quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Tag: o meu animal de estimação

Decidi fazer este tag por causa da minha amiga que, infelizmente viu-se na situação muito triste de ter de dar o seu gato (conheça a história do Acácio aqui e aqui). Espero conseguir ajudá-la nesta causa (estou a trabalhar nisso queria!). Vi o tag que ela fez sobre o Acácio e eu fiquei cheia de saudades do meu bichano...
C. quero dizer-te que compreendo o que possas estar a sentir. Graças a Deus nunca tive de tomar uma decisão como essa, mas infelizmente tive de tomar a decisão de dizer adeus ao meu gato, por o seu veterinário (e meu grande amigo) não garantir qualidade de vida para ele... uma história também muito triste. Nem imaginas as saudades imensas que tenho dele... (se calhar até imaginas, mas pronto!)
Bom, neste momento os únicos animais de estimação que tenho em casa são 2 tartarugas (o Cupido e a Carlota) e 1 peixe (que é o Pintas). Na casa dos meus pais, apenas resta 1 cão (o Kiko), que infelizmente também já está muito velhinho... Não vou falar deles aqui. Vou falar sobre o meu gato, aquele que foi o meu primeiro gato e o primeiro é sempre muito especial e este foi mesmo muito especial e ainda o é, apesar dele já não estar entre nós...

1- Qual é o nome do seu animal de estimação?
Shooby. Nome escolhido por mim. Antes de tê-lo já sabia que o ia chamar assim...

2- Qual é a espécie e a raça dele?
O nome científico é "Europeu comum", mas traduz-se em rafeiro mesmo, sem pedigree, mas um tigre em ponto pequenino: amarelo.

3- Qual a idade?
Viveu comigo 11 maravilhosos anos.

4- Como o adquiriu?
Quando estive no Canadá, em casa dos meus tios, durante as férias, resgatei um gatinho bebé da rua, em segredo, que era amarelo tigrado. Queria trazê-lo para cá, mas os meus pais não deixaram. Ficou com um dos meus primos. Aquele gatinho nunca me saiu da cabeça.
Anos depois, um dia fui ao Colombo, em Lisboa, e era sempre obrigatória a paragem na loja de animais para distribuir umas festinhas pelos animais que lá estivessem. Uma das vendedoras tinha no colo um gatinho muito parecido àquele do Canadá. Queria ficar com ele, mas já tinha dono. No entanto, a rapariga disse-me que tinha um anúncio lá na loja de gatinhos tigrados para dar em Casal de Cambra. Liguei para a dona dos gatinhos e combinamos encontrarmo-nos. Ela veio com 3 gatinhos tigrados que só no dia seguinte fariam 1 mês. O Shooby era o único que tinha as 4 patinhas brancas, como se estivesse a usar pantufas. Escolhi-o a ele por isso e por ter sido o primeiro a chegar-se para mim.

5- O que ele mais gosta de comer?
Ele sempre foi boa boca. Comia tudo o que lhe dessem e por isso mesmo tinha sempre medo quando ia para o quintal dos vizinhos. Não fossem eles por veneno de ratos e ele fosse lá petiscar qualquer coisinha... Graças a Deus os vizinhos dos meus pais avisavam sempre quando o faziam...
As comidas que ele mais adorava, mesmo à loucura, daquelas que só ao sentir o cheiro vinha ele, estivesse onde estivesse, a correr fazendo gemidos engraçados era fiambre, camarão e melão/meloa (e acreditem, ele comia melão/meloa como uma pessoa!!!)

6- Há quanto tempo tem o seu animal de estimação?
Tive-o durante 11 anos e, se não tivesse levado a vacina contra a raiva que levou quando era bebé numa clínica no continente (porque como eu viajava com ele diziam ser necessário!!!! Nós só íamos para as ilhas do território português! Não íamos para África!!!), poderia muito bem estar ainda connosco, já muito velhinhoooo...

