terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Hoje é o dia da UAL, a minha universidade!

Como expliquei aqui, a minha ida para a Universidade, foi um tanto atribulada. A escolha pela Universidade Autónoma de Lisboa foi quase que instantânea. Perante 3 opções que tinha, mal pus os meus pés na UAL, senti que era ali que queria ficar nos próximos anos. Não sei o que foi, mas que senti uma empatia forte por aquele edifício lá isso senti. Na verdade, os primeiros tempos (adaptação) não foram fáceis para mim. Também não foram fáceis muitos outros momentos ao longo dos 4 anos de curso que tive naquela instituição. O pior momento que tive, depois da adaptação, foi o ter de aceitar perder uma cadeira injustamente (a única de todo o curso!). Ainda hoje digo que foi injusto. Mas, graças a Deus, superei esse problema e consegui fazer a cadeira no ano seguinte.
Bom, tristezas à parte, a UAL para mim foi uma revelação boa! Tirando o facto de que gostei dela logo no dia que pus lá os pés pela primeira vez, tive muitas outras alegrias lá dentro. 

As condições de estudo eram maravilhosas. Havia uma sala de informática, à qual podíamos aceder à internet (na altura ainda era uma coisa rara nas casas particulares!), podíamos fazer trabalhos a computador (nem todos tinham computador em casa!) até às tantas da noite (acho que só fechava às 23h). 
A Biblioteca também era muito boa, embora eu fosse "alérgica" a estar e permanecer por muito tempo lá (sempre gostei de me rir e falar à vontade e na biblioteca isso nunca é possível!). 
O bar era magnífico. Tinha inclusive uma espécie de "jardim" interior, ao qual chamávamos "átrio". Era onde eram realizadas as provas dos caloiros e onde muitas vezes atuei em tuna. Em dias normais, o pessoal sentava-se lá e conversavam, riam-se, tiravam dúvidas com os colegas, liam,... A comida que eles serviam no bar/refeitório era deliciosa. Não me lembro de nenhuma refeição que eu não tivesse gostado. 
O pessoal que lá trabalhava, em toda a universidade, era no mínimo espetacular e extremamente simpático. Recordo-me com muito carinho de um senhor que era lá contínuo (nunca soube o nome dele), que me fazia lembrar fisicamente do meu avô Manuel Jacinto, que tinha sido da agente da PIDE, mas que era de uma educação e delicadeza incrível (e eu sempre achei isso admirável!). Falava muitas vezes com ele...
Os funcionários da Secretaria eram prestáveis e super simpáticos. Tentavam ajudar o aluno ao máximo. Falo por mim que recorria muito à secretaria para ter os meus documentos de estudante açoriana assinados e carimbados para depois ter o desconto na viagem. Havia lá um Sr (Fernando Ferreira) que comigo foi sempre um encanto, desde o primeiro momento sempre me estendeu a mão quando eu precisava de alguma coisa da secretaria. Em contrapartida os meus pais sempre lhe enviavam um miminho de S. Miguel como forma de agradecimento por ele ajudar sempre a filha deles lá na universidade.
As pessoas da Reprografia, uma família de indianos, nunca tinham mãos a medir para a quantidade de pedidos que tinham (eram livros e livros para fotocopiar!), mas mesmo assim sempre foram simpáticos comigo. 
Os professores que lá lecionavam eram, na sua maioria, do melhor que há. Óbvio que também existiam as "nódoas" e eu tive algumas, mas a maioria eram bastante acessíveis, mesmo alguns sendo escritores conhecidos da nossa sociedade. Sempre eram pessoas humildes e não andavam a vangloriar-se dos estudos que tinham ou dos livros que escreviam, como presenciei um professor da Universidade dos Açores fazer isso! Foi do piorio, uma falta de classe medonha!... 
A maioria dos colegas era acessível. Comigo sempre foram impecáveis, tirando um ou outro mais esquisitinho, mas esquisitinhos existem em todo o lado, portanto, não é por aí. Tenho hoje bons amigos que foram meus colegas de turma ou só mesmo da universidade.
O pessoal da tuna, ou melhor das tunas, falo da minha e da masculina, foram sempre impecáveis comigo. Gozavam com a minha pronúnica, é certo, mas foram sempre muito meiguinhos comigo e tenho muitas e só boas recordações de todos eles.

Hoje é o dia que se entregam os diplomas na UAL. Só participei neste evento no dia que fui receber o meu, a 13 de Dezembro de 1999. Esse dia era feriado para o pessoal da Universidade. É nesse dia que vemos a maioria dos nossos professores vestidinhos com aquelas roupas esquisitas e chapéus super engraçados. Lembro-me que um dos chapéus é assim com bolinhas penduradas! Super engraçado. Aquelas roupas têm significados consoante o nível de ensino que cada um tem, eu é que não os sei de cor!


Para que conheçam a minha universidade, aqui fica o vídeo:

E eis alguns comentários de alguns alunos:

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