sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Um momento que me fez chorar...

Depois do castigo que apliquei à minha M. por andar a derramar shampoo à toa pensei que não o voltasse a fazer... Como me enganei... Fê-lo de novo 3 dias depois, mesmo tendo-lhe advertido para não o fazer antes de me ausentar... Depois do duche tínhamos que ir ao hiper fazer umas compras de última hora para o jantar e disse-lhe que, como castigo, não ia ter nenhuma "prenda" na ida ao hiper. E não valia fazer birras, nem choros como se não houvesse amanhã. Depois de, no caixa ter visto uns bonequinhos dos PJ Masks e de eu lhe ter recordado que nem valia a pena, desatou a chorar, mas não me comovi. Fomos levar as coisas ao carro e, quando fui arrumar o carrinho, ela achou que podia andar no jardim sozinha... Como estava por ali, deixei... Mas quando chegou a hora de ir para o carro chamei 1, 2, 3 vezes... Depois de tanta situação stressante na última hora, em que estive mais zangada do que boazinha com ela, senti-me cansada... Ameacei ir-me embora e nem isso a demoveu. É que nem olhou para mim... Nisto... aproximou-se dela uma senhora que, à primeira vista não reconheci... Calmamente foi falando com ela, pegou-lhe pela mão e, devagarinho foi-se aproximando de mim trazendo a minha filha, enquanto conversava com ela. À medida que se aproximava de mim fui reconhecendo a sua identidade e as lágrimas caíram-me cara abaixo, sem que eu conseguisse parar... Chegou perto de mim e antes que ela dissesse quem era, eu identifiquei-a e abracei-a... Ao tempo que queria fazê-lo, pois admiro-a profundamente. Era a Paula. Uma pessoa cuja vida tem sido demasiado madrasta. Demasiadas vezes. Já recebeu mais sentenças de morte que o pior dos réus dos EUA e ela nada fez para o merecer. E, contra tudo e todos, tem sobrevivido, tem enfrentado a morte como uma verdadeira guerreira.

Nesse dia recebi uma grande lição, mesmo sem ela saber: as crianças só precisam de um pouco mais de paciência da nossa parte. Não devemos deixar que o stress do nosso dia interfira da forma como lidamos com os nossos filhos. Não quero que a minha filha se torne uma "selvagem" por eu deixar fazer tudo o que quer e como quer, pois ela precisa de regras (e aplicá-las também é amar!), mas também precisa de uma mãe mais calma, mais amiga, mais compreensiva.

Obrigada Paula por teres aparecido do nada nesse dia... Por existires... Tens uma missão muito bonita neste mundo. Que Deus te ajude a V.E.N.C.E.R. com distinção essa maldita doença!... De uma vez por todas!!!

V.I.V.E. plenamente todos os segundos que tens. Devíamos fazê-lo todos, não é assim?! ;)

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