Este mês já tive o meu momento mensal de tortura

No máximo 1 vez por mês tenho pelo menos 1h de verdadeira tortura. Refiro-me àquele momento que a maioria das mulheres tem: a depilação a cera.

Desde os meus 15 anos e até há 9 anos atrás fazia-a num salão exclusivo de depilação, onde só trabalhavam 2 senhoras, a S. e a P., mas os preços não eram muito convidativos e eu dizia sempre à minha mãe que tínhamos que mudar. Até que o Compacto e Elegante abriu mesmo (quase) ao lado da casa dos meus pais e foi "remédio santo". Esteticista e cabeleireiro mesmo ali ao lado e com preços bastante acessíveis. Estávamos no céu! E, mal abriu, mudámo-nos de zona de "tortura". Desde aí que eu só faço a minha depilação com a minha Sara, salvo raríssimas exceções, que eu tento evitar quase sempre (as minhas depilações são muitas vezes alvo de alterações, consoante as férias dela!). Outras vezes faço com ela e com a Catarina que também é excelente. Quando são as 2 ao mesmo tempo, quase que não tenho tempo para respirar, nem sentir a dor, pois uma tira de um lado, outra de outro e o meu psíquico fica confuso sem saber como e quando reagir à dor. É atribulado, mas vale pelas galhofas que fazemos as 3. Desta vez foi mesmo uma cena "intimista" com a Sara. A Sara é uma doce menina que há 9 anos depila o meu corpo com o à vontade que eu gosto e me deixa tranquila (porque sou assim para o tímida!). Hoje, considero-a também minha amiga, além de esteticista. Apesar disso, dela ser bastante acessível, uma excelente profissional, de passar a o tempo todo a dizer "está quase" na voz mais doce do salão e de passarmos o tempo todo na tagarelice e a rir uma com a outra, aquilo dói que se farta! Às vezes tenho de respirar fundo, outras sustenho a respiração e paro de falar, com esperança de poder amenizar aquela dor, que é fininha, cruel e chatinha... E ela conhece os meus sítios mais dolorosos e compreende e respeita o meu tempo. Sinto à vontade para dizer "espera um bocadinho", para ajudá-la se for preciso, de segurar-lhe no braço, quando preciso de apoio,...

A única vez que levei a minha M. à depilação comigo (só a levei porque era coisa pouca e rápida!), fartou-se de chorar lágrimas gordas. Não queria que a Sara tocasse em mim. Ela disse que era normal isso acontecer, pois outras crianças já o tinham feito lá no salão. O que vale é que foi uma coisa rápida e a Sara foi sempre muito meiguinha comigo e com a M., que a colocou em cima da marquesa junto a mim, para aliviar a "dor" dela. Experiência a não repetir, pelo menos para já.

Ir à depilação não é assim uma coisa que goste muito, mas tem de ser. A nossa sociedade não está inclinada para deixar os pelos à solta e ainda bem, porque é uma cultura que não me atrai nada, apesar de tudo... Um dia vou voltar a investir no laser... Apesar de também ser doloroso, os resultados são magníficos.