quinta-feira, 8 de junho de 2017

Como controlar o consumismo infantil nas festas?!

Este foi o ano da verdadeira prova de "controlo" ao consumismo infantil que as crianças sofrem na altura das festas religiosas (e não só!), pois tudo está em exposição, à distância de "dois passos" e de notas de 5 euros ou moedas de 1 euro e 50 cêntimos!... Até este ano a coisa conseguia-se controlar mais ou menos, pois ela via as coisas e pedia, mas conseguíamos distraí-la com outra coisa qualquer sem grandes explicações. 
Sempre tinha um saco de pipocas, umas voltinhas no carrossel, um galinho e ela ficava feliz. Este ano, com 3 anos, está mais desperta (muito mais desperta!) para aquilo que a rodeia. Tudo o que via pedia e queria, literalmente. Eis como resolvemos a questão do seu consumismo:

1- Explicamos como funcionava a coisa de uma forma que ela pudesse entender.
Explicamos que as coisas têm de ser compradas com dinheiro e que o mesmo só se consegue ter trabalhando muito. Que existem coisas mais caras que outras e, portanto, menos acessíveis. Que, embora os pais dela até tenham algum poder de compra, não são ricos e precisam trabalhar muito para poder comprar coisas para ela... E que ela não pode ter tudo o que vê, que tem de aprender a selecionar.

2. Doseamos as compras:
- Compramos 10 senhas para o carrossel (ficava mais em conta!) e combinamos com ela que só podia andar 2 vezes de cada vez (por dia, portanto). Para sair do carrossel não valia de nada fazer birra ou chorar, com a agravante que no dia seguinte já não andava nele. Ela cumpriu sempre na perfeição!
- Compramos uma borboleta (carrinho que se empurra, típico das festas!), à escolha dela. Ela quis muito e foi o único brinquedo que teve nas festas e, para felicidade nossa, a borboleta foi passear para a festa todos os dias, o que nos ajudava sempre a argumentar de que ela já tinha a borboleta.
- Compramos pipocas, algodão doce e galinhos, mas tudo em dias diferentes. Num dia era o dia do algodão doce, noutro era das pipocas, noutro era dos galinhos... 
- Optamos por não comprar balões de hélio, daqueles com bonequinhos. Além de serem caros (ouvi dizer que estavam a 10€!!!), é uma dor de alma vê-los subir no céu. Expliquei que aqueles balões voavam muito alto e que depois os meninos ficavam tristes e a chorar porque ninguém conseguia apanhá-los... Ela aceitou a explicação, até porque viu muitos balões a voar e acho que não queria passar por esse desgosto...

3. Optamos por promover brincadeiras que fossem gratuitas.
- Ela brincou muito nos canhões, nas âncoras e no chafariz que se encontram à volta do Forte de S. Brás, além de que fizemos corridas e saltinhos de pequenos muros, o que fez com que se divertisse muito (e gratuitamente!!!).

4. Demos bastante importância ao fator religioso da festa para ela perceber que não existe apenas a brincadeira, que a festa só existe porque Jesus existe, que é mais uma festa Dele. Por incrível que pareça, era sempre ela a primeira a pedir para ver o Jesus e para ir à igreja, o que me alegrou mesmo muito. Numa das vezes, em dia de grande movimento, fez tanta questão de ir à igreja, que estivemos com ela na fila para entrar na igreja.

Posso dizer que até foi fácil controlar a situação... :)
Esta foi o que optamos e resultou. Isto não quer dizer que seja a única solução ou a correta. O que resulta com a minha M., pode não resultar com outras crianças.



1 comentário:

  1. A Lara também está numa fase em que quer tudo o que vê. No supermercado diz que precisamos de tudo, tudo mesmo, desde tostas, pensos diários (sim, desde que tenha uma caixa colorida marcha lol), marmitas, brinquedos. A sorte é que explicamos que não podemos levar, tal como tu no ponto 1, e ela não reclama (para já).

    Como estivemos de varicela nem fotos às festas o que também ajudou qualquer coisa (o carrossel é sempre o mais complicado). :P

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