terça-feira, 10 de abril de 2018

Será que tenho o síndrome do "burnout"?!

Outro dia li este artigo aqui e fiquei a pensar nele... Diz que muitos pais têm o síndrome de Burnout que é um qualquer síndrome que alguns trabalhadores têm devido a uma elevada carga emocional e stress devido a condições desgastantes de trabalho! Por outras palavras, cuidar de filhos cansa mais do que muitos trabalhos que andam por ai!... 
De facto que criar e educar filhos exige demasiado de nós: tempo, dedicação (muita!), paciência (muitaaaa!), atenção, perspicácia, olhos em cada canto da cabeça,... Há momentos em que queremos explodir, outros que só nos dá para agarrar os cabelos e gritar, feitas loucas maníacas, numa de evitar alguma educação à antiga, dias que nos deitamos na cama e "morremos" para o mundo... de cansaço extremo... Há noites que tenho a sensação que dormi como uma pedra. Há noites que penso que nem me ouvi respirar, quanto mais a ela (sim, porque eu durmo de porta aberta, assim como ela, para poder ouvi-la sempre!). Acordo ainda cansada na manhã seguinte. Mas logo que chego ao quarto e vejo aquela criatura amorosa a acordar, a dar-me beijinhos de bom dia e um abraço caloroso, o cansaço vai embora (ou pelo menos finge ir!)... Mas... mal chego ao local de trabalho, sinto as minhas costas a doer, o corpo moído, mas uma já saudade enorme dela, mesmo que tenha ralhado com ela logo de manhã na arte difícil que é vesti-la!... Faz parte... tudo faz parte...
Antes dela nascer, tinha dias em que chegava a casa às 20h/21h, pois dava explicações em casa e também num centro. Nessa altura pensava que andava cansada. E estava sem dúvida. Mas agora, às vezes, ando muito mais... Quando soube que ela ia nascer, fiz uma opção: deixei de ter os "trabalhos extra" para poder estar com ela, acompanhá-la. Ela já não ia ter a presença constante do pai, pois ele tem dias que também trabalha até tarde. Não ia deixá-la sem pai e sem mãe. Ela tem os avós que grande ajuda nos dão. É com eles que ela fica sempre que não posso estar com ela. E é só com eles que ela consegue adormecer. É, sem dúvida, a sua segunda casa. Nunca conseguirei agradecer o suficiente por tudo o que eles lhe fazem desde sempre... Mas alguém (pai/mãe) tinha de estar presente. E esse alguém sou eu!
Com síndrome ou sem síndrome... não trocaria este cansaço por nada deste mundo, por trabalho nenhum... Eu nasci para ser mãe! Eu nasci porque alguém (ela) precisava um dia de mim... Deste "trabalho" de ser mãe não hei-de arrepender-me nunca!...


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