terça-feira, 14 de junho de 2016

O meu sotaque é genuíno

Todos já sabem que passei 6 anos da minha vida em Lisboa (o último dos quais foi em Mafra!) e adorei... Inicialmente não me sentia muito confortável a falar com as pessoas ou a participar nas aulas com medo que não me percebessem, mas aos poucos fui perdendo esse "problema"... Nunca falei diferente, nunca escondi o meu sotaque (alguns o fizeram e fica simplesmente ridículo quando alguém sai da ilha em Setembro e, no Natal, fala "à moda"!). Posso ter falado mais devagarinho para me fazer entender (só quando não percebiam à primeira!), mas quem me conheceu nessa altura, principalmente os amigos que fiz em Lisboa, sabem que sempre fui genuína quanto ao meu sotaque. Muitas vezes fui alvo de chacota, mas nunca levei a mal e sempre achei piada a tudo (até porque nunca me faltaram ao respeito!). Eu não era (nem sou!) diferente de nenhum deles, apenas falo com um sotaque diferente... :)

Escrevo este post por causa deste texto que li aqui, onde podem ver alguns dos termos que usamos cá (para aprenderem alguma coisinha de jeito!) e que achei imensa piada, pois existem alguns episódios engraçados que vivi e que nunca esquecerei durante a minha estadia na cidade "que se fala bem"!

Uma vez, em casa, a estender roupa, pedi à minha amiga P. que me passasse os "pregos" e ela ficou sem perceber para que queria "pregos" para estender roupa! Afinal o que eu queria era "molas". Ou quando dizia "pode ser água da fonte", quando devia dizer "torneira"; ou "passa-me a pana" quando devia dizer "alguidar", quando dizia "mapa" quando devia dizer "esfregona", entre tantas outras palavras que me faziam rir muito só de ver a cara das pessoas a olharem para mim como se eu estivesse a falar chinês...

Quem quiser aprender mais qualquer coisinha sobre o nosso "dialeto", aconselho vivamente este livro:

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