte mais importante! O pai deixa uma semente na barriga da mãe que depois cresce como a semente do feijão que viste crescer. Depois, tal como as borboletas no seu casulo, há magia e a semente transforma-se num bebé. Quando ele cresce e fica sem espaço sai da barriga pelo pipi ou pela barriga através de um pequenino corte que o médico faz.". À última parte da história ela não achou muita piada (quem é que acha?!) e acho que lhe criou alguma confusão, tanto que agora anda a perguntar o mesmo a quem lhe é mais próximo. 
"E onde está a semente do pai? Eu gosto muito da mãe e posso ir buscar a semente do pai e dar à mãe!" - foi a conversa seguinte... Desta vez, não foi cara de ter visto um tubarão, mas sim de uma família inteira de tubarões! Foi fofinho da parte dela querer resolver o problema de uma forma tão simples. Agradeci-lhe por ela querer resolver o problema de uma forma tão simples e inocente e expliquei-lhe que só o pai poderia dar a semente à mãe...


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