Estou desolada... Estou desolada como fiquei desolada em Janeiro por causa de uma bebé que eu nem conhecia pessoalmente. Essa menina cativou-me com o seu sorriso diário e com a sua força de lutar contra um "bicho ruim" muito maior que ela própria. Todos os dias acompanhava a sua página sempre com esperança que um dia iria ler "a Matilde venceu", mas essa frase nunca apareceu. Ao invés disso, veio a notícia de que o maldito levou a melhor! Ela tinha 16 meses!!! Escrevi um texto sobre ela, quem quiser ler, clique aqui.
Depois disso, continuo a acompanhar histórias semelhantes... Hoje partiu o Duarte (pode conhecer a história dele aqui ou aqui)! Um menino de 15 meses que tinha tudo para viver e crescer bem, mas não tinha saúde suficiente! "Já nada mais havia a fazer", a célebre frase que todos temem ouvir, mas os pais não desistiram de procurar a cura do filho, tal como eu nunca desistiria da minha filha... É impossível desistirmos de um filho!... Tudo pela minha filha! TUDO!
Nestas alturas, como em tantas outras, eu tento colocar-me no lugar destes pais e não consigo. Não dá. O que devem sentir?! Primeiro impotência, acho. Depois, quando o pior acontece, imagino que se sintam "sem chão", no mínimo. É o que eu, enquanto mãe, imagino que se deve sentir. Sem chão e sem nada. Se calhar é isso que se sente. Não sei. Nem quero ter oportunidade de saber (perdoem-me o egoísmo!). Apenas sei que não é justo! Não é justo para uma mãe, para um pai, para uma família e muito menos é justo para a criança viver em sofrimento, lutar contra um "dragão" tão gigantesco, tão cruel. Apetece-me colocá-lo na minha mão e esmigalhá-lo com toda a minha força, até ele se sucumbir, transformar-se em nada e desaparecer. Se eu pudesse fazer isto! Não é justo e nem devia ser permitido no nosso mundo tanto sofrimento em seres tão pequeninos. Não é justo. Nada justo.
Aos pais do Duarte, hoje que é assinalado "o dia dos filhos" (curioso!), sejam mais um pouco verdadeiros pais do Duarte, como sempre foram e sejam fortes como ele foi. Sejam grandiosos como ele foi, pois tão pequenino teve sempre uma coragem gigantesca para enfrentar um bicho tão feio e horrendo... Muita força! Não vos conheço, mas admiro-vos!
Maldito sejas! Cancro estúpido! Devias padecer de cancro para ver se gostas! Maldito, maldito maldito! 1000 vezes maldito! E não há mesmo ninguém que encontre cura para esta maldita doença?! NINGUÉM mesmo????
Sinto cada palavra tua Vera ...sinto uma tristeza enorme ,gigante perante cada noticia dessas...meus ricos meninos...não tenho palavras...apenas lágrimas me saem
ResponderEliminarÉ muito revoltante...
Eliminar