Quando temos saúde, mesmo que inconscientemente, sentimo-nos acima de tudo. Tudo podemos dizer, fazer (magoar e falar mal dos outros, inclusive!). Com saúde podemos correr o mundo todo (desde que também haja dinheiro para isso!), podemos ser felizes da forma mais ridícula que, aos olhos dos outros, possa parecer, mas se somos felizes isso é o que importa. Mas não! Somos egoístas. Só pensamos em nós e no nosso bem estar. O resto do mundo não importa. Pior que isso é mesmo termos tudo - saúde, família, casa, trabalho, objetivos, algum dinheiro, amigos,... - e passamos a vida a queixarmo-nos!!! Achamos que a nossa vida é uma m#$%&, por mínimo que seja o "contratempo" que nos faz pensar assim. Alguns até se acham no direito de passar por cima de valores humanos, familiares, sociais para atingir aquilo que querem! Para quê?!
Mas... perante a falta de saúde a pessoa normalmente resume-se à sua insignificância na vida, porque é isso mesmo, sem saúde somos insignificantes, principalmente para nós mesmos. Só quem passou por algum momento em que se viu "preso" a uma cama, ou quem já viu alguém que ama "preso" a uma cama sabe do que falo! Ainda que façamos falta a alguém que nos rodeia e que pode, eventualmente, gostar de nós, olhamos para a nossa figura e vemos o quão frágeis somos, que de um momento para o outro podemos não estar cá, junto de quem amamos, mesmo que, em vida, tenhamos, de alguma forma, feito sofrer. Perante a falta de mobilidade, perante uma situação incerta quanto ao futuro, perante uma vida que se acabou, sem objetivos, o que nos resta?! Nada! Esperar a hora talvez...
É triste! Muito triste!
É triste! Muito triste!
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