7- O que ele faz que é muito engraçado/fofo?
Ele sempre foi muito engraçado... Vou contar algumas coisas que ele fazia que sempre achei engraçado:
- Ele a comer melão/meloa ficava muito engraçado, porque eu cortava-lhe fatias e segurava-as e ele ia trincando o melão às dentadinhas e viam-se as marcas dos seus pequenos dentes da frente... 
- A comer camarão também era giro, porque mal ele sentisse o cheiro, vinha logo para o nosso colo (coisa que muito raramente fazia) e ponha a sua pequena cabeça entre as nossas mãos (a descascar o camarão) e a mesa a ver se lhe calhava algo.
- Também era muito engraçado quando andava comigo de carro, quando vivíamos em Lisboa. Ponha as patas de trás no banco de trás e as patas da frente atrás do meu banco e ia sentindo o vento da minha janela, como se fosse um cão. Em dias de muito sol até metia a língua de fora (!!!!). Às vezes também ia na parte de trás do carro deitado como um peluche ou à frente em cima do tabliê (safou-me de algumas paragens de STOP da PSP com esses "pequenos truques", porque os senhores agentes achavam piada!).
- Ele não podia ver um elástico de cabelo ou um saco dobrado abandonado... o elástico nunca mais ninguém o via... quanto ao saco, ele só parava quando o conseguia desdobrar... 
- Ele adorava brincar com um papel amassado ou com a ponta da caneta enquanto eu escrevia... Ah e também adorava por-se exatamente em cima do livro que estava a ler ou em cima do ecran do computador (hoje com os plasmas seria mais difícil), ou em cima dos carros...
- Ele era bastante paciente, principalmente quando me dava aqueles ataques de o apertar tanto de tanto amor e ele simplesmente gemia e respirava fundo...
- De manhã era um chato. Quando ele via a luz do dia ou ouvia algum despertador tocar ele já sabia que era a hora de comer, então descia as escadas às corridas e, se via que não vinha ninguém atrás dele, voltava a subir (sempre a altas velocidades) e andava de roda das pernas a miar como um esfomeado, até descermos as escadas e lhe darmos comida... Esta era a parte mais chata dele...

8- Como é a sua relação com o seu animal de estimação?
Era a melhor possível. Apesar dele não gostar lá muito de colo (só o aceitava quando viajava comigo de avião por simpatia dos, agora, meus colegas de bordo, ou quando comíamos camarão), era um gato bastante companheiro. Era um gato que nunca me deixava sozinha. Para qualquer sítio onde eu fosse, inclusive para a casa de banho, lá ia ele e deitava-se ali aos meus pés à espera. 
Se ele sentisse que eu estava triste, em vez de dormir aos meus pés, como fazia sempre (e que bom que era), dormia ali na zona da minha barriga, para eu o sentir mais perto. E às vezes até começava a dar-me beijinhos... 
Ele era no fundo uma espécie rara de cão, pois além do facto dele saber andar de trela (fruto de andarmos pouco a pouco em aeroportos, não fosse ele fugir) e andar de carro como se vêem os cães andar, ele também vinha quando eu o chamava pelo nome ou apenas a estalar os dedos (às vezes ele lembrava-se que era um gato e era preciso chocalhar a comida dele!).

9- Situação engraçada que aconteceu entre vocês.
Tantas... Em 11 anos tivemos algumas situações caricatas.
- Logo no primeiro dia que o fui buscar, fui com ele, dentro da algibeira do meu casaco, ele era mesmo pequenino, do tamanho da palma da minha mão, jantar ao MacDonalds do Bairro Alto com uns amigos. Ele manteve-se sempre sossegadinho, acreditem ou não.
- Tantas vezes levei-o para o Colombo, dentro um casaco de malha cor-de-laranja que eu tinha e que tinha um fecho na frente (no início ficava na algibeira, depois quando cresceu, ia na zona da barriga - as pessoas pensavam que eu estava grávida! Depois cresceu tanto que passou a ficar no carro... lol).
- Sempre que ia viajar ponha-lhe a trela que lhe comprei para ele estar à sua vontade (q.b.) pelo aeroporto. Normalmente ou ia ao lado do carrinho das malas, ou então sentava-se em cima das malas e ia lá todo esguio como um rei. As pessoas admiravam um gato saber andar de trela... Ele sabia porque o "treinei" nos passeios que dávamos no jardim, para ele se habituar à trela e aos barulhos da rua, sem se assustar. E porque os passeios de domingo/sábado eram passeios de família e ele era efetivamente a minha família.
Quando vivia em Mafra, a minha senhoria tinha muitos animais, entre cães, gato, coelhos, pássaros,... Quando chegava a casa, em dias de bom tempo, como a minha casa dava para um pinhal, deixava a porta aberta para entrar ar e ele poder sair caso quisesse. Os cães da minha senhoria quando viam o meu carro chegar vinham logo ter comigo pois costumava dar-lhes bolachinhas quando tinha em casa. O Shooby ponha-se sentado à porta, tipo cão a defender a sua casa, para eles não entrarem...


10- Alguns apelidos/nomes que chama o seu animal de estimação.
Chamava-lhe muita vez de "Carrinho de choque", pois por vezes ele andava todo esticadinho e a ponta da cauda ficava sempre virada, semelhante ao carrinho de choque. Outras vezes chamava-lhe "Fofinho" ou "Meu peluche", porque apesar dele ser "rafeiro" tinha um pelo bem macio e apesar de curto, era mais felpudinho ali na zona da barriga e peito... Muito fofinho mesmo....


Tantas saudades que eu tenho do meu Shooby...





 



3 comentários:

  1. Muito obrigada pelo carinho Vera. Os animais despertam em nós um amor imenso e têm um amor imenso por nós também.
    O teu gatinho devia ser mesmo cómico e fofinho e é tão parecido com o meu Acácio. :P
    Agora mesmo o Milton vai vê-lo a casa do rapaz que ficou com ele.
    Muitos beijinhos

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