quarta-feira, 11 de maio de 2016

Não deve ser (é) fácil!

Já estive perante pessoas que tiveram de extrair braços, pernas, pés,... 
O meu primeiro contacto com alguém que passou por isto foi mesmo lá na freguesia onde eu morava. Era pouco mais nova que eu e, após ter caído, partido um pé e usado gesso durante uns tempos, houve uma complicação e não teve outra solução sem ser cortar parte do seu pé. Hoje ela é uma linda mulher, mãe e esposa, totalmente independente e aparentemente feliz.
Na época em que o meu irmão andou no hospital era raro o dia que não víssemos alguém sem um braço, um pé, uma perna, uma mão, um braço (e às vezes até sem 2 dos membros referidos atrás), não fosse um hospital oncológico ortopédico. Todos aqueles que andavam lá tinham os seus problemas nos ossos ou nos músculos em volta dos ossos. Quem já não os tinha comentava com toda a normalidade a sua experiência. Inclusive diziam que, nos primeiros dias após a extração dos membros, o psicológico da pessoa ainda assume que aquele membro existe e a pessoa continua a sentir dores na perna ou no braço que já não tem.
A semana passada voltei a deparar-me com esta situação. Por causa de uma ferida que infetou, a minha avó M., que infelizmente já não anda, teve de, nos seus 89 anos, passar por mais esta provação. Apesar de tudo, acho que perder as 2 únicas filhas que teve (uma com 4 meses e outra com 5 anos e meio) ainda quando era nova, mas que chora até hoje, lhe daria sofrimento suficiente para uma vida. Cá estaremos para apoiá-la em mais uma fase menos boa da sua vida.

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