terça-feira, 16 de maio de 2017

Relações em mutação

As relações afetivas estão em constante mutação. Da mesma forma que a evolução tecnológica avançou, também as nossas relações afetivas mudaram. Se antigamente os casamentos duravam uma vida, hoje as pessoas já não estão sujeitas a ter de "aturar" certas coisas do outro e, muitas vezes, aparece o desequilíbrio entre aquilo que esperamos do amor e aquilo que é o amor hoje. Se antigamente o amor era "para sempre e um não vivia sem o outro", hoje já não funciona assim. Hoje espera-se que haja respeito, prazer em estar junto, claro, mas também espera-se que exista alguma independência e prazer em estar sozinho (ou melhor dizendo "sem o outro!"). 
Bom... como perfeita Caranguejo que sou, essa nova teoria do amor custou-me a entrar na cabeça, mas agora sim, prezo muito a minha individualidade e sou capaz de sair ou fazer algo que me dê prazer a mim, enquanto pessoa individual, sem ter de me subjugar ao "outro" ou àquilo que ele quer fazer. Por isso, hoje em dia, é muito normal vermos pessoas "sem o outro do casal" em alguns eventos. Eu faço muito isso! Se não o fizesse, provavelmente ficava enjaulada em casa. Aprendi a "sobreviver" a este novo tipo de amor. Se sinto falta daquele outro amor de antigamente?! Sim, sinto. Às vezes mais do que queria. Mas também gosto de estar comigo, gosto de mim e, se calhar, no "outro amor" não teria lugar apenas para mim. Nem sempre é fácil para mim saber lidar com este "novo amor", mas é aquele que me permite fazer aquilo que gosto de fazer, quando me apetecer e sem cobranças de maior. É a teoria do "Eu gosto e desejo a outra pessoa, mas não preciso dela, pois sou feliz na mesma.".

Ontem é que foi o dia, mas todos os dias são dias de comemorar a vida.
Uma vida quase...!

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