quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Levar as criancinhas à missa, sim ou não?!

Na passada quinta-feira foi a missa do 7º dia da morte da minha avó e, claro, lá fomos todos nós, incluindo a minha M., à missa rezada por alma dela que foi realizada na igreja de Santo António Nordestinho. Ela sabia que ia à missa da "avó Maria dos Anjos, que mora com o Jesus lá no céu e lhe envia beijinhos através do brilho das estrelas".

Desde que a M. era bebé (mesmo antes de ser batizada!) que fiz questão de a levar à igreja e às missas que ia. Normalmente vamos à missa de domingo de Santa Clara, rezada pelo Padre Norberto Brum (que eu adoro!) ou à missa de sábado à noite da Fajã de Baixo, rezada pelo Padre Paulo Borges (que também adoro!). Escolho estas missas, pelos seguintes motivos:
- ambos os padres são espetaculares a dar uma missa. Tornam-nas cativantes e muito emocionantes;
- ambos os padres também são o máximo quanto à presença de crianças na igreja: não brigam, nem olham de lado porque fazem barulho, não os mandam para fora (infelizmente há padres que fazem isso!),...;
- ambas as igrejas (mais a de Santa Clara) têm espaço para as crianças estarem à sua vontade, não tendo de obrigá-las a ficar sempre no mesmo local durante 1h seguida (o que, para quem não sabe, é realmente difícil para as crianças, já que o tempo de atenção das mesmas é muito curto!);
- no caso da igreja de Santa Clara, o padre faz questão que as crianças se sentem nas escadas do altar perto dele (aquelas que quiserem...) e a minha M., embora ainda não tenha permanecido lá durante uma missa inteira, sente-se à vontade para ir e vir, pois os outros meninos a ajudam a subir e a descer as escadas...

Na missa do 7º dia da minha avó, ela era a única criança. A igreja é enorme para a quantidade de pessoas que existem na freguesia (muito mais para uma missa durante a semana!), por isso qualquer som ecoa naquela igreja. Combino sempre com ela antes das missas que na missa não se pode falar alto. Então ela tenta cumprir com o combinado, mas nem sempre consegue e vou relembrando o que combinamos ao longo da missa. Cativa-lhe os Santos que existem nas igrejas. Não era à toa que nas festas religiosas deste verão (e do passado também!) ela pedia sempre para ir à igreja vê-los. Admirava cada Santo, perguntava o nome deles (tive de aprender alguns para lhe dizer!), impressionou-se com alguns e ficava a falar disso durante alguns dias, via se tinham doi dóis ou não. Se tivessem ela queria dar beijinhos para eles ficarem melhores (como eu faço quando ela faz algum doi dói! Tenho beijos milagrosos!!!), se não têm, ela diz que não têm porque a M. lhes deu beijinhos! 

Sinto que ela é/está muito ligada a Jesus e ao que é religioso, tal como eu prometi fazer no dia do meu casamento "ter filhos e educá-los segundo a lei católica, na qual me insiro". Enquanto eu puder, este será o meu ensinamento, pois eu acredito que com a ajuda de Jesus é mais fácil viver e eu quero que ela tenha uma vida longa, saudável e feliz, sempre com Jesus no coração. No entanto, se ela, quando crescer, quiser seguir outro caminho é livre para isso... 

Esta conversa toda para dizer que a forma como os padres das nossas igrejas lidam com crianças  (e com os pais das crianças!) ajudam muito na ligação que eles podem criar com a igreja. Ambos os padres que mencionei, mais um ou outro que conheço (não posso deixar de também falar do meu querido amigo padre Emanuel Valadão!) são, sem dúvida, seres cheios de luz e mensageiros de Jesus, pois agem com as crianças tal como Jesus agiu com elas durante a sua passagem pelo mundo.

Para conhecerem ainda os ensinamentos do nosso Papa Francisco quanto à participação das crianças na missa, deixo aqui o link que me fez escrever este texto. De facto, este Papa é um ser muito iluminado!

Jesus disse: "Deixai as criancinhas virem a mim e não as impeçais, pois delas é o Reino de Deus."
Lucas 18, 15-17
Mateus 19, 13-15
Marcos 10, 13-16

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