quarta-feira, 1 de junho de 2016

Para quando o menino?!

Em dia da Criança, mas vou falar-vos de crianças... As minhas!

Sabem aquelas pessoas que perguntam sempre "Para quando um bebé?", ou se já tens um bebé menino "Para quando uma menina?, ou se tens um bebé menina "Para quando um menino?"... Conhecem alguém assim?!
Pois eu cá conheço muita gente assim...

Hoje, com a minha filha de 2 anos, começo a sentir a "pressão" do "para quando um menino?!", aliás, quando ela era mesmo bebé houve quem me perguntasse isso, ao que eu respondia simplesmente com uma cara de "What?!". Hoje já não fico com essa cara, mas na mesma não percebo porque é que as pessoas querem saber quando é que vamos terminar o trabalhinho de casa que Deus nos deu, porque 2 é que é. Será obrigatório termos 2 filhos?! Não poderei querer ter apenas 1, ou 3, ou 4 ou 10 (sim estou já no campo do excesso! Não se assustem!)?! Não posso querer aproveitar ao máximo esta filha que tenho até tomar uma decisão junto com o pai da criança? A minha M. ainda é muito pequenina, sei que vai sê-lo para sempre (pelo menos para mim!), e ainda precisa muito de mim. Ela teve a honra de ser a primeira, de poder ter a atenção do pai e da mãe só para ela. E isso é muito bom! Eu que sou a filha mais velha sei disso (embora o meu irmão tenha sido a melhor prenda que os meus pais me deram). Mais nenhum outro filho nosso terá esse prazer de "ser único", porque qualquer um que nasça já vai nascer com o título de irmão/irmã, ou seja, pressupõe que existe uma irmã maior, que também terá de aprender a conviver com um novo ser que será igual a ela na nossa família. Mas ela, a M., sempre existiu e este é o tempo dela e o nosso tempo só com ela. Ela é a prioridade. Quando vier o "a seguir" terão de ser ambos a prioridade. Cada coisa tem o seu tempo de acontecer e, normalmente, acontece sempre na altura certa!
Até lá, vou curtir a minha única filha até poder, brincar com ela, rir com ela, dar muitos, muitos beijinhos e receber outros quantos, trocar palavras que nos aquecem o coração e, simplesmente, amá-la só a ela...

2 comentários:

  1. Percebo exatamente o que dizes. A mim acontecia-me o mesmo mas antes de ter filhos. Eu simplesmente não pretendia ter filhos e a minha família passava a vida a dizer que "uma casa sem filhos é um jardim sem flores". Eu ficava possessa. Chateada mesmo. Para já porque acredito que a felicidade está dentro de nós e não nas condições exteriores e, depois, porque acredito que um casal sem filhos pode ser muito feliz mesmo.
    Por outro lado, principalmente na geração dos meus pais, muitos tinham filhos e não lhes ligavam nenhuma. Eram os avós que cuidavam de dia e de noite (foi o meu caso) e nem sempre eram porque os pais estavam a trabalhar, era mesmo porque os pais não tinham "pachorra" para crianças.
    Cada um sabe de si e o que é melhor e qual a melhor altura para ter um, dois, três ou dez filhos. É chato estarem sempre a repetir o mesmo. E menino? E se for uma menina? E se forem três meninas? Enfim...
    Há que não ligar porque, no fundo, as pessoas não fazem por mal. Acho que não têm a noção de que estão a ser chatas. Cada um sabe de si e o que é melhor. As pessoas têm sempre algo a dizer. A mim dizem-me da segunda gravidez: "Oh mas foi planeado?", "Já?!", "Olha que vai dar muito trabalho?!". Eu não ligo nenhuma, não me chateia muito. Antes chateava, agora não. Mas às vezes dá uma vontade de responder mais torto. :)

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    1. Tal e qual! Imagina se o dizem a ti num dia que dormiste com os pés de fora! Gostava de ver... :D

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