O desafio desta semana é para dizer o que me deixa sem graça... Responder a este desafio é como despir-me, pois ao respondê-lo vou apresentar-vos as minhas fraquezas... Mas desafio é desafio e por isso, aqui vai:
- falar em público.
Já dei aulas e nunca fiquei sem graça. Sempre dei aulas à vontade. Mas falar para um público que não sejam os meus alunos fico totalmente desarmada, cheia de calor, faltam-me as palavras ou fico desléxica... é um cabo dos trabalhos...
- ser surpreendida com algo romântico em frente a terceiros.
Nunca gostei disso. Prefiro algo mais íntimo. Fico sem graça na mesma, mas ao menos só tem lá uma testemunha para assistir ao meu momento "sem graça"...
- ser confrontada em frente às pessoas.
Da mesma forma que não gosto de demonstrações exageradas de afeto, não gosto que "briguem" comigo em público. O que for para dizer de bom ou mau, que seja em particular.
- quando a minha filha faz birras em público.
Só me apetece procurar algum buraco onde me enfiar. Além de me deixar sem graça também me deixa fula. O que vale é que não sou brindada com esse cenário muitas vezes.
- quando a minha filha pergunta, ainda que baixinho, por ex. que a amiga lhe dê o seu brinquedo, ou se pode ir para a casa dela, à frente dela.
Sei que é uma atitude que tem de ser trabalhada e tenho vindo a trabalhar nela, mas o que é facto é que me deixa mesmo sem jeito.
- quando alguém me confronta no trabalho por algo que fiz de errado.
Evito errar sempre, mas quem trabalha erra e quem trabalha com várias coisas ao mesmo tempo erra ainda mais. Infelizmente não podemos ser perfeitos em tudo, embora desse bastante jeito ser lá de vez em quando.
- quando me chamam na rua para dizer que estou descomposta.
Uma vez estava eu a andar na rua, muito bem na minha vidinha com os meus pensamentos. Era verão. Estava calor. Tinha um vestido de alças beje (que depois desse incidente nunca mais o vesti!) e uma mochila às costas. A dada altura vem uma rapariga que eu não conhecia ter comigo. Diz-me que o vestido está preso à mochila e por isso estou praticamente sem vestido... Eu agradeci ao mesmo tempo que me recompunha, mas eu não sabia onde me havia de enfiar com tanta vergonha que senti... Afinal, desde quando estava a andar assim na rua?!
E... penso que, assim de repente, é isto que me deixa assim ligeiramente p'ó corada e sem saber bem o que fazer...
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