quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Já passou um ano...

Desde bebé que a minha M. tem um gosto nato por música e dança e... no verão de 2017 percebi que ela vibrava sempre que via folclore. Então perguntei-lhe se ela gostaria de aprender a dançar folclore, ao que me respondeu afirmativamente. Contactei o Grupo de folclore da nossa freguesia no sentido de saber se seria possível experimentarmos, uma vez que ela, na altura, apenas tinha 3 anos e, a entrar, seríamos as 2. Não fazia sentido eu entrar e ela não, visto que ela é que tinha maior interesse e, das 2, era quem vibrava mais. Foram super simpáticos e reagiram afirmativamente à minha pretensão. Ora... era óbvio que ela ainda não tinha idade (e ainda não tem!) de aprender os passos como deve ser, mas eu entrando no grupo e aprendendo, seria uma forma dela estar ligada ao folclore e, observando também aprendia (e aprendeu!).

Chegou o dia do primeiro ensaio. Estávamos no dia 15 de novembro de 2017. Dia do aniversário do meu pai. E lá fomos as duas... Ambas um pouco envergonhadas. Eu mais que ela, confesso. E, a verdade é que foi ela quem me ajudou a "enturmar" no grupo. O primeiro ensaio foi meio complicado... Não conhecíamos ninguém, mas todos foram muito simpáticos connosco. Ainda aprendemos uns passos e dançamos o Pézinho da Vila... A parte mais difícil foi mesmo ela não poder entrar na roda e deixar que eu fosse...
Depois do primeiro ensaio não sabia se ia voltar ou não... mas a minha filha quis voltar e nós voltamos sempre que pudemos... Ela já me deixava dançar e no fim do ensaio pedia para também ela dançar e... os dançarinos faziam-lhe a vontade! Muito obrigada pela paciência de ainda dançarem mais 2 músicas no fim do ensaio: o Irró pela Matilde e o Pézinho da Vila pela Susana, outra menina ligeiramente mais velha.

Sou uma pessoa por natureza simpática. Normalmente sou ainda mais com quem é simpático comigo. Mas isso acontece com o tempo e com a confiança que me é dada. No grupo não foi diferente. Às vezes posso até ser mal interpretada, mas esta é a minha maneira de ser. Rio (adoro rir!), brinco com quem me dá liberdade para tal, deixo que brinquem comigo, e gosto de me dar bem com toda a gente. Óbvio que não podemos agradar a todos, nem Jesus agradou. E, óbvio que eu, que não sou ninguém, também não! Dou-me bem com todos, mas, claro, que sou mais próxima de quem tenho maior afinidade e agora também de quem é simpático com a minha filha. A vida é mesmo assim. E ser mãe também é agir assim, mesmo que inconscientemente...

Passado um ano, depois de quase 100 exibições, nas quais participamos à maioria, o sentimento de dever cumprido é compensatório. Se foi cansativo?! Sim, foi um verão de muitas exibições, portanto bastante cansativo. Semanas de 4 e, às vezes, 5 e 6 exibições. Complicado gerir..., mas com espírito de sacrifício e com vontade tudo se consegue (e não é só no mundo do folclore!). Por outro lado, ter tantas exibições permitiu dar algum movimento à nossa vida, além da escola/trabalho e casa... Portanto, o balanço é positivo! Só tenho a agradecer às pessoas que fazem parte do grupo pela amizade que nos têm oferecido, assim como todo o carinho com que nos receberam, assim como toda a paciência que têm comigo e, principalmente, com a minha M. Obrigada.



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