segunda-feira, 9 de maio de 2016

Algumas das minhas táticas com a minha filha

A minha filha só começou a andar com 15 meses, embora tenha mostrado desde cedo que ia aprender a andar depressa, mas não. Prudente como sempre mostrou ser, só deu os primeiros passos em Maio de 2015 (curiosamente no dia antes do dia da Mãe!), quando se sentiu verdadeiramente segura para o fazer. Nunca fiz questão dela andar cedo (até porque sabia que ia correr a maratona atrás dela!). 

Cada criança tem o seu tempo para tudo. Nunca pressionei a minha filha para nada. Ela sentou-se quando quis, falou quando quis, andou quando quis, fez tudo no momento que se sentiu segura para tal. 
O que eu fiz?
Observei, incentivei, através de movimentos e gestos, conversei muito com ela (sobre tudo), levei-a para todos os sítios onde ia e sempre lhe expliquei onde íamos, o que íamos fazer,... Deixo aqui alguns exemplos do que fiz e ainda faço com ela:
- sempre que ia fazer compras (mesmo quando eram compras grandes) levava-a comigo, ia conversando no carro com ela a explicar-lhe que íamos ao hiper. No hiper, ela ia sentada no carrinho ou ia dentro de um cestinho daqueles que se puxam. Íamos pelos corredores e ia constantemente comentando com ela sobre o que estava nas prateleiras e mostrava-a... acho que isso fez com que ela conhecesse os produtos que usamos em casa; 
- quando cozinhava, colocava-a no colo (quando dava para fazer tudo ao mesmo tempo!) ou na espreguiçadeira no chão ou em cima da cadeira ao meu lado (desde que se aguenta em pé) e ia fazendo uma espécie de demonstração do que estava a fazer, dizia-lhe que ia descascar a cenoura, a cebola, que ia mexer o tacho, que ia colocar sal,... acho que por isso é que hoje ela também quer participar na elaboração das refeições lá de casa;
- quando estávamos à mesa com mais pessoas, dizia-lhe o nome de cada um e apontava para a pessoa em questão, com isso, ela desde cedo, mesmo antes de começar a falar, perguntávamos "onde está o X?" e ela olhava para a pessoa certa, aprendeu a saber quem era quem;
- desde cedo mostrou que gostava de livros, então, aproveitei esta dica para lhe construir uma biblioteca com alguns livros com imagens bem coloridas e víamos os livros muitas vezes (muitas vezes mesmo!). Posso inclusive dizer que só a partir dos seus 2 anos (ou pouco antes) é que ela se entretém a ver bonecos na televisão. Até essa altura, só conseguia parar em frente a uma televisão se puséssemos músicas da Xana Toc Toc. Preferia muito mais ver um livro ou brincar com os seus brinquedos do que ver televisão;
- durante as refeições (ainda hoje faço isso), pegamos nas letras íman do frigorífico (que o tio R. lhe ofereceu) e vamos "estudando" o alfabeto. No início comecei pelas vogais (que ela já conhece há algum tempo!), cantarolando músicas com as vogais e mostrando-lhe qual era. Depois comecei a pegar nas consoantes e vou dizendo "a letra V é a letra do nome da mãe (Vera), a letra J é o nome do pai (João), e por aí fora. Com esta brincadeira ela já reconhece o diminutivo "Bia", identifica o nome quando o escrevo e até consegue ir buscar as letras para construirmos o nome. Escolhi este nome porque é de uma prima que ela adora (adora mesmo!) e é fácil, pois só teve de decorar o B, pois as vogais já conhecia. Tenho feito o mesmo com os restantes nomes da família.

À medida que me for lembrando de mais dicas comprovadas com a minha experiência de mãe da M. vou partilhando. Atenção que as crianças são todas diferentes e, mesmo que sejam incentivadas podem conseguir fazer as coisas mais cedo ou mais tarde. Cada criança é uma criança. Devemos é aproveitar todos os momentos para partilhar amor e carinho com os nossos filhos. De certeza que a minha filha não se vai lembrar que eu utilizei essas técnicas com ela (só se ler isto!), mas tenho a certeza que se recordará que sempre lhe dei beijinhos e abracinhos e sempre dou logo que tenho oportunidade. Ela própria já os pede, como fez assim que acordou hoje. Uma delícia!

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