Na mochila da minha M. existe um envelope que é uma espécie de correio entre a sua educadora e a família. O que é certo é que, como deixo a sua mochila muitas vezes na casa dos meus pais (isto de "leva e traz" mochila tem muito que se lhe diga!), confesso que nem sempre vejo diariamente a minha "correspondência". Por altura das férias da Páscoa, recebemos uma carta-convite para irmos à escola "Contar uma história" à turminha... Um convite que, para quem me conhece minimamente, sabe que não rejeitaria. Tudo é motivo para estar presente na vida dela e esta situação foi mais uma.
Entretanto pesquisei uma história que eu achasse que se adequaria à idade deles. Não queria uma história qualquer. Queria uma história que pudesse deixar uma mensagem que eles, mesmo em tenra idade, conseguissem perceber. Ora, na turma da M. existe um menino que necessita de apoio especial. E eu encontrei uma história que ia de encontro à aceitação das diferenças de cada um, deles gostarem de si e respeitarem as aparências de quem os rodeia (anti-bullying). Escolhi a história da "Aranha Mara e o Arco-Íris" (encontrei-a aqui).
Preparamos um cenário para a história e pintei as personagens da história.
Chegou o dia e, como sempre, fui recebida com tanto carinho pela educadora e pelos meninos da sala da minha M. Para eles sou "a mãe da Matilde" e por isso teria de fazer boa figura. A minha M. quis ficar ao meu lado e ajudar-me a contar a história. Assim deixei. Ela ia colando as personagens pelo cenário e, mesmo assim, esteve sempre atenta à história, assim como os restantes meninos.
Na verdade, encarnei bem a personagem de "contadora de histórias". Chego à conclusão que devia mesmo ter seguido o meu instinto e ter seguido a área de Educação Infantil. São idades tão giras de se trabalhar... Adorei a experiência e ficou a promessa de lá voltar novamente... A minha M. delirou. Sei que ficou feliz e só por isso valeu muito a pena...
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