quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

A minha primeira vez em casa...

Uma semana antes do Natal a minha M. ficou doente. De segunda a quarta-feira ainda a deixei com os meus pais e fui trabalhar com o coração muito pequenino por deixá-la assim, mas ela estava bem entregue e sabia que a minha mãe me ia mantendo a par do que ia acontecendo com ela... Além de que ia seguindo as diretrizes que a pediatra dela, que já estava a par do acontecimento, me ia dando...

Na quarta-feira, depois de eu chegar a casa, olhei para ela e reparei que ainda estava combalida... olhos inchados e meio fechados, muito sossegada, com febre ligeira, com muita tosse, já tinha vomitado e estava ainda com muita falta de apetite... Ela não estava mesmo nada bem... Cheguei a casa com ela e adormeceu no sofá (coisa que nunca fez antes àquela hora do dia!)... Falei com a pediatra e ela achou melhor a M. ficar em casa. Como nesse dia os meus pais foram para a Lomba da Maia cuidar da minha avó, que ainda precisa de cuidados, e lá iam ficar até sexta-feira, decidi ser eu a ficar com ela em casa (em vez de mandá-la na manhã seguinte para a Lomba da Maia), pois assim teria toda a minha atenção e cuidado para que melhorasse rápido. Assim foi... dei início à minha primeira baixa por assistência à família que, graças a Deus, antes não tinha precisado.

Ficar em casa com os filhos é uma coisa. Ficar em casa com os filhos doentes é outra bastante diferente... É preciso mais mimo, mais carinho, mais atenção a todos os pormenores (se tem febre - medi-lhe a febre 5 mil vezes ao dia e noite - se tosse, se dorme, se come, se está sossegada, se quer fazer xixi, cocó, se chora, se tem dores, se tem o nariz para "assonar" - como ela diz,....), mais estar presente, mais amor (como se isso ainda fosse humanamente possível!) e, também mais criatividade para entreter uma criança que está sossegada demais, que não quer alinhar em quase nada... Nesse dia ela acordou perto das 10h da manhã... Tentei fazer com que ela me ajudasse a fazer bolachinhas de Natal (e mesmo assim ajudou um bocadinho!), fizesse pinturas e recortes (andei lá a pintar uns desenhos a ver se ela alinhava na atividade, mas não queria pintar...) para depois colarmos na parede,... A única coisa que ela queria era ver a Patrulha Pata e beber leite (sendo este o único alimento que ela sempre aceitou bem ao longo da semana!)... Bendita Patrulha Pata! Acho que vimos 20 vezes cada episódio da semana! Mas foi o maior remédio dela, pois só nesses momentos em que via a Patrulha Pata, conseguia dar-lhe algum alimento que não fosse leite!! 
Na sexta-feira a pediatra quis vê-la... Tratava-se de uma adenoidite (nunca tal tinha ouvido falar!) e ela teve sorte da expetoração estar na zona facial, pois se tivesse permanecido nos pulmões teria sido bem pior (temos de olhar para o lado positivo da coisa!)... E pronto, receitou-lhe um antibiótico, continuar com o xarope e muita água do mar...

Depois de 4 dias em casa fechadas as duas + faltar ao trabalho 2 dias (e ao almoço de natal que tinha marcado com os meus colegas para a sexta-feira em que fiquei em casa) + faltar às festinhas de natal da natação e à da SATA já marcadas para sábado + os 5 dias de antibiótico, a coisa voltou mais ou menos ao sítio. Ela ainda ficou fanhosa mais uns dias, mas a tosse foi cada vez menos e deixou, logo ao 2º dia de antibiótico, de ter febre e de vomitar... 

Olho para trás e penso "Perdi alguma coisa?!" a resposta é um redondo e grande "NÃO"! Faria tudo de novo pela minha M. e qualquer evento que exista nunca será mais importante do que ela, do que a saúde e bem estar dela, do que a possibilidade de estar com ela!...

2 comentários:

  1. Concordo com cada palavra. Por aqui, as duas doentes. :P Melhoras para a Matilde. Beijinhos

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