sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

O Natal também me deixa assim...

Aproxima-se a noite de Natal e com ela também chega a nostalgia por tempos passados... lembranças de momentos vividos com aqueles que já partiram do meu mundo e que me deixam tanta saudade... os meus avós: a bisavó Beatriz, o avô Manuel Jacinto, o avô Sousa, a Alzira e a mais recente que partiu, a minha avó Maria dos Anjos... Que saudades dos beijinhos, de ouvir as vozes deles, dos abraços, dos sorrisos... Tenho a certeza que vão permanecer na minha memória o resto da minha vida, mas custa tanto tê-los em memória apenas... Em vida criamos laços. Esses laços são criados pelo sangue, por pessoas, por momentos. Ficamos presos uns nos outros, entrelaçados até sempre (uns mais que outros, claro!)... E é esse sentimento chamado de AMOR (o verdadeiro!) que nunca termina que nos mantém presos uns aos outros, mesmo que a morte nos separe...
Lembro-me da viagem quase silenciosa que fiz ao lado do meu irmão e junto com a minha M., em direção a Santo António, no dia que a minha avó morreu. Lembro-me do que senti ao chegar a Santo António. Lembro-me de sentir que um dos laços que me ligava àquela freguesia se tinha quebrado nesse dia em que ela respirou pela última vez. Lembro-me de sentir um vazio no meu coração... como se parte da minha história no Nordeste também tivesse ido com ela, como se a minha freguesia deixasse de ser um pouco minha, do pouco que ela já é...
Nesta quadra natalícia, abracem muito, beijem muito, amem muito, perdoem, sorriam... nada mais importa a não ser: sermos felizes uns com os outros... Um dia, tudo acaba... 


Sem comentários:

Enviar um comentário