Há uns tempos venderam-me um bilhete de um sorteio daqueles que se fazem para as festas. Desta vez era a favor do Império da Trindade, um Espírito Santo da Criação Velha, um lugar que fica lá para a Ribeira Funda, pertinho da freguesia onde a minha avó materna e padrinhos moram. Foi um sorteio com muitos (e põe muitos!) prémios. Eram ao todo 64 prémios! Comprei um bilhete porque não costumo ter sorte nesses jogos, mas perante 64 prémios, um deles podia ser que me calhasse a mim. Pensava eu, na altura que o comprei... Os prémios variavam muito: era conjuntos de loiças, caixas de cervejas, garrafas de bebidas, eletrodomésticos, canas de pesca, produtos para a casa,... mas o prémio que mais chamou a atenção foi mesmo o 1º, que era uma vitela! Nunca tal tinha visto! Disse logo à N., que foi quem me vendeu o bilhete, que ia ganhar a vaca, na brincadeira. Por curiosidade coloquei o papelinho do sorteio no dia em que iam fazê-lo, que foi no passado dia 26 de Maio, só naquela para perguntar à N. ou à C., a colega que é da Ribeira Funda, a quem tinha saído a vaca.
No dia 27 de Maio fui ter com a N. e disse "Ganhei a vaca!". No início ela não acreditou, mas depois de confirmar com a C., que alinhou na brincadeira, disse que era verdade. Também disse à J., outra amiga cá do trabalho, que adora animais, e que trabalha com a C., que tinha ganho a vaca. Perguntei-lhe se ela tinha uma terra para colocar a vaquinha, caso contrário teria de colocá-la no congelador... Ela não queria que eu matasse a vaquinha e ficou pensando no assunto todo o fim-de-semana, inclusive também me enviou uma sms tipo "peditório" para não matar a vaquinha. Achei imensa piada à situação...
A verdade é que aqui nas horas de almoço durante uns tempos não se falava noutra coisa que não fosse a minha suposta vaca, que nunca chegou a ser minha, mas que até foi batizada de Vitória, pela C., se calhar a criatura que mais imaginação revelou ter. Foi bom provocar sorrisos nas carinhas que vejo todos os dias, sempre se desanuvia do stress do trabalho... Espero que nenhuma me tenha levado a mal...
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