sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Há motivos e "motivos"...

Disse aqui que não compreendia como pais/filhos podiam ficar zangados entre si durante uma vida. Continuo a não compreender, mas respeito quem o consegue. Às vezes a dor causada pode ser tão forte que afeta as nossas ligações mais fortes. Tenho na minha família um caso muito próximo desses e acho lamentável... Filhos e pais afastados de tal maneira que vivem como se nenhum outro existisse... Faz-me impressão, faz-me confusão... Eu não consigo aceitar a ideia que um dia isso aconteça entre mim e a minha filha! Para mim, não faz sentido... É uma verdadeira utopia... A minha filha é parte de mim, nasceu de mim, é sangue do meu sangue... Estar longe da minha filha mais de 24h é uma tortura... Faço tudo por ela e para ela... Mesmo...

Felizmente tive um pai e uma mãe que me transmitiram amor e valores que me fazem ser a pessoa que sou hoje, a eles devo a minha carreira, os meus valores, a minha religião e alguns dos meus gostos (gostar do Benfica é um deles! Ahahahah). Se calhar o facto de ter tido pais excelentes me faça ser complicado perceber a ideia de que existem pais e filhos separados/distantes. Obrigada aos meus queridos pais!...

Mas há pessoas que são grandes Mulheres e grandes Homens, mesmo tendo tido uma infância difícil. Há testemunhos de pessoas que viveram praticamente o inferno que podiam ter-se tornado verdadeiros "demónios" da sociedade, mas pela força interior que possuem, pela enorme vontade de ser uma pessoa melhor, de querer ter mais, conseguiram superar e lutar pelos seus objetivos de vida. "Filho de traficante não tem de ser obrigatoriamente um traficante". E são esses "filhos e filhas de traficantes" que não concordavam com a vivência que tinham, que tiveram força e determinação de se afastarem do que lhes fazia mal, do que não achavam correto e se tornaram pessoas maravilhosas, lutadoras, guerreiras que eu admiro profundamente, porque apesar de todas as "trapalhadas da vida" conseguiram dar a volta por cima e atingiram as suas metas.

Tu que me lês (e eu sei que estás a ler!), e te identificaste neste texto, quero dizer-te uma coisa: admiro-te muito (e cada vez mais!) e respeito qualquer que sejam as tuas decisões!

Obrigada por existires na minha vida!

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