quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Vou voar hoje...

Sempre gostei de andar de avião! A primeira vez que o fiz (que me lembre!) tinha eu 10 anos, quando fui pela primeira vez a Lisboa, junto com os meus pais e irmão. Sei que foi muito emocionante, mas sinceramente não tenho grandes lembranças! A viagem mais emocionante foi quando, aos 18 anos, fui ao Canadá, em pleno mês de Julho. Vimos as ilhas todas dos Açores e ainda tive o bónus de na viagem de regresso ter um buraco de ar, no qual o avião desceu uns bons metros! Juro-vos que vi o meu coração, estômago e pulmões tocarem lá em cima no teto do avião. Depois disso, comecei a ter algum receio. Para piorar os meus medos, comecei a ser passageira frequente na rota Ponta Delgada - Lisboa, por ter ficado na Universidade Autónoma de Lisboa. Digamos que apanhar um avião todos os dias para chegar à universidade não era assim muito producente, por isso, as minhas viagens eram de ida e volta, com permanência pela capital de alguns meses. Acontece que no meu primeiro ano em Lisboa, por ter sido muito difícil para mim estar longe da minha família, toda a brechazinha que tinha na universidade, pedia sempre aos meus pais para cá vir, nem que fosse 1 semana só. Eles acederam sempre! Grandes pais, os meus! Passei alguns sustos a bordo dos aviões que ia, até que chegou o dia em que decidi que não ia ter mais medo de andar de avião (quer dizer, aquilo sempre mete respeito, mas pronto!). Para que é que ia estar ali a pensar que aquilo ia cair, se podia muito bem desfrutar de uma viagem calma e de uns cenários dignos de encher a vista (na aproximação e no afastamento dos locais)? E vai dai, sempre que a porta se fechava (e aquilo quando se fecha, fecha-se!), dizia sempre para comigo "Seja o que Deus quiser!" e lá ia eu... e lá fui eu sempre... 
Quis Deus que a minha vida passasse pela aviação propriamente dita e vai daí comecei a trabalhar na SATA, companhia aérea mais antiga de Portugal, e por sinal, com origem nos Açores. Por causa do meu trabalho comecei a ter de viajar com alguma frequência. Tive algumas viagens excelentes e outras menos tranquilas, mas sabem que mais?! Depois de viajar muito, com a pasmaceira que é ter um voo tranquilo, em que vamos naquele dorme - não dorme, acorda - não acorda, come - não come, chego à conclusão que alguma turbulência só vem dar alguma piada à coisa. Digo alguma turbulência, porque óbvio que ninguém gosta de apanhar nenhum susto a milhas da terra (digo eu!).
Ironia do destino, um dos projetos que tenho em mãos (Happy Flyer) é exatamente ajudar pessoas que tenham medo de viajar de avião e eu nunca pensei que existissem tantas pessoas com esse medo. Mas elas "andem aí"!...
Tudo isto para dizer que hoje vou voar até à ilha Terceira, por acaso num dos aviões mais pequeninos da SATA, o Dash 200, curiosamente aquele que ainda não experimentei. Será uma aventura boa! A minha M. vai vibrar por ir andar de avião, da mesma forma que ela vibra sempre que os vê lá no ar!...

Até jáááááá...

